[84] parte de mim.

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Sina.

Depois que Noah foi embora, eu mandei uma mensagem para Bailey. Estava particularmente nervosa com essa conversa. Nosso relacionamento estava praticamente acabado, mas ainda temia a reação dele.

Foram os quinze minutos mais longos da minha vida. No instante em que ouvi a batida na porta, meu coração disparou como se eu tivesse corrido uma maratona. Corri até a porta e a abri, observando Bailey, que aparentava estar tão nervoso quanto eu. O recebi com um beijo na bochecha e ele me deu um abraço curto.

Seguimos em direção ao sofá, sentamos um dolado do outro, ainda em silêncio. Nenhum dos dois tinha coragem de dizer e por isso mesmo que eu respirei fundo e comecei.

— Acho que você sabe, ou tem ideia do que quero falar com você. — Ele assentiu e suspirou.

— É, eu sei. Mas não tenho certeza se consigo falar alguma coisa agora. — Segurei em sua mão, entrelaçando nossos dedos.

— Tudo bem. Eu só quero dizer que tenho uma consideração enorme por você, Bailey. Você é parte de mim e sempre vai ser, mas ambos sabemos que isso não está dando certo, já faz um bom tempo. — Parte de mim se sentiu aliviada por estar fazendo isso, mas a outra fez crescer um aperto no meu coração, que só aumentou ao ver as lágrimas brilhando nos olhos de Bailey.

— Eu nunca quis te magoar, Sina. E ontem, na festa, quando eu levei a Shivani, foi para te deixar irritada, por você ter ido embora com o Noah do jogo. Eu sei que nem você e nem ela merecem isso. Eu contei para ela, sobre você. — Ele respirou fundo. — Ela pediu um tempo, para poder processar tudo. Eu gosto de vocês duas, mas agora sinto que perdi ambas. — Passei a mão pelo seu rosto.

— Você nunca vai me perder, Bai. Nunca, entendeu? Eu vou continuar aqui para você, só não vamos estar mais em um relacionamento. Se você quiser, eu posso tentar conversar com a Shivani. — Ele negou com a cabeça.

— Essa é uma merda que eu fiz e eu preciso resolvê-la. Obrigado por tudo, Sina. — Bailey se levantou do sofá e me puxou, me abraçando com força. — Eu te amo, Sina. — Sorri e o apertei.

— Também te amo, Bai. — Ficamos assim por um tempo até ele me soltar e ir embora. Suspirei aliviada, como se um grande peso tivesse sido tirado das minhas costas.

PERFECTLY WRONG ↯ noartOnde histórias criam vida. Descubra agora