Olívia II • harry styles

six

Harry

Estou caindo aos poucos...

Eu não acredito que isso aconteceu, não posso acreditar que Olívia foi embora, não posso acreditar nisso. Estou me sentindo um merda. Eu não podia ter escondido isso dela, não podia ter esperado vazar essas fotos, eu sabia que isso seria possível, mas tive medo.

Jamais faria isso com ela, eu a amo com todas as minhas forças e com toda minha alma. Eu não beijei a Camille, ela entendeu tudo errado. Eu não permiti, mas tiraram a foto bem na hora exata, o que da a entender que eu a beijei.

Agora eu estou aqui, jogado no sofá, tentando ligar para ela e pedir para que ela me escute, mas Olívia não me atende. Liguei para Liam, mas ele também me falou que ela não estava lá, o que me deixou um pouco preocupado. Liam sabe que essas coisas são complicadas e ainda mais quando se trata de Liv, que já passou por muitas coisas desagradáveis quando se trata do amor.

Mas eu a amo, porra, amo pra caralho.

Eu não sei se conseguiria viver sem ela e Noah, eles são o meu tudo, o meu porto seguro e a minha paz em tanta coisa que acontece na minha vida. Eu não posso deixar uma mentira estragar tudo isso.

Não posso a perder.

Levanto do sofá, disposto a tentar ligar mais uma vez para ela, mas antes que eu o faça, o celular começa a tocar na minha mão, mostrando o nome de Olívia no ecrã.

— Baby, amor, me escuta, por favor... Onde você está? — pergunto eufórico

— Oi papai! Sou eu, Noah. — escuto sua pequena gargalhada do outro lado da linha. — Você achou que era a mamãe? Bobinho

— Oi Filho, está tudo bem? — solto um suspiro.

— Estamos, eu liguei para te pedir desculpas, porque eu fui muito malvado em falar aquelas coisas feias para você. Me desculpa, papai? — sinto o meu coração doer um pouco menos.

— Oh filho, claro que eu te desculpo, meu amor. Eu fiquei bastante magoado com aquele situação, eu amo você, filho.

— Eu não te odeio, eu te amo muito, mas eu estava com raiva e falei aquilo. Você é o meu herói, papai Harry, jamais iria te odiar. Prometo que isso nunca mais vai de repetir.

— Eu amo muito você, Noah.— sorrio bobo. — Amo você e sua mamãe. — digo baixinho.

— Eu sei, ela também te ama. Você sabia que ela estava chorando por sua causa? Você foi malvado com ela?

— Não amor, a mamãe entendeu as coisas erradas, jamais seria mal com sua mamãe, eu a amo, Noah.

— Eu sei! — ele repete as palavras. —  Ela não sabe que estou te ligando. — uma gargalhada sapeca é ouvida do outro lado.

— Você pegou o celular dela sem permissão? Sabe que não pode fazer isso. — repreendo mesmo gostando dele ter me ligado.

— Sim, eu sei disso também. Mas eu estava me sentindo mal por não te pedir desculpas, então peguei o celular dela escondido quando ela estava conversando com o titio Brian.

Brian, claro! Como não pensei nisso antes?

— Então vocês estão na casa do tio Brian?

— Estamos. Quando eu fui lá pegar o celular, o titio Brian estava falando que a mamãe tinha cocô na cabeça. — gargalha. — A vovó Anne falou que você já chamou ela assim, me mostrou até uma carta. Papai malvado!

Ah, meu deus

— A mamãe e a vovó Anne tem cocô na cabeça!? — Noah pergunta e eu já posso imaginar os seus olhos arregalados.

— Não, amor, é só um modo de falar. — solto uma pequena risada.

— Então eu posso te chamar de cabeça de cocô?

— Não. — sorrio. — Não pode chamar ninguém assim.

— Tudo bem... — silêncio.

— Filho? — o chamo.

— Oi papai, estou aqui. – suspiro. — O que aconteceu entre você e a mamãe? Vocês não vão mais se beijar?

Eu solto uma risada nasalada e cansada ao mesmo tempo. Mesmo com toda essa situação, Noah consegue me tirar risadas.

— Nós vamos ficar bem, isso não é assunto para criança, huh?

— Eu já sou um homenzinho.

— Ainda é criança, muito esperta, inclusive.

— Eu sou o rei da esperteza. Sou o super Noah!

— Noah? — chamo meu filho mais uma vez.

— Oi? — amo a sua voz, meu filho.

— Cadê a sua mãe?

— Já falei que ela não sabe que peguei o celular dela. Ela está lá embaixo com o titio Brian e eu estou no quarto, estava vendo filme.

— Quando desligar a ligação, entregue o celular para ela e peça desculpas, ok?

— Tudo bem. — uma pausa. — Por que você não vem aqui?

— Não sei se seria uma boa idéia

— Claro que é! Vocês foram malvados um com o outro e agora os dois tem que pedir desculpas, seu bobo.

— Você acha que eu devo ir? — não acredito que estou perguntando isso pra uma criança de cinco anos.

— Sim, eu acho. — silêncio. — Você pode trazer a Mora e o Tobby?

— Eles foram tomar banho.

— Poxa, que triste. Mas você vem, não é?

— Vou, mas você não pode falar a mamãe, ok? Quero fazer uma surpresa.

— Tudo bem. Beijinhos, papai!

— Beijinhos, Noah! — sorrio e desligo a ligação.

Meu Deus, eu realmente não sei se estou preparado para ver ele crescer. Noah é tão esperto e carinhoso, mas está crescendo tão rápido e eu não quero que isso aconteça. Eu ainda me lembro do dia em que Olívia e eu descobrimos que seria um menino, nós ficamos tão felizes, e quando ele nasceu, quando eu o segurei em meus braços eu jurei para mim mesmo que seria um bom pai para ele, jurei que seria o melhor amigo e que não importasse a circunstância, eu sempre iria o defender com garras. Noah chegou para mudar a minha vida para melhor, ele me ajudou a ser mais maduro, ser um ser humano melhor, não só a mim, mas Olívia também.

Guardo meu celular no bolso e pego a chave do carro, saindo logo de casa.

Eu passei em uma floricultura antes e comprei um buquê de girassóis, pois sei que Olívia ama. Acho que as flores sempre tiveram uma grande participação no nosso relacionamento e não vai ser agora que irão ficar de fora.

Confesso que estou extremamente nervoso e com medo da sua reação ao me ver lá, tenho medo de que ela não queira me ouvir e me expulse de lá. Mas também tenho em minha mente que não irá ser tão fácil assim me fazer mudar de idéia.

Eu vou conversar com ela hoje.

Desço do carro, pegando o buquê de girassóis e indo até a entrada da casa de Brian. Aperto a companhia e sinto todo meu corpo entrar em pura adrenalina naquele momento, eu estou com tanto medo de perder o amor da minha vida por uma pura mentira.

— Harry! — Brian exclama sorridente ao me ver. — Entre, que bom que você veio.

Entro na casa e logo vejo um par de olhos azuis a me encarar.

— Harry?