《Capítulo 07》

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P.v.o Poncho.

Aqui estou eu esperando chamarem meu voo. meu pai esta ao meu lado, ele e a minha tia são como meus anjos e demônios, as vez eu fico irritado com isso, eles não deixam eu manter contato com a Dulce e a May. Eles controlam o meu dia a dia. Quando tomei a decisão de voltar para o México foi por conta da May, ela deveria esta incontrolável, mas quando eu cheguei e vi o semblante de alívio e tive uma conversa com ela, mesma me contou tudo o que se passou nesses seis anos. Cada choro, cada briga, amizade novas.

Saber que a Dul e ela encontraram pessoas excelentes para ter uma amizade me confortou, mas me deixou triste em saber que a Dul tinha um amigo e, que pegou o meu lugar, pegou o lugar de irmão mais velho que eu tinha na vida dela, mas fiquei feliz por saber que ela tem uma irmã. Queria conhece-la, May disse que ela estava com um ano. E que ela era muito apegada a esses novos amigos que elas fizeram, os Portillas/Chavez. Principalmente no novo amigo de Dul.

May também disse que as brigas entre o pai dela e a mamãe não era de hoje, o caso da separação não era a primeira vez que ocorria, aquilo me deixou cego de raiva, entrei em uma briga com a minha mãe, falei tudo que estava preso.

Meus planos era ir falar com a Dul, mas eu estava tão transtornado que quando eu sai pela porta da casa em que me aconteceu várias coisas felizes e triste no passado, que fizeram de mim a pessoa que eu sou hoje, percebi que na varanda estava uma pessoa me encarando, eu ia falar com ela, mas a minha mãe chegou e começou a dizer tudo aquilo, minha raiva chegou no extremo, eu a amo muito, mas ela me deixou so por conta do Otávio, então começamos outra briga e eu vi os mesmos olhos assustados, ela estava me olhando seria, eu não ia poder falar com ela, o teatro estava feito e, eu não iria falar com ela por medo de magoar a pessoa que eu mais amo, ela era a minha irmã/melhor amiga, não gostaria de magoar ela, então eu tomei a pior decisão, que iria levar sequelas para toda vida, se um dia me reencontrar com ela iria pedir perdão por isso.

Eu entrei no carro sem olhar para trás. Eu fiquei com raiva de mim mesmo por isso, minhas únicas irmãs estavam magoadas comigo e eu não ia mudar aquilo, preferi fugir.

- você disse que gostaria de ver a Dul, por que não foi falar com ela?-meu pai me tirou dos meus profundos pensamentos.

- eu briguei com a minha mãe na frente dela, ela viu tudo, sei que aquilo assustou ela, eu estou tão frustrado com tudo que não ia querer ferir ela.-eu olhei para ele. - ela ia me perguntar, "Poncho você vai voltar algum dia?", e o senhor mais do que ninguém sabe que isso não pode acontecer, eu estava com tanta raiva e não ia querer me chatear com essa pergunta. -meu pai começou a negar com a cabeça.

- você foi o errado, Poncho. Eu queria muito afastar você de sua mãe, nisso eu errei, eu não estava afastando ela, mas sim estava afastando vc de si mesmo. Você esta tão rispido e sério, não é o Alfonso que foi morar comigo ha 6 anos.-olhei sério para ele.

- Talvez eu poderia ser o Poncho de seis anos atrás se o senhor e a tia Teresa não me proibisse de falar com a May e a Dul. Talvez eu fosse o Poncho que todos estavam esperando, Doce, compreensível, amoroso e que apoia os outros. Mas esse Poncho foi morrendo de pouquinho em pouquinho. Ela tem outro amigo que esta no meu lugar...

- não, ninguém ocupa o lugar de ninguém. Ate hoje eu não me casei por amar a sua mãe, não consigo me imaginar com outra, não consigo fazer planos com outra mulher, sempre é a sua mãe que vem na minha cabeça.- meu pai nunca tinha dito se ainda amava ela, e nem que por conta disso não se casou novamente.-Ela tinha que seguir em frente, você seguiu, mas preferiu mudar para esse Alfonso que é hoje, ela melhorou a Dulce que ela era antes, ela não colocou ninguém no seu lugar, ela so achou alguém que desse apoio a ela, ela so achou alguém que ajudou ela ficar de pé, mas se você fosse ao encontro dela, você iria ver o quanto você ainda pertence a vida dela, o quanto você ainda é importante para ela, mas você tomou a sua decisão, e sabe quem vai estar la para ajudar ela ficar de pé novamente?-eu olhei sério para ele, aquilo foi como um tapa na minha cara, so que bem forte e de uma grande realidade. -Ele vai esta ao lado dela no final, ele vai ajudar ela. Você fugiu e, é assim que ela vai se lembrar de você.

Ele estava certo, como eu pude deixar a raiva me cegar daquele jeito. Mas não queria me deixar abater. Tomei a minha decisão e vou levar ela a frente. Eu sabia que tinha mudado, sabia que não era o Alfonso de antes, mas não podia voltar atrás. Chamaram o nosso voo e voltamos para casa. Lugar onde eu tentava amar, mas nesses seis anos so pensava em ir embora.

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