Cantada!

115 9 0
                                    



Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Capítulo XXVII

Os dias foram passando, eu mandava mensagem pra Clara ligava e nada, ela havia desaparecido, não havia rastro dela por nenhum lugar, não tínhamos amigos em comum então não dava para perguntar para ninguém sobre ela. Amanda até que me ajudou a procurar pelas redondezas de casa pelo bairro, mostrei a foto dela para algumas pessoas pela rua, mas nada ninguém a tinha visto.

-Oie pequena, e ai como você ta? -Perguntou Amanda me encontrando na porta da faculdade.

-Oi, eu to bem.

-Bem? Olha só pra você, olha só essas olheiras, você está acabada, precisa descansar sabe disso né?

-Ah Amanda eu to bem, são só umas olheiras, todo mundo tem.

-Não Ana isso já deu o que tinha que dar, você passa todo o seu tempo livre procurando essa garota, passa a noite acordada procurando alguma pista na internet e ligando para ela, isso tenho que parar.

-Você não entende, ela pode estar com problemas, pode estar machucada e não tem como chamar ajuda, eu preciso descobrir o que aconteceu com ela, ela só foi embora sem falar com ninguém e simplesmente sumiu, ninguém faz isso.

-Uma pessoa que não quer ser encontrada faz. Já pensou que talvez seja isso que ela fez? Ela foi embora e não quer mais contato com você? -Disse Amanda se irritando.

-Eu não acredito nisso, estava tudo bem, tínhamos nos entendido, ela adorava a Bell e se dava super bem com a minha mãe, não tem lógica o que ela fez.

-Bom relaxa, ela ta bem e disso tenho certeza.

-E como pode ter certeza?

-Simples, notícia ruim chega rápido, e não sabemos de nada, então ela ta bem.

Passei o resto do dia pensando em Clara, em como ela estava, se estava bem ou não. Eu não conseguia encontra-la e muito menos me comunicar com ela. Assim que sai da faculdade resolvi dar uma volta pelo meu bairro, até onde eu sabia a casa da Mikaella era por ali, quem sabe eu não dava a sorte de ver ela. Como eu já estava há um tempo andando sem rumo só observando as casas, resolvi parar em uma padaria que havia por ali para comprar algo para beber.

-Um suco de laranja por favor.

-Aqui, mais alguma coisa? Os sonhos acabaram de sair, estão fresquinhos quer aproveitar? –Perguntou a atendente.

-Só isso mesmo, obrigada.

Me sentei em uma banqueta no balcão e comecei a olhar o celular, lembrei que tinha uma foto de Clara que tinha tirado, deu uma saudade do sorriso dela então decidi abrir para ver ela. Decidi que já estava na hora de ir pra casa, estava há horas andando e não tinha descoberto nada, coloquei o celular no balcão e peguei a bolsa para pegar o dinheiro para pagar o suco quando a atendente diz:

-Olha só, você conhece a Clarinha, ela é uma ótima garota.

-Conhece a Clara?

-Ah conheço sim ela vem aqui todas as manhãs, é tão educada e linda, mas aquela namorada dela... só por Deus garota chata, ignorante, uma pena o que aconteceu com ela, apanhar covardemente daquela forma, essa cidade não está mais segura pra ninguém.

-Pois é, uma fatalidade mesmo. Mas na verdade eu até estava procurando por ela, sabe onde ela mora?

-Não sei, ela vem aqui toda manhã conversamos um pouco, mas ela não demora muito porque se não a coisa da namorada vem atrás ver o porquê ela está demorando.

-Entendi, nem uma ideia de como encontrar ela?

-Também não, mas eu não aconselho você ir trás dela, aquela coisa que ela chama de namorada não é flor que se cheire, pelo que dizem ela já deu muitos problemas aqui no bairro.

-É a Mikaella não é fácil, mas eu preciso muito falar com a Clara.

-Você pode me dar o seu número –Ela me disse com um sorriso de canto, a encarei por um momento e tenho certeza de que fiquei vermelha na hora.

-Como? –Falei me fazendo de desentendida.

-Seu número junto com seu nome, assim entrego para ela amanhã de manhã quando ela vier aqui. –Falou sorrindo.

-Ah, é sim, uma ótima ideia, mas ela tem o meu número já, sou eu quem não tem dela, acredito que se ela quisesse falar comigo ela ligaria ou mandaria ao menos uma mensagem. –Falei sussurrando.

-Então você está atrás dela e ela não quer falar com você?

-Mais ou menos isso –respondi rindo.

-Boba ela então, dispensar alguém como você por alguém como aquela namorada dela.

-Imagina, não tem nada a ver, eu sou só uma amiga.

-Amiga né, ta bem vou fingir que acredito, mas já que não quer passar o seu telefone para eu entregar pra ela, que tal passar pra mim então? –Ela disse me entregando o bloco de anotações dela.

-Ah, bom eu não... –eu não sabia o que dizer, não queria passar meu número, não por ela, ela era muito bonita, porém eu não estava interessada em mais drama na minha vida, e ela estava literalmente dando em cima de mim, eu não estava preparada para isso ainda. –sabe eu não costumo passar o meu número para pessoas que eu não conheço.

-Entendi... – ela se virou de costa e saiu andando, mas quando menos esperava ela estava de volta em minha frente.

-Então qual seu nome?

-Ana –respondi sorrindo

-Ana... que nome lindo, agora não somos mais estranhas, muito prazer Ana me chamo Bruna, mas pode me chamar de Bru, é como todos me chamam. –Disse me entregando uma folha do bloco de notas com seu número e nome.

-O prazer é meu Bruna –falei pegando o papel de sua mão. –Bom eu tenho que ir andando agora, mas foi muito legal te conhecer.

-Foi bom te conhecer também, e só tenho duas coisas para te dizer, volte sempre, e faça bom uso desse número, não costumo passar para estranhos também –disse sorrindo e saiu andando.

-Eu vou fazer –disse um pouco mais alto pela distância que ela estava.

Peguei minhas coisas e fui andando para casa, tinha um plano em mente para conseguir falar com Clara, e não ia falhar estava certa de que no dia seguinte iria ter a resposta do porque ela foi embora. 

Consequências do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora