11 - I'm your super hero

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~ Anna Miller ~

Passaram-se mais ou menos três semanas e Ben está louco, já que logo começam as gravações de Bo-Rhap. Acho que em uma semana, não sei.

O detalhe é que agora eu comprei uma BMW preta que ganhou meu coração, mas Ben insiste em ser meu Uber com o Porsche cinza dele às vezes. Ele é inseparável de mim, tenho que admitir.

Naquele dia da semana em específico, eu estava de bobeira no balcão do primeiro andar quando Ben me mandou mensagem.

Ben
Oi Anna
Eu sei que agora você tem seu próprio carro e que me tornei inútil pra você, mas deixa eu te buscar hoje pra gente almoçar já que teu turno é só de manhã.
O que me diz?
É pra responder viu? Eu sei que você tá online. Te amo

Li as mensagens e rio baixinho. 

E... Bom... Pra quê melhor do que um almoço na bela Londres com seu melhor amigo?

Miller
Não seja tão dramático, Ben.
Você nunca foi e nunca será inútil❤
Pode ser sim. Te espero na porta da frente.
Não se atrase. Te amo

Ele visualizou e não respondeu mais. Era o suficiente pra mim. Abro minha galeria e enquanto rolo a tela, acho fotos minhas dos mais variados tipos: umas com o Ben e outras dele por trás das cenas de algum filme, já que ele enche meu WhatsApp com fotos assim (algo que eu não nego que gosto), outras de mim ainda no Brasil...

Não pude evitar um sorriso pequeno.

Desliguei meu celular quando me chamaram na sala de exames: eu estava esperando o exame de sangue de uma paciente diagnosticada com diabetes hereditária que estava causando uns desconfortos nela. Percorro metade do hospital só pra isso e falo com a cirurgiã-chefe, pra evitar o famoso doutor Marcus Roberts, porque sim, eu conheço o cara e sei que não devo ser boba quando se trata dele.

Saio da sala da cirurgiã-chefe e me deparo com um doutorzinho de meia tigela que só se exibia pelo hospital, o George. Ele parecia desfilar dentro do jaleco branco, exibindo suas madeixas castanhas e seus olhos extremamente azuis, que me faziam acreditar a cada dia mais que eram de mentira.

O americano quase bateu com tudo em mim no corredor, mas eu fui rápida o bastante pra grudar na parede oposta e garantir que isso não acontecesse.

Ele olhou para mim com metade daquela cabeleira sobre o rosto e piscou. Eu apenas sorri e voltei a fazer o que estava fazendo: indo pro quarto da paciente diabética pra dizer que o que ela tinha era normal e que ela só precisaria de uns remédios pra depois poder ir pra casa.

[...]

Depois da correria finalmente estava no horário do meu almoço.

Eu estava no meu armário quando Ben me ligou pra dizer que estava quase chegando, e que quando chegasse, iria me esperar no balcão principal no térreo, próximo ao elevador. Eu sorrio pra mim mesma e respondo que logo estaria descendo.

Guardo meu celular no bolso e meu jaleco no armário e puxo da minha jaqueta jeans. Dou uma arrumadinha no cabelo porque eu sabia que estava pior do que quando cheguei hoje de manhã e olho pela porta, vendo o vulto de alguém passando. Normal: era o almoço de muitos por ali agora.

All I need is you | BEN HARDYOnde histórias criam vida. Descubra agora