capítulo 45

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Acordei com a Anahi me chamando, era dez da manhã, ela disse para me deitar na cama, mas eu só pensava em uma única coisa, ir ver Belinda no hospital.

- Você não vai sair daqui agora, Dulce, você precisa descansar, seus pais, sua irmã, Daniel, precisam de você bem.

- Ok, Anahi, eu vou me deitar e tentar dormir mais um pouco, mas preciso de um banho, dormir na posição que eu fiquei não me ajudou muito.

- Tudo bem, vou preparar algo para você comer, Zoh trouxe salada de frutas do jeito que você gosta, daqui a pouco chamo você.

Não tinha planos de dormir, entrei no banheiro e fiz minhas H.P rapidamente, vesti um pijama e esperei por Anahi, depois de alguns tempo ela entrou no quarto e mandou eu descer.

- Cadê meus pais?

- Eles foram para o Hospital levar algo para Maite, a Joanna pediu para levar, eles pediram para eu subir rapidinho para ajudar eles com algo que seu Tio esqueceu, não demoro, ok? - concordei com a cabeça.

Assim que Anahi saiu pela porta eu corri para o andar de cima e peguei uma calça jeans e uma camisa branca, me vesti o mais rápido, passei pela cozinha pegando algo para comer pela trajeto do hospital, peguei a chave do meu carro e saí do apartamento.

Estava de cabeça baixa esperando o elevador abrir, quando ele abriu eu entrei de supetão e acabei me esbarrando com alguém, quando eu olhei para cima eu vi o Christopher. Ele me olhou por alguns segundos e depois olhou para minha mão.

- Não diga a Anahi que me viu.-eu disse apertando o botão do térreo.

- Você não está em condições de dirigir.

- eu só preciso ir ao hospital, meus pais estão me esperando, e eu preciso ver o Daniel também.

- Eu levo você, Dulce, eu ia caminhar agora, o parque é perto do hospital, não posso deixar você dirigir.

- Não precisa, eu...

- eu vou ligar para a Anahi.

- Ok, eu vou com você.

Chegamos no estacionamento e eu entrei em seu carro, assim que chegamos em frente ao hospital, tinha um monte de pessoas desses sites de fofocas na entrada.

- Droga.-passei a mão pelo meu cabelo e coloquei um óculos.- obrigada por me trazer aqui.

Desci do carro e tentei passar por eles, eles ficaram em minha volta e não me deixavam passar e ficavam fazendo perguntas.

-Sra°Saviñon, pode nos falar o que aconteceu com o Filho de Alfonso Herrera?

- Como está o caso da sua irmã?

- Você Pode pelo menos responder uma pergunta.

Minha cabeça estava ficando cheia, quando eu ia responder com grosseria, eu senti uma mão no meu ombro, olhei e vi Christopher, ele me puxou contra seu peito e cobriu meu rosto com a outra mão, ele foi abrindo passagem, chegamos na recepção e ele se afastou.

- Obrigada novamente.

- tudo bem, agora tenho que ir.- não sei o porquê, mas senti a necessidade de abraça-lo, ele retribuiu e logo depois foi embora.

Subi para o andar do quarto de Daniel. Encontrei minha mãe sentada na poltrona, meu Tio Lisardo conversando com Dani, eles olharam em minha direção.

- Mamãe...- Dani me chamou, eu caminhei em sua direção e eu segurei sua mão.

- Bom dia.- falei para todos, no mesmo instante a Lívia e Maite entram no quarto, franzi o cenho para as duas.

- o que você faz aqui? Anahi garantiu que você ia descansar.-Maite protestou.

- Eu não consigo, precisava vim ver eles.- olhei para Lívia.- Chegou a muito tempo?

- No momento que você foi embora eu cheguei, Maite ajudou na minha entrada.- olhei para Maite, ela fez um gesto com a cabeça e foi para perto da minha mãe.

- Ainda bem que você chegou, eles só permitem a entrada no andar da Bel em sua presença, eles falaram que isso é ordem sua, mesmo nós sendo os Pais dela.

- É um acordo que eu tenho desde o acidente com o Polo, Daniel não depende só do meu consentimento, por conta do pai dele ser presente e o Plano dele ser dividido.- por um momento o silêncio reinou no quarto.

- Quero vê-la.- Tio Lisardo disse.- eu preciso ver a minha filha.

- Depende do Dr°Rey, vamos a sala dele.

Minha mãe e o Tio Lisardo me acompanharam até o andar que o Edward ficava, bati na porta e em seguida entrei.

- Bom dia, meus pais querem ver Belinda.

- Vou liberar a entrada, só pode duas pessoas.- minha mãe me olhou rapidamente.

- Não quero, eu não quero ver a Bel naquele quarto da forma que está.- apenas concordei com a cabeça.

Caminhamos em direção ao quarto da Belinda, Tio Lisardo e eu entramos no quarto, minha mãe ficou no lado de fora com o Dr°Rey. Tio Lisardo se aproximou da cama.

- Minha menina, minha bonequinha...- ele tocou em sua mão, Tio Lisardo não aguentou as lágrimas, seu choro era alto.- minha filha...mi amor, vuelve a ser mi sol, no me dejes aquí ...

Os aparelhos começaram a ficar descontrolado, o barulho ecoava por todo o quarto, os médicos entraram no quarto e tentaram tirar Tio Lisardo de perto do corpo dela.

- No me dejes, NO ME DEJES, HIJA...-Lisardo começou a gritar se afastando dos médicos.

- Tio, olha para mim.-segurei seu braço tentando chamar sua atenção.- ELES PRECISAM FAZER O TRABALHO DELES OU ELA VAI MORRER.-gritei com ele, no mesmo instante Tio Lisardo se afastou da cama.

Saímos do quarto e ficamos esperando por notícia, me sentei na cadeira ao lado da minha mãe, a mesma orava, meu tio Lisardo estava andando de um lado para o outro, eu estava sentada com as mãos em meu rosto e meu choro ecoava no local. Ouvi passos e olhei na direção, Maite vinha correndo da forma que podia, ela sentou-se ao meu lado e me abraçou.

- Vai ficar tudo bem.- na mesma hora saí um dos médico. Fiquei de pé, assim como a minha mãe, Maite segurou minha mão, meu Padrasto abraçou a Minha mãe.

- Senhores...eu preciso de toda a atenção de vocês.- apertei de leve a mão da Maite. - Belinda entrou em coma, eu sinto muito, sua lesão foi examinada pelo Dr°Rey, estamos encaminhando ela para uma ressonância, para de fato saber o que fez realmente ela ficar em coma, eu sinto muito por ser essa notícia...

- Não, DIZ QUE É MENTIRA...- tentei andar, mas minhas pernas falharam, eu caí, comecei a chorar.- diz que isso é mentira.- senti a Maite me abraçar.

- Não, não... Não pode ser...- escutei a voz da minha mãe.- Belinda não pode ter entrado em coma, eu tenho que pedir perdão a ela. - logo  depois dessas palavras o meu Tio segurou com toda a força seu corpo, ela havia desmaido.

- mamãe...- tentei me aproximar, mas me contive, sai correndo pelos corredores.

Cheguei na porta de saída do Hospital, passei pelo pessoal que tentavam a todo custo ter informações sobre Dani e Bel o mais rápido que eu conseguia. Caminhei sem rumo, as lágrimas desciam pelo meu rosto.

Laços do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora