POV Christopher.
××××
Escutei um barulho na porta, fui ver quem era, fiquei surpreso ao ver Dulce, ela estava chorando. Não esperava por ela, até porque a mesma não eu estava falando comigo.
-deixa eu ficar aqui? - concordei com a cabeça e dei passagem a ela, me aproximei dela que ainda estava chorando.
- você quer contar o que aconteceu?- ela me olhou e soltou um suspiro, e logo depois me abraçou forte.
- Dani sumiu...
- O Daniel sumiu?- perguntei incrédulo.
- sim.- ela se afastou e limpou as lágrimas. - ele estava na casa dos pais do Poncho, Joanna estava cuidando dele esse final de semana, hoje a Maite foi busca-lo...-ela parou de falar e me abraçou novamente.- os pais dele não sabiam da separação, então quando a Karina apareceu la, eles pensavam que nós sabíamos que ela estava lá para buscá-lo.
- isso não pode ter acontecido...
- eu não quero ficar no meu apartamento, ficar lá estava me sufocando.- ela me olhou.- tenho medo de acontecer algo com ele, eu não posso fazer nada, apesar de ser delegada, eu não posso fazer parte das buscas, seu pai disse que eu posso misturar as coisa, isso é horrível...
- vc quer algo? um remédio ou acalmante?
- não, eu tomei, eu so quero ter um minuto de paz, minha vida saiu de ordem totalmente...
- vem, vou levar você para o quarto.
Levei ela ate o quarto de hóspede, ela se deitou na cama, olhei ela por alguns segundos, assim que ia siar do quarto a sua voz me chamou a minha atenção.
- Christopher?
- Sim?
- fica aqui comigo? Não quero ficar sozinha. - concordei com a cabeça.
Deitei-me ao seu lado, a mesma me abraçou, comecei a fazer um cafuné, não demorou muito e ela dormiu, esperei ela pegar bastante no sono e saí do quarto, peguei meu celular e mandei uma mensagem para o Christian, avisei que Dul estava dormindo aqui no meu apartamento.
Voltei para o quarto e notei que ela estava abraçada com o travesseiro, deixei meu celular na mesinha ao lado da cama, deitei ao seu lado, admirei sua beleza, dormia serena, mas tinha uma expressão de tristeza e preocupação, ela empurrou o travesseiro e voltou me abraçar, abracei ela de volta.
- não consigo entender você, mas eu sei que a Amo...- sussurrei. Fiquei fazendo cafuné, depois de um tempo o sono me venceu.
××××
Acordei assim que uns raios adentraram o quarto, senti o corpo dela abraçado ao meu ainda, ela continuava dormindo, estranhei o fato de o seu corpo estar com a temperatura quente, o ar condicionado estava ligado.
- Dulce...- me afastei um pouco dela, passei minha mão pelo seu rosto e ela se encolheu.
- sua mão está gelada...- resmugou.
- você está com febre, vou chamar a Anahi.
Ela virou-se pro outro lado. Era rebelde mesmo, peguei meu celular e mandei mensagem para Anahi.
Anahi
-oi, Dul está com febre, eu
disse que iria chamar você...
Tem notícias do Daniel?-tudo bem, eu estou indo ai...
Não, ainda não temos notícias.Passando alguns minutos escutei a campainha, eu havia tomado banho e trocado de roupa, hoje eu trabalhava aqui no meu escritório. Fui ate a porta e abri, me deparei com uma Anahi exausta, ela passou por mim e perguntou:
-cade ela? Dulce quando quer ser rebelde consegue quebrar recordes.
- está no quarto de hóspede.
- esta sendo tudo horrível, me admiro ela ter vindo aqui, Dul apesar de toda a experiência dela, não consegue mais lidar com esse tipo de situação depois que Bel sofreu acidente, ela foge de todos.- ela disse cabisbaixa.
- Como estão todos? Dul chorou bastante quando chegou.
- A Dul é a mais desesperada, ainda mais quando negaram ela entrar nas buscas, May e eu ficamos metade da madrugada acordadas, Christian tinha que entregar alguns endereços ao seu pai, Poncho ate o momento que eu saí do apartamento ainda não dormiu.- ela disse e me olhou logo em seguida.- e Lívia e Bel estavam dormindo.
- espero que isso tudo termine bem, mas agora por favor, tenta tirar ela daquela cama, se a febre aumentar, mas ela vai ficar vulnerável a outras coisas.-antes de ela sair da sala, eu segurei seu braço.- e sobre o Alfonso, tente contar logo a ela, você não pode esconder isso dela.
- eu irei contar, mas não agora.
Anahi foi em direção ao quarto que Dulce estava, ela estava com uma bolsa, entrei para meu escritório, mas meus pensamentos não saiam da Dulce. Depois de alguns minutos a porta do meu escritório foi aberta, Dulce estava vestida com outras roupas, eram maior do que a da noite anterior, Anahi estava logo atrás dela.
- Christopher, diga a ela que eu não preciso voltar ao meu apartamento.
- Dulce...- antes de eu concluir o que eu ia falar, Anahi me interrompeu.
- Não, Dulce, você vai comigo.- Anahi disse firme.
- eu não sou nenhuma criança, Anahi.- ela veio na minha direção, sua voz estava embargada e seus olhos marejados.- Christopher, deixa eu ficar aqui com você, por favor...
Naquele momento a única necessidade que eu senti foi de abraça-la e proteger ela de toda a dor que ela estava sentindo, puxei ela para um abraço e olhei para Anahi.
- Ela vai ficar aqui, eu prometo que nada vai acontecer a ela, ok?
- Christopher...
- A Dulce ficar no ambiente que está o apartamento agora, vai piorar, então é mil vezes melhor ela permanecer aqui comigo.
- se algo acontecer, me comunique.- ela se aproximou de nós, Dulce se encolheu.- eu estou ao seu lado, não esqueça.- Dulce apenas concordou.
Acompanhei Anahi até a saída, quando eu voltei ao meu escritório encontrei Dulce deitada no sofá, ela estava toda encolhida. Sentei na minha cadeira e tentei me concretar no meu trabalho, mas eu não conseguia, olhei novamente para ela, e a mesma chorava bem baixinho.
- Quer fazer algo?- perguntei chamando sua atenção.- ou conversar?
- não, eu só quero meu pai.- ela disse e se encolheu mais.
Dulce tinha um grande trauma em relação ao pai dela, mas era evidente que ele era um dos únicos que conseguia fazer ela manter a calma.
Andei até o sofá, pedi espaço para me sentar, ela sentou-se e me olhou, eu sorri para ela e abracei logo em seguida.
- podemos tentar ligar para ele.
- eu quero ele aqui.
- vou tentar entrar em contato com ele.- coloquei a mão no seu rosto.- mas nesse momento a sua temperatura está aumentando.
- eu não quero remédios, espera só mais um pouquinho, pode não ser febre.- ela se encolheu mais uma vez, concordei com a cabeça, Dulce colocou a cabeça na minha perna e ficou quieta, eu precisava trabalhar, mas não ia deixar ela sozinha, fiz cafuné nela, a mesma acabou dormindo, carreguei ela até meu quarto e coloquei ela na minha cama.
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Laços do Destino
FanfictionDulce, uma mulher confiante, destemida, Pé no chão e que corre atrás dos seus sonhos, é bastante charmosa. É Delegada de umas das principais delegacia da CMX, teve uma infância bem agitada, aconteceu várias percas em sua vida, tudo começa com a part...