Djavu!

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Capítulo IV

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Capítulo IV

-Como assim ela quase te beijou? –perguntou Amanda espantada.

-Ela não quase me beijou Amanda, ela só estava muito próxima de mim e....

-E com a mão quase na sua nuca, estava próxima de você com a mão quase na sua nuca, próxima da sua boca, pronta para te beijar!

-Acho que ela não iria fazer isso, afinal eu sou a patroa dela né , tecnicamente.

-Olha se ela ia ou não, não sabemos, o que eu quero saber é o porquê ela fez isso, você deu alguma brecha?

-Claro que não, eu namoro e você sabe disso, além do mais .. Ela é uma garota né !

-É uma garota....

Amanda me olhava desconfiada e eu sabia a pergunta que viria a seguir, e eu sinceramente não saberia responder ..

- E se ela fosse realmente te beijar, o que iria fazer? Iria continuar? Ou iria empurra-la? -como eu esperava.

- Claro que eu iria parar né Amanda, eu não fico com garotas, você sabe!! -mas a verdade é que eu não sabia o que eu faria se isso tivesse realmente acontecido, eu nunca beijei uma garota, mas também nunca tinha sentindo por nenhuma outra o que sinto quando estou perto de Clara.

- Uhum.... -disse ela me encarando com uma sobrancelha levantada.

Em cima da cabeça dela parecia haver um ponto de interrogação a meu favor agora, me levantei e pedi pra ela pagar aquela rodada, pois sai sem nada, fiquei pensando em tudo o que eu estava sentindo desde que a Clara tocou a minha campainha e em tudo o que já tinha acontecido, era tudo muito novo, e rápido, eu precisava falar com ela e esclarecer algumas coisas.



Quando cheguei em casa a Bell já havia dormido e a Clara estava na sala assistindo, era isso, essa era a hora para esclarecer as coisas, eu tenho um namorado, sou hétero e ela.. Bom, ela tem a namorada dela e merece o respeito .

- Oi Clara!

-Ana, você voltou...

O silêncio pairou sobre a sala. Sentei ao seu lado no sofá...

-Precisamos conversar- disse séria.

-É, eu também acho, você deve ter ficado assustada quando saiu mais cedo, e eu gostaria muito de explicar...

- Eu namoro Clara ...- falei cortando ela antes que pudesse terminar a frase- ... E você também, até onde eu sei.

-Eu sei disso, não quero que pense algo errado de mim Ana, eu sou uma boa garota, não sou uma pessoa má, mas acho que preciso dizer uma coisa que está em mim desde a primeira vez que te vi, você mexeu comigo, eu ainda não sei em que sentido, mas mexeu e desde que abriu aquela porta eu não paro de pensar em você. Em pensar como você é incrivelmente linda, eu sei que pode ser errado dos dois lados, e eu não estou aqui pedindo nada, só acho que deveria saber sobre isso, saber que não paro de pensar em poder beijar você.

Nesse momento meu coração começou a acelerar e as minhas mãos suavam, eu não sabia o que ela iria fazer depois, mas eu conseguia ver como os seus olhos mudaram conforme ela falava, eles brilhavam e suas palavras ecoavam em meus ouvidos como se fossem música, eu só conseguia sentir meu corpo leve, e os meus lábios se encostando nos dela, sua mão então veio para a minha nuca e eu coloquei a minha mão sobre o seu rosto, Sua boca era quente e seu beijo calmo, eu nunca senti o que estou sentindo agora, nunca estive tão envolvida em um só beijo com alguém.

-Espera! - afastei ela.

-Ai meu Deus, Ana me desculpa, eu não queria...não era ... Poxa meu Deus, não era pra isso acontecer me desculpa- ela falava pegando as suas coisas - Eu passei dos limites sei disso, me desculpa de verdade, eu juro que isso jamais voltará a acontecer

-Clara, calma ...

-Eu, bom, acho que preciso ir, por favor diga a sua mãe que eu tive um problema e precisei ir para casa, e me desculpa mesmo.

Ela bateu a porta e foi embora, me deitei no sofá e fiquei tentando entender o que é que tinha acontecido naquele lugar.

-Ana!! Anaaaaa. -ouvia a voz da Amanda me chamando longe.

- Que foi ? –perguntei.

- Onde é que você estava tô te chamando há um tempão já , entra no carro, vou te levar pra casa. –disse ela com a porta aberta.

Entrei no carro e fui o caminho todo imaginando que isso poderia ou não acontecer quando eu chegasse em casa. Tentei me preparar psicologicamente para o que poderia acontecer.

-Obrigada pela companhia, você é uma ótima amiga. –falei.

-Você sabe que eu vou sempre estar aqui pra você né delícia.

-É eu sei, obrigada de novo, até amanhã.

-Até amanhã , e não faça nada que eu não faria hein, boa noite.

Entrei em casa e Clara estava no sofá com a TV ligada e mexendo no celular.

-Ana, você voltou...

Meu corpo estremeceu e tive um djavu, eu precisava sair dali, passei reto da sala para o corredor do meu quarto...

-Boa noite Clara.

Entrei e me deitei.

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