Capítulo 14.

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POV Normani
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Cheguei em casa, e minha mãe estava tricotando concentradamente no sofá.

- Mãe? - Fecho a porta atrás de mim caminhando até ela e lhe dando um beijo na testa.

- Oi meu amor. Fiquei com saudades. Não dormiu em casa ontem.

- Também! O que está tricotando? Pergunto curiosa.

- Só mais esse pontinho... e prontinho. - Ela fala mais pra si, levantando o que fizera. Me fazendo ficar congelada no lugar, surpresa. Bastante surpresa.

- O que é isso mãe? - Me sento ao seu lado.

- Para a minha futura netinha. Franzir a testa, pegando o par de sapatinhos rosa de bebê de suas mãos.

- Não terei um filho tão cedo, mãe.

- Mas uma hora terá. Quero muito um neto, Moni. - Ela acaricia meus cabelos com um sorriso. Sorrio para ela.

- Também quero muito um bebê. Mas não tão cedo.

- Mas sua alma gêmea você já tem. Suspiro tristemente.

- Não, mãe. Eu não à tenho. - Meus olhos se enchem de água. Minha mãe me puxa me fazendo sentar em seu colo, e deitar a cabeça na curva de seu pescoço.

- Quando você era criança...

Ela passa as mãos suavemente e delicadamente em meus cabelos.

- Sempre corria para o meu colo quando estava com medo. Quando estava triste. - Sorrio de lado, sentindo o cheiro gostoso de seu perfume.
- O que era raro. Porque você nunca se mostrava fraca na frente dos outros. Sempre tentou sozinha enfrentar os medos. Só quando não estava mais suportando guardar isso só pra si, que você transparecia o quanto indefesa é. Daí eu percebia o quanto aquela situação era grave. - Uma lágrima rola em meu rosto.

- Eu amo ela mãe. Muito. - Minha mãe me abraça forte.

- Eu sei, pequena.

- Estou sofrendo por não podermos ter nada.

- Essa mulher é muito indecisa. Nem parece ter 35 anos. Onde foi parar a maturidade dela?

- Ela tem medo de alguma coisa. E não quer me dizer. - Minha mãe ficou um tempo em silêncio.

- Disca o número dela e deixa que eu falo com ela que você não irá ir trabalhar nos próximos dias por que está resfriada. - Levantei minha cabeça de seu ombro.

- Dona Andrea. O que é isso? - Sorrio divertida.

- Tenho certeza que ela saberá que é desculpa. E aposto que ela irá te ligar. - Lhe entreguei o celular.

Demorou alguns segundos, até que Dinah atendesse...

"Não, sra. Hansen, aqui quem fala é a mãe dela. Andrea ... Estou ótima, muito obrigada!... Não. Não é nada grave. Normani pegou um resfriado... Sim. Ela não poderá ir trabalhar nos últimos dias. Se quiser pode descontar de seu sálario... - Balanço minha cabeça negativamente. -

- Claro, eu irei falar com ela... Passar bem. Tchau!"

- A senhora é maluca. Não posso ficar sem ir trabalhar.

- Será até ela te ligar. Já falei.

- Minha cabeça está doendo. Acho que realmente estou começando a me resfriar.

- Vai tomar um banho bem quente, enquanto preparo um chá.

- Está bem! - Lhe dou um beijo na bochecha.

A Melhor Amiga Da Minha Filha (NORMINAH)Onde histórias criam vida. Descubra agora