15.

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Noah:

-Tudo bem- murmuro- eu te tiro da boate.

-O quê?- Any pergunta incrédula.

Sorrio de lado.

-você está livre de mim- falo- pode ir embora quando quiser.

Any realmente não estava acreditando no que eu estava falando.

Nem eu mesmo estava, mas, o que posso fazer?

-isso é verdade?

-sim Any, estou te dando sua liberdade.

Me surpreendo quando Any se joga em meus braços. Ela me abraça forte, me deixando meio que sem ar.

-obrigada Noah, obrigada- ela fala toda feliz.

Retribuo o abraço dela. A envolvo em meus braços, a apertando forte. Aspiro o cheiro dela, doce.

Aos poucos a euforia dela vai passando. Any me solta, tento entender o olhar dela, que passou de feliz, para um confuso.

-não tenho pra onde ir- ela murmura- minha tia foi embora, não tenho onde morar.

Eu tinha esquecido daquele pequeno detalhe.

-eu tenho um pouco de dinheiro, que meus pais deixaram antes de morrer, mas não é muita coisa- ela fala.

Aproveita que você está sendo legal, e faz algo por ela. A culpa da vida dela ser tão desgraçada é toda sua!

-você pode ficar- falo fazendo um grande esforço- até arrumar um emprego e conseguir pagar um aluguel.

Any me olha mais que surpresa. Ela começa a rir, como se o que eu tivesse falado fosse engraçado.

-também não precisa ficar se você não quiser- falo.

-não é isso, é que ainda estou esperando você explodir e dizer que estava brincando, você não está brincando, né?- ela fala ainda sorrindo.

-não Any, não estou, mas você vai me fazer perder a paciência e mudar idéia- ameaço.

Ela para de rir no mesmo instante.

-funcionou- gracejo ficando de pé.

Saio da cozinha, podia ouvir os passos dela um pouco mais atrás. Subo a escada seguido por Any.

-onde eu vou dormir?- pergunta.

-não sei, todos os quartos estão ocupados- falo- os meninos moram comigo, só que agora eles estão ocupados no galpão.

-A essa hora? E por que você não está com eles?

-porquê eu sou o chefe, e porquê eu já fiz tudo o que tinha pra fazer lá, e também não é da sua conta.

Entro no quarto, Any entra logo depois.

-não, você não vai dormir comigo- falo me jogando na cama de casal.

Eu tinha perdido o sono.

Any me olhava esperando que eu dissesse algo, mas eu só conseguia olhar pro fato dela ficar bem atraente com minha camisa.

-se transar comigo essa noite, deixo você dormir comigo- falo sorrindo.

-não sou mais prostituta!

-e é exatamente por isso que você pode transar por livre e espontânea vontade- falo.

-você é impossível- ela fala quase que rindo.

-E você está louca pra sentar em mim outra vez- falo na lata.

Ela não me engana, pode se fazer de difícil o quanto quiser, mas a verdade é que ela me quer. Any pode ter sofrido em minhas mãos, mas ela é tão ruim quanto eu. Ela é inteligente, só não usa a inteligência dela da forma correta.

-O que eu ganho se transar com você?- Any pergunta vindo até a cama.

Sorrio sacana.

-isso é coisa de prostituta, tô começando a achar que você gostou desse negócio- falo.

Any senta em minha cintura, podia sentir sua buceta encaixada no meu pau.

-eu não gostei- ela responde chateada- mas dormir ao seu lado é pouco, acho que eu mereço mais.

-merece- sussurro no ouvido dela.

Mordo sua orelha de leve. Any solta um gemido rouco em meu ouvido.

-Mas agora eu vou te dar outra coisa.

...

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