Laços do Destino

<Capítulo 21<

° 3 anos depois

PVO Dulce Maria

Quando nos mudamos pela primeira vez, eu sentia vontade de chorar quase toda hora, sentia falta da minha família e amigos, muitas vezes eu dormia no quarto da May, ela também sentia muita falta do nosso antigo lar, mas apesar de tudo tínhamos que entender que estávamos ali pra tentar ter uma carreira bem sucedida, May estava fazendo faculdade de veterinária, Chris e Anahi sairam do País.

Quando conseguimos comprar nosso segundo apartamento, no qual vivemos ate hoje, pensamentos em tudo, eu tinha dinheiro no Banco, assim como ela, compramos em um condomínio. Nosso apartamento é bem espaçoso, tem dois andares e é bem moderno, meu pai mesmo contra a vontade da Gabriela me ajudou a pagar metade, eu e a May pagamos a outra metade.

Na parte superior ficava os cinco quartos, dois quartos principais, um era meu e o outro da Maite, dois quarto de hóspedes, o quinto quarto guardavamos caixas, papéis e etc...Na parte inferior ficava a cozinha americana, sala e um escritório, no qual eu passava maior parte do tempo quando não ia para delegacia, e uma mini dispensa, e uma bela e incrível varanda, no começo ficamos com dúvidas sobre o tamanho dele, mas depois achamos ele pequeno para tudo que tínhamos planos de fazer.

Agora estou aqui deitada olhando a vista espetacular que a minha varanda tem com essa janela de vidro que vai do chão ao teto, são 6:10 da manhã e eu tenho que levantar pra ir conhecer os novos policias. Ontem foi um dia muito corrido na delegacia.

- Dul? - Maite bateu na porta do quarto.

- pode entrar- May entrou no quarto, estava com uma bolsa de lado, vestido preto soltinho.

- eu estou indo pra faculdade, a Zoh trouxe café da manhã. Ela comeu e desceu pra pegar o turno dela.

- ok, você vai sair depois da faculdade?

- não, eu venho direto pro apartamento, tenho trabalhos pra entregar. Você vai trabalhar hoje?

- Sim, vai entrar alguns policias, irei sair daqui umas oito horas, a Reunião é as nove.

- tudo bem, vou descer pra tomar café antes que eu me atrase.

- acho que eu não vou tomar café junto com você, então beijos.-joguei beijinhos no ar para ela, May deu um sorriso angelical e saiu do quarto.

Eu tratei de sair da minha deliciosa cama e ir ao banheiro pra fazer minha higiene. Depois disso fui escolher minha roupa, peguei uma saia tubinho preta e uma camisa preta e sai do quarto, graças ao meu bom pai a Zoh trouxe o café da manhã. Zoh era um anjo na minha vida e na da May, sempre nos ajudou.

Eu a May conhecemos ela aqui no condomínio, ela trabalha na recepção, foi um amor de pessoa quando começamos a morar aqui, ela faz faculdade a noite no mesmo lugar que a May, nos tornamos amigas em uma balada. May se tornou amiga dela primeiro, May assim que nos mudamos para a cidade principal do México começou a estudar a noite, com um tempo mudou o turno para manhã.

Cheguei na cozinha e a May estava terminando de fazer a refeição, tomei meu café da manhã e subi para pegar a minha bolsa e a chave do carro, já ia da 7:35 da manhã, May desceu antes de mim, ela não queria se atrasar.  Quando eu estava descendo a escada escutei a campainha tocar. Estranhei pelo fato de May ter suas próprias chavez, e a Zoh não ligar para dizer nada. Caminhei ate a porta e olhei no olho mágico, tinha um homem de lado com um bebê nos braços, eu abri a porta e o homem virou de frente. Foi uma grande surpresa pra mim ver ele naquele momento.

- Poncho...- ele ficou me olhando e eu desviei meu olhor pro bebê no colo dele.

- ola...-disse meio envergonhado chamando minha atenção. - gostaria de falar com a Maite?

- ela saiu pra faculdade, entra- dei passagem a ele.

- eu não quero incomodar...

- não vai incomodar em nada.-ele entrou e se sentou no sofá.- como você está? Quanto tempo, a última vez que eu vi você o nosso reencontro não foi tão esperado. -ele me deu um sorriso sem graça.

- e nem esse foi esperado, ainda mais na situação na qual eu estou. - ele olhou para o bebê em seu braço.

- desculpa a indelicadeza, mas esse bebê é o que seu?

- meu filho- arregalei os olhos e ele deu novamente um sorriso sem graça.- eu vim conversar com a May sobre esse assunto.

- May chega da faculdade umas 13:30.

- ela faz faculdade em que área?

- ela faz na área de veterinária. - meu celular começou a tocar e eu vi o nome da Zoh na notificação e também o resmungo que o bebê de Alfonso fez pelo barulho inesperado do meu aparelho. - so um momentinho- fiquei de pé e fui em direção a varanda.- Alô Zoh, assim, avisa que eu ainda estou aqui e manda subir porque eu vou demorar um pouquinho.

Zoh encerrou a ligação eu fui a direção da sala, Poncho estava falando bem baixinho com o bebê e o mesmo olhava como se entendesse tudo. Aquela cena fez o meu coração ter uma sensação inexplicável, Poncho tem uma parte dentro do meu coração ainda, apesar dos nossos reecontros desastrosos, mas eu ainda sentia um carinho enorme por ele.

- como é o nome dele? - chamei atenção do Poncho, o mesmo me encarou e respondeu.

- Daniel... -ele encarou o bebê e repetiu novamente. - Daniel Herrera. - ele deu sorriso terno e me sentei no sofa.

- quantos meses ele tem?

- ele tem apenas 2 meses, ainda é bem novinho.-  a campainha faz barulho e eu fiquei de pé e fui abrir a porta, May passa feito um furacão.