My Beloved Major

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O SÁBADO E DOMINGO PASSARAM voando. Jasper, com muito custo, e sua família foram caçar, seus olhos já demonstravam o tamanho de sua fome. Isabella e eu ficamos sozinhas em casa, nosso pai saiu pescar – como faz quase todos os finais de semana, eu precisava me alimentar e Isabella precisava de roupas novas, eu disse que faria uma limpa no lixo que ela chama de roupa, então juntando o útil ao agradável, estamos indo até Port Angeles, nada como umas comprinhas e um cinema para passar o dia.

Meus pensamentos voam para um certo anjo loiro e não contenho um sorriso. Que boca é aquela meu senhor? Dos Deuses!

Só de relembrar nosso encontro ontem, meu coração se torna uma escola de samba, irritantemente agradável, o modo como meu corpo se aquece apenas estando ao lado dele, sentindo seu cheiro, é algo fora do normal, estou me sentindo uma verdadeira idiota apaixonada e o mais estranho É EU ADMITIR ESTAR APAIXONADA, caralho.

– Desembucha Sophie – Isabella é tão sutil, não sei a quem puxou – sua expressão é de quem tomou sangue estragado mulher, fala logo.

– Sangue estragado? Você é estranha, muito estranha – Ela arqueou a sobrancelha e eu lhe mostrei a língua – é que... É estranho...

– O que é estranho, Soph?

Mordi meus lábios em dúvida, Isabella normalmente me ajuda muito com seus concelhos estranhos, mas desde que tudo aconteceu com meu ex noivo, não pensei em me apaixonar tão cedo e então Jasper brota como erva daninha na minha vida.

– Para de pensar tanto Sophie e vomita esses pensamentos todos ai.

– Eu odeio você, sério, vomitar meus pensamentos? Que porcaria de expressão é essa Isabella? – Ela me olhou como se fosse me jogar para fora do carro – Ta bom, não precisa ficar irritada.

Fiquei em silêncio por mais alguns segundos e levei um beliscão por causa disso.

– Irritante – Murmurei olhando para a estrada respirando fundo – desde que meu ex e... – Teu ex você diz Nikl...

– Não fale o nome do diabo, Isabella, nunca – Rosnei olhando para ela, que ergueu as mãos em rendição e concordou – continuando, desde que nós rompemos, eu havia decidido não me deixar levar pelas emoções nunca mais entende? Mas quando vi Jasper, quando o vi pela primeira vez, no momento em que senti o monstro me rasgando por dentro e implorando para sair, de um jeito que nunca tinha feito antes, naquele instante eu percebi que todas as barreiras que eu tinha erguido não funcionariam com ele, não funcionaram, e isso me assusta muito.

Isa ficou quieta, absorvendo o impacto das minhas palavras, minha garganta secou quando eu percebi tudo o que falei, droga.

– Soph, minha irmã, você não conseguiria se blindar contra o amor para sempre – Ela começou lentamente – o que você viveu com seu ex, Soph, você tem que superar.

Trinquei o maxilar e acelerei ainda mais o carro. Suas palavras me cravam feito facas.

– Você... Eu percebo Sophie, você é minha metade, achou que eu não perceberia? Achou que eu, sua irmã, sangue do seu sangue, não perceberia que você se machucou tanto e continua se machucando desde que tudo ruiu com ele? Vou acha mesmo que eu não sei que você não superou Niklaus? – O carro derrapou e eu freei em um baque, apertei o volante com tanta força que entortou, Isabella não parou por ai – Quando você me ligou desesperada por ter terminado com ele, mesmo eu não sabendo de nada, por ter deixado seus sentimentos serem destruídos tão miseravelmente, cansada de lutar, você acha que eu não vi o quão quebrada e acabada você estava? Mesmo se mantendo forte, mesmo tentando demonstrar que estava tudo bem, EU VI QUE VOCÊ ESTAVA CAINDO SOPHIE, ali eu vi que você estava caindo em um abismo gigantesco e você sabe o quanto me doeu não poder te ajudar? Estar tão impotente a ponto de não conseguir salvar a pessoa que eu mais amo da própria autodestruição?