PERFECTLY WRONG ↯ noart

[47] tivesse sentimentos.

Sina.

Depois de horas discutindo e tentando ensinar Noah sobre o que era para fazer no trabalho, chegamos a um veredito final. Nosso trabalho iria ser baseado no céu e nas estrelas, já que nós descobrimos que ambos gostávamos disso.

Apesar da discussões, eu me diverti muito. Fazia muito tempo que não ria desse jeito com alguém. Descobri que quando Noah não estava sendo extremamente irritante, ele era divertido e tinha um senso de humor incrível.

— Eu não acredito que você colocou o nome da sua moto de Abby. — Disse no meio de uma risada e ele me respondeu igualmente sorrindo.

— Você nunca colocou nome em alguma coisa que você gostava?

— Claro que já. — Ele me olhou com uma cara convencida. — Quando eu tinha cinco anos. — Acrescentei, observando sua expressão convencida se transformar em uma careta.

— Não importa a idade, você já fez isso alguma vez e é isso que conta. — Minha vez de fazer uma careta.

— Por que Abby?

— É o nome da minha primeira namorada e o amor da minha vida. — Fingi que estava enjoada.

— Isso é a coisa mais brega que já ouvi. — Um grande sorriso se abriu em seu rosto.

— Estou brincando, boba. Meu pai me sugeriu esse nome quando me deu a moto. Ele disse que pertencia a uma mulher que o inspirou na adolescência.

— Que fofo. — Falei, com real emoção.

— Não achei que Sina Deinert tivesse sentimentos. — Ele disse fingindo estar surpreso.

— Eu não sou uma vadia fria, Noah. Eu sou bem legal, na verdade. Mas você nunca vai conhecer esse meu lado, porque você sabe, você é chato. — Dei de ombros, logo cruzando os braços na frente do meu corpo.

— Veremos, Sina, veremos. — Ele se levantou, apertando a pontinha do meu nariz. — Vou pagar os cafés e depois te levo para casa, ok? — Assenti com a cabeça, observando-o se dirigir até o balcão da cafeteria, enquanto eu arrumava nossas coisas.

A única coisa que eu conseguia pensar agora era no quanto eu estava encrencada, agora que Noah tinha entrado definitivamente na minha vida. E tinha o péssimo pressentimento de que ele não iria sair tão cedo.