66 - I'll take you to work

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Acordo enrolada nos lençóis, não usando nada mais a não ser o mesmo moletom de ontem.

Bocejo, preguiçosa, e alcanço meu celular no criado-mudo, o qual marcava quase três horas da manhã: ainda tinha tempo para dormir antes de levantar às seis.

Como essa sensação é boa: você acorda de madrugada e vê que ainda tem tempo de dormir.

Me viro no colchão, para ver meu namorado dormindo tranquilamente, e engulo em seco quando vejo que ele não estava mais ali.

Me sento na cama e mexo em meus cabelos, bocejando mais uma vez.

Pulo de susto ao ver a porta se abrir e meu loiro entrar de volta no quarto, e com ele não é diferente.

- Anna! Não me faça isso! Caralho... - ele diz com a mão sobre o peito, e eu rio, respirando fundo enquanto deitava de novo - É quase três da manhã e você vem me assustar assim... - ele diz enquanto termina de apertar o nó no cós da calça de moletom dele, que era a única coisa que ele usava naquele momento.

- Desculpa... Você também me deu um susto, Benjamin. Eu acordei e quando fui te olhar, não tinha ninguém do meu lado - digo e ele congela, ainda ali perto da porta. Ben sorri pra mim, e eu não consigo conter um sorriso também - Eu pensei que a noite de ontem tinha sido um sonho...

- Ah, meu amor... - ele diz manhoso e caminha de volta até mim. Ele fica ao lado da cama e se inclina sobre mim - Como você é assustada... - ele diz e eu rio baixo.

- Não é culpa minha. Ontem pareceu mesmo um sonho. Você apareceu na porta de casa e eu fiquei sem palavras - ele sorri e acaricia o meu rosto.

- Eu pude notar que você ficou sem palavras: paralisou na minha frente. Parecia que nem era eu quem estava ali - ele solta e eu gargalho. Ele se ergue e contorna a cama, se deitando de volta ao meu lado - Ontem foi um pouco violento, não acha? - ele pergunta receoso, olhando para a minha clavícula, mas mais especificamente para as marcas que ele deixou ontem.

- Talvez um bocado - afirmo, dando de ombros inocentemente. E ele ri, assim como eu.

- Você me julga, mas gosta de marcar território também, Anna - ele se referia às marcas dos meus beijos ao longo do peito dele, e eu observo uma por uma delas, gargalhando sem graça ao que Ben se aproxima.

- Somos um casal de doidos um pelo outro - ele se aninha em meu peito, preguiçoso - E ainda fomos dormir levemente cedo - comento e ele ri fraco, abraçando minha cintura enquanto eu mexia em seus cabelos.

Ele murmura positivamente e eu alcanço seu rosto, acariciando sua bochecha. Ele respira fundo, e eu sorrio pela fofura que estava deitada ali comigo.

Ontem depois de tudo, a gente pegou no sono cedo; principalmente ele, cansado da viagem e do que fizemos.

- Você tem que levantar cedo? - ele pergunta, já sonolento de novo, e eu sorrio.

- Às seis. Ainda temos um tempinho para dormir mais um pouco. Mas só espere um segundo... - digo, me esticando para pegar meu celular outra vez. Ben geme dengoso e eu arrumo meu despertador para não tocar, apenas vibrar.

Desligo o aparelho e o largo de volta no criado-mudo.

Volto a abraçar o meu loiro e ele já parecia cochilar nos meus braços.

Ele também sentiu falta disso.

[...]

Meu celular vibrava às seis, me implorando para desligar o despertador e levantar de uma vez para o trabalho.

All I need is you | BEN HARDYOnde histórias criam vida. Descubra agora