My Beloved Major

10

ABRI MEUS OLHOS E ME espreguicei feito a gata que eu sou, puxei a coberta e me cobri inteira, a noite passou voando e embora eu não precisasse dormir, eu dormi, tive que me desligar de meus pensamentos e parar de pensar tanto, até que deu certo. Virei minha cabeça para a direita onde estava meu criado mudo e peguei meu celular, seis e meia da manhã, não é possível, justo quando eu consigo dormir bem, acordo cedo.

Mas pensando bem, Isabella ainda não acordou e isso só significa uma coisa, vou finalmente ter minha vingança. Me levantei em um pulo, tomei um rápido banho e me vesti, desci correndo até a cozinha e peguei um ovo e uma xícara de farinha, vamos fazer bolo de Isabella.

– Bom dia meu pai – Lhe dei um beijo na bochecha, ele olhou para as coisas na minha mão e fez um gesto negativo.

– Na maioria das vezes você e sua irmã me dão medo – Ele olhou para mim mais uma vez e pegou sua xícara de café – eu não quero saber...

Sorri maquiavélica e subi para o quarto dele, peguei um creme de barbear, lentamente abri a porta do quarto da minha irmã, ela estava dormindo feito uma pedra, maravilha.

Com a minha telecinese, fiz o ovo levitar sobre a cabeça de Isabella me aproximei dela e espalhei a farinha por todo seu cabelo, ele ficou todo branco, parei alguns segundos para segurar a risada, me recompus, peguei o creme de barbear e enchi a mão de Isa com ele, coloquei um pouco na testa dela também, trabalho quase pronto, peguei meu celular e tirei algumas fotos dela e com ela, isso com certeza vai para o álbum da família.

Me afastei um pouco da cama e comecei a gravar, isso vai ser tão bonito.

Com um simples movimento fiz uma brisa entrar pela janela e fazer cossegas no rosto dela e no mesmo segundo em que ela levava a mão cheia de espuma de barbear para o rosto eu fiz o ovo cair bem no meio da testa dela.

Isabella acordou em um pulo, seu coração estava a mil e comecei a gargalhar alto.

– Socorro... Ai minha barriga – Tentava falar entre gargalhadas, quase cai no chão duas vezes de tanto rir. Quando minha irmãzinha lerdinha entendeu o que estava acontecendo ela se levantou em um pulo me fitando com um olhar assassino.

– Eu vou matar você – Ela falou pausada mente, tentando parecer séria, mas o estado do seu rosto e cabelo não ajudou mundo e eu só conseguia rir. Isabella veio correndo em minha direção eu sai do quarto dela correndo e da cozinha consegui ouvir ela se embolando nas cobertas e caindo. Santos pés esquerdos, maninha.

Desliguei o vídeo, papai e eu estávamos nos dobrando de tanto rir mas nossa risada morreu assim que uma Isabella furiosa adentrou a cozinha com os cabelos úmidos, sorri de um modo inocente e lhe mandei um beijinho, ela devolveu com um dedo do meio, ai bruta.

– Vai ter volta – Falou ela, pegando uma xícara de chá e uma bolacha de arroz e chocolate, foi até o papai e lhe deu um beijo na bochecha, awn, eles estão evoluindo que lindo, limpei uma lágrima imaginaria olhando para os dois que me ignoraram.

– Porque tomou banho? Tinha ficado tão linda – Mandei um beijo para ela que me mostrou a língua, minha irmã é tão adulta quanto eu, que emocionante.

Terminei de tomar meu café e Isa também, seguimos para meu carro, não sem antes minha irmã totalmente descoordenada escorregar no gelo e cair, me rendeu mais uma boa rodada de gargalhadas, depois de tentar me conter a ajudei levantar e seguimos para a escola.