Acordei em um quartinho bagunçado, tentei me levantar, mas senti que estava amarrada, respirei fundo tentando manter a calma.
- Vejo que a Rainha acordou.- não era imaginação, era realmente ele, era o Paco. Arregalei meus olhos.- Surpresa, meu amor.
- por que você esta fazendo isso?
- você acha mesmo que eu iria deixar você livre, ainda mais com o Christopher?
- foi você quem fez o seu próprio destino.-eu disse firme.
- Paco...- Karina disse entrando no quarto.
- Cala a boca, você fez tudo errado, nem era para ela saber que eu estava aqui.
- ela parecia tão real em questão de não sentir nada por ele.
- Dulce consegue fingir tudo, mas o que você quer?
- Precisamos sair o mais rápido possível daqui.- ela disse e seu olhar era de pavor.- Tem uns carro parado a uma certa distância daqui.
- Dulce o que eu faço com você? - Paco olhou na minha direção.- ou melhor, o que eu faço com o seu querido Daniel?
- Não, Paco, não toque no meu filho.
- Vejo que a mamãe Valentona está dando o ar da graça.- Paco se aproximou tocando no meu rosto, tentei me afastar, mas era impossível.
- O que vamos fazer? Não posso ser pega, Paco.
- E você acha que eu posso? - Paco disse avançando na Karina.- Você que fez merda, nem era para ela ter visto esse moleque, mas vamos ter que sair daqui, pega aquele garoto e vamos.
Paco veio na minha direção e me puxou, eu fiquei de pé, ele ia me puxando pelo caminho, senti meu corpo tremer por dentro quando chegamos na sala e o Daniel estava desacordado no sofá, tentei sair do aperto do Paco.
- O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELE?- gritei sentindo uma angústia dentro do meu peito.
- Cala a boca.- Paco acertou um tapa em meu rosto.- fica quietinha aqui.
Ele me aproximou do sofá e entrou novamente no quarto com a Karina, olhei ao redor da sala e vi uma faca pequena perto do sofá, me aproximei com cuidado, olhei para a porta do quarto que estava fechada, aquela faca era a única esperança de eu conseguir sair daquele lugar com Daniel, na última tentativa eu consegui e a porta foi aberta, minha única opção era me ajoelhar perto de Dani.
- prometo tirar a gente dessa, nem que seja a última coisa que eu faça na minha vida.- eu disse baixinho, as lágrimas começaram a descer pelo meu rosto. Consegui segurar a faca com firmeza e colocar ela por dentro da minha roupa.
- O que você esta fazendo? -Paco me puxou para ficar em pé.
- eu queria saber se ele estava vivo.- eu chorava muito.
- Não interessa, nesse momento nada interessa.- Karina pegou Daniel no colo, seu corpo estava mole, minha angústia e preocupação aumentaram.
- DANIEL...- gritei assim que Karina saiu da casa.
- CALADA SUA CACHORRA.- Paco acertou outro tapa no meu rosto. Gemi de dor, ele segurou meu braço forte me puxou para fora da casa.- Calada, se você abrir sua boca mais uma vez eu acabo com ele.- seu tom era frio.
- Não vamos conseguir passar pela entrada da estrada.- olhei para ela.- vamos ter que seguir direto.
- Não podemos, a outra estrada a essa altura está com polícias, essa vagabunda avisou a eles.- Karina me olhou com um certo ódio.
- Vamos ter que pensar em um plano rápido.
Karina deixou Dani deitado em uma espécie de mesa que tinha fora da casa, eu comecei a por meu plano em ação, com a distração deles, eu peguei a faca e com todo cuidado e olhando para eles fui cortando as corda que estavam em volta do meu pulso, com um pouco de dificuldade, mas consegui cortar. Ouvi barulho de carro de aproximando, Paco e Karina correram na minha direção e de Daniel, Karina pegou novamente Daniel e Paco puxou meu cabelo e saiu me arrastando.
Eles tentavam correr para parte de trás da casa, meus olhos se arregalaram quando eu vi que não tinha saída, era tipo um barranco, tinha várias árvores, eu tentava simular como seria pular ali e os machucados que iam ficar pelo meu corpo. Paco estava me usando como escudo.
Meu coração acelerou assim que eu escutei a voz do senhor Vitor, minha respiração estava ofegante. Karina se aproximou de Paco.
- Se mantenham afastados ou eu mato eles.- Paco disse ao senhor Vitor, Paco segurava a arma em minha direção.
- Você vai ter muito a perder se fizer isso, você tem filhos.
- Eu não me importo, não se aproximem.- Paco apontou a arma na direção dos policiais e atirou contra o carro.
Foi como em um filme, tudo passou em câmera lenta, segurei a faca com firmeza e enfiei no Paco sem pensar duas vezes, o mesmo gemeu de dor, avancei na Karina para tentar pegar Daniel, acabamos nos desequilibrando e caindo na parte do barranco, senti tudo rodar, eu só segurava o corpo do Daniel o mais firme possível, antes de bater minha cabeça em algo e apagar de vez, eu ainda ouvi alguns tiros.
××××
POV Christopher.
Assim que terminei meu trabalho, tomei um banho e disse para minha mãe que ia atrás de Dulce, a minha surpresa foi chegar em seu apartamento e saber que ela não apareceu a tarde toda e, que todos eles achavam que ela ainda estava comigo.
Meu coração estava agitado pensando em várias possibilidade, não conseguia ficar quieto e resolvi voltar ao meu apartamento, minha mãe tentou fazer um chá para eu me acalmar, tudo piorou quando meu pai ligou dizendo que tinha encontrado eles. Voltei para o apartamento dela o mais rápido possível para da a notícia. Bati na porta com força e quem abriu foi a Lívia.
- Encontram eles, precisamos ir agora para o hospital.
Anahi com os outros desceram para o térreo o mais rápido possível. Polo e Belinda vieram junto comigo no meu carro. Anahi, Poncho, Maite e Lívia foram no carro de Christian. Cheguei no hospital antes de todos. Christian correu para vestir sua roupa, eu não conseguia ficar do lado de dentro esperando por eles chegaram.
Meu coração parecia que iria parar quando duas ambulância pararam em frente a porta de emergência, saiu a primeira maca, era com a Karina, ela tinha alguns hematomas pelo corpo e estava acordada.
Logo em seguida a outra ambulância foi aberta e saiu uma maca, olhei com toda atenção, era o Daniel, ele tinha alguns arranhões pelo corpo. Christian apareceu na porta de emergência junto com uma equipe, reconheci a Dra° Robins, ela e uns três residente empurram a maca do Daniel para dentro.
Me faltou ar quando vi a terceira maca saindo de dentro da Ambulância, Dulce tinha um corte no braço, vários sua blusa estava toda suja, e saía sangue pela sua cabeça. Saí dos meus pensamentos assim que escutei a voz de Belinda e Polo, eles tentavam se aproximar de Dulce e da equipe que cuidava dela naquele momento, Anahi assim como os outros tentavam controlar eles dois.
- Belinda.- me aproximei dela e segurei seu rosto.- eu sei que é extremamente difícil essa situação, mas olha nos meus olhos, eu amo ela, eu também estou com medo, mas não podemos chegar perto, vai ser um atraso para eles.
- É a minha irmã naquela maca, Uckermann.- a voz do Polo chamou minha atenção.
- i know, ela é a mulher que eu amo e acabei perdendo por não ficar ao seu lado.- passei a mão pelo meu cabelo.- vamos manter a fé.
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Laços do Destino
FanfictionDulce, uma mulher confiante, destemida, Pé no chão e que corre atrás dos seus sonhos, é bastante charmosa. É Delegada de umas das principais delegacia da CMX, teve uma infância bem agitada, aconteceu várias percas em sua vida, tudo começa com a part...