quarenta e três

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Madison

A festa da vovó foi perfeita, mas o que está bom mesmo é agora, só tá a bagunça da família. Eu tinha dado umas duas fugas com Lucas lá dentro, mas assim que vi meu pai desconfiar, parei.

Eu queria ir devagar, e falar para todo mundo que estamos junto não era bem ir com calma, então a gente vai negar até onde conseguir.

Brianna: mãe, eu tenho uma coisa para perguntar para você - ela fala e olha para minha mãe - na verdade, a gente tem.

Vovó olha para elas, esperando alguém falar e coloco um pedaço de torta na boca.

Karoline: em NY, eu tive um problema e precisei de sangue - ela fala e a olho, parando de comer - tá tudo bem, não precisa de preocupar, a gente tá bem.

Lucas: a gente? - ele pergunta confuso, assim que eu iria perguntar.

Karoline: tive um sangramento muito forte, corri para o hospital, mas precisei de sangue mesmo assim - ela fala e balança a perna - eu tô grávida de dois meses.

Madison: você o que? - pergunto baixo.

Brianna: quando a gente soube que ela precisava de sangue, eu fui lá tentar doar, mas o nossa sangue não era compatível - vejo vovó ficar pálida e tudo ficar em silêncio - fizemos um exame de DNA e descobrimos que não somos irmãs. A pergunta é, como? E quem é a filha de verdade e quem é adotada.

Anne: eu juro que tentei falar para vocês várias vezes - ela começa meio nervosa - mas é tão complicado, e depois de Phillip morreu é mais ainda, já que foi ideia dele.

Karoline: você guardou isso nossa vida toda, se isso não tivesse acontecido, até hoje não iríamos saber.

Mariana: se você teve isso, não pode ficar emocionada. - ela fala e mamãe assente.

Karoline: eu só quero saber a história.

Anne: ok, sentem - ela fala e mamãe e tia Bri sentam perto dela.

Tia Renata me abraça de lado e encaro o chão calada.

Anne: no parto, uma das gêmeas não resistiu e acabou falecendo - ela começa - tínhamos tudo preparado para receber as duas, e não queríamos chegar em casa somente com uma, então ficamos com uma criança que estava na maternidade, ela tinha acabado de nascer e foi abandonada - ela enxuga uma lágrima solitária e continua - mas ela era tão parecida com a outra, até duvidei por um momento se minha pequena tinha mesmo partido ou era aquela menininha na minha frente.

Damon: mas qual é qual?

Anne: então enterramos uma Karoline e trouxemos outra para casa.

Lucas

O clima ficou estranho depois daquilo, mesmo tia Karoline falando que tava tudo bem e a vovó chorar bastante.

Madison: não me gira rápido, tô de saia - ela reclama e Renata ri dançando forró com ela.

Ela tentava não mostrar, mas dava pra ver não estava confortável, desde que falaram todas as coisas.

Renata: vai atender, é a segunda vez que te ligam em vinte minutos. - ela fala e Madi sorri de lado, indo para o cais perto do lago.

Tô nem aí para o Marcus, vou lá.

Madison: amiga se você e o tio me receberem não vai ser só uma noite que eu vou passar aí, e sim um ano inteiro.

Kimberly: tá tudo bem?

Madison: bem bosta só se for - ela molha a ponta do tênis na água e resmunga alguma coisa - ah, e só volto amanhã, todo mundo bebeu e também já tá anoitecendo, não vai querer ir a noite.

Kimberly: o Mark tá falando que se você quiser ele canta qualquer música da One Direction.

Madison: não - ela ri baixo - pelo incrível que pareça, isso não vai resolver agora.

Kimberly: ok, você tá me preocupando.

Madison: amanhã eu te conto, é coisa demais para falar por telefone.

Kimberly: então a gente vai cabular a primeira aula pra você me contar.

Madison: SE eu chegar a tempo de ir para a escola - ela fala - e não vou cabular aula.

Sento do lado dela e ela me olha.

Kimberly: abre a porta Patrick, é o Mark - ela grita - você tá do lado da porta, abre logo antes que eu me zangue.

Madison: sorte que tá no viva-voz, se não eu teria ficado surda.

Kimberly: foi mal, tinha esquecido - ela fala rindo - vou ter que desligar, se conseguir área me liga.

Madison: ok. - ela desliga a chamada e a olho.

Lucas: pensa pelo lado bom, agora não é mais um incesto - falo e ela me olha negando, mas depois ri.

Madison: eu vou ser irmã mais velha - ela faz careta e nega - é muita informação para pouco tempo.

Lucas: não quer dar mais uma informação pra eles, não? - pergunto colocando a mão em cima da sua.

Madison: eita que alguém não entendeu a parte do devagar.

Lucas: com a gente as coisas acontecem com tudo, menos com calma.

Madison: realmente - ela fala olhando para o céu - Camilinha só anda atrás de você hein.

Lucas: porra, eu tenho Maddie Madison do lado, pra que eu vou olhar pra outra? - pergunto e ela sorri deitando a cabeça no meu ombro.

A gente ficou ali calado vendo o sol se pôr, só curtido o momento, ela tirou umas fotos do céu e eu uma nossa, mal dava pra ver nossos rostos, primeiro porque tava ficando escuro e segundo, ela tava com o rosto escondido entre o próprio cabelo e meu braço, postei no Snapchat e Madi não reclamou, nem nada.

(Autora: o snap para eles é como o WhatsApp para a gente)

Saímos assim que percebemos que ninguém iria ligar as luzes da passarela do cais. Pego em sua mão e ela nega dando um leve aperto.

Madison: a gente não vai conseguir enganar eles - ela fala e assinto sorrindo.

Lucas: talvez minha mãe, mas seus pais não. - falo e ela ri.

Madison: você tá ferrrado.

Lucas: vale a pena. - falo olhando para ela, depois para frente, onde a família toda estava sentada conversando.

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O que você acharam da atitude da mãe da Brianna e da Karoline?

I Hate Love YouOnde histórias criam vida. Descubra agora