73 - Do you want me to cry?

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~ Anna Miller ~

Acordo com um som irritante me rodeando, e aquele som eu já conhecia muito bem: era um mosquito.

Olhei aos meus arredores, notando que ainda era de madrugada. A janela estava um pouco aberta por causa do calor, e posso perceber que Ben ao meu lado também não dormia.

Pego meu celular no criado-mudo e vejo que eram quase quatro da manhã. E aquele mosquito ainda estava circulando pelo quarto.

Lá estava eu, de cara fechada no colchão, irritada com aquele barulhinho irritante que todo mundo conhece. Me deito de barriga para cima e espio Ben; ele estava deitado de lado, de frente para mim, e eu sorri quando nossos olhos se encontraram.

- Eu adoraria já poder te dizer bom dia, mas... Não é a hora ainda - ele diz, rouco, e eu rio baixinho.

- Não nego que pensei o mesmo - é a vez dele rir - Benjamin, vamos amanhecer cheios de mordida de mosquito! - reclamo e ele sorri.

- Calma, calma... Não há nada que o seu loiro não possa resolver, babe - sorrio, boba, e ele vai procurar por um inseticida.

O qual, por sorte, ele achou. Provavelmente na área de serviço.

Ele não teve o trabalho de acender a luz do cômodo, e depois de uns segundos ouvindo o barulhinho do inseto, ele espirrou um pouco do produto em um canto do quarto, e logo o mosquito parou de incomodar.

Comemorei com um "yes!", ainda deitada, e ele se exibe, convencido, ali em minha frente. Ele deixa aquilo que tinha em mãos em qualquer lugar, e se deita ao meu lado de novo.

- Eu não vou amanhecer mordido coisa nenhuma - olho para o nada, confusa - Você, pelo contrário, não sei... Mas, nesse caso, não vai ser mordida de mosquito - ele diz, com malícia, e eu rio fraco.

- Você anda muito inspirado ultimamente, loiro... - brinco, beijando sua bochecha, e ele acaricia meu rosto.

Volto a deitar, agora de costas para ele, e não demora muito para seu braço vir à minha cintura, me abraçando. Sinto seu rosto perto do meu pescoço, e ele respirava suavemente contra a minha pele. Ben também afasta meus cabelos e beija meu pescoço, e eu sorria.

- Ben... Para... - rio fraco e ele deixava beijos pelos meus ombros, afastando a alcinha da minha camisola.

- Por quê? Não diga que faz cócegas... Eu sei que não faz - pressiono os lábios numa linha, sem mais argumentos, e ele continuava me beijando, constantemente.

Não demorou muito e eu voltei a ficar com sono diante das carícias do meu namorado, e, em pouco tempo, ele também adormeceu, assim como eu em meio aos seus braços.

[...]

Na manhã seguinte, um vento fresco que vinha da janela aberta me fez acordar, arrepiada. Bocejo, deitada de lado na cama e de costas para o loiro que se encontrava deitado ali comigo.

Ontem, Benjamin fez a proeza de ficarmos com a praia por pelo menos uma tarde, e admito que ele não errou em pensar que seria uma boa ideia; foi mesmo.

E eu gostei da forma como ele teve empatia quando disse que outras pessoas gostariam de aproveitar a praia também, e que ele pensou muito bem sobre isso.

Esse homem não existe! Como ele pode ser tão incrível?!

Sorri ao me lembrar com carinho do dia de ontem, e quando insinuei me espreguiçar, notei que algo me "prendia"; desci o olhar por mim mesma e uma das mãos do meu namorado estava em um dos meus seios, enquanto ele ainda cochilava.

All I need is you | BEN HARDYOnde histórias criam vida. Descubra agora