CAPÍTULO 11

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Existem alguns momentos que deveriam ser eternizados não apenas na memória, mas em algum lugar onde se pudesse visitar e reviver estes momentos.
Autor(a) Jepasa

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SORRISO (MT)

   Homem não chora, quem disse isso estava completamente errado pois passamos por dores também, não somos imunes, quem me dera se fôssemos, jamais poderia imaginar chorar por uma mulher, e aqui estou, aos prantos por uma, que mal chegou em minha v...

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   Homem não chora, quem disse isso estava completamente errado pois passamos por dores também, não somos imunes, quem me dera se fôssemos, jamais poderia imaginar chorar por uma mulher, e aqui estou, aos prantos por uma, que mal chegou em minha vida e tomou tudo de mim para si. De braços cruzados sou obrigado a vê-la partir, somente assim ela conseguirá realizar os seus sonhos no fundo eu sinto orgulho dela, mas jamais serei capaz de admitir em voz alta. Guardo comigo as lembranças dos seus beijos, dos seus abraços e de seu perfume doce amadeirado, deixo os meus pensamentos de lado e somente agora noto que havia anoitecido e já estava um par de chão longe dela, o suficiente para que eu pudesse sofrer.
      O trajeto para a casa dos meus padrinhos faço em silêncio, apenas escutando os barulhos das árvores, com a leve brisa que adentrará através das pequena fresta aberta, penso em como será tudo de agora em diante, tenho que terminar o meu trabalho lá na fazenda e depois me despedir daquele local, e desejo acima de tudo esquecê-la, quem sabe até lá alguém não apareceria em meu caminho, fazendo com que eu pudesse ao menos gozar da sensação de felicidade novamente, se isso ainda fosse possível. Que os dias passem rápido, pois só tenho duas semanas para ficar longe de tudo que me traz lembranças dela.

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Duas semanas depois...

- Tarcisio, meu menino acorda! - escuto ao longe uma voz me chamar.

- Oh bem esse menino foi dormir tarde novamente ontem ? - após escuta o grito da minha madrinha ao chamar o padrinho, desperto rapidamente.

- Tia por que a senhora está gritando? - após ser acordado aos gritos, questiono-lhe jogando o travesseiro sobre os meus olhos.

- Por que será, você tem uma visita filho, e depois teremos uma conversa sobre essas noites mal dormidas, ainda pensa muito na menina ? - questionou-me sussurrando.

- Tia eu não quero falar sobre este tópico de minha vida, pois não me faz bem lembrar de algo que pra mim já foi encerrado, apenas um ciclo que se fechou - respondo-lhe vagamente.

- Tudo bem, mas sabe que de nada adiantará fugir dos seus sentimentos meu menino, em algum momento o tempo irá lhe cobrar uma confissão - disse-me calmamente.

- Tá certo! Mas voltando ao assunto da visita um tanto quanto estranha, ao menos a moça se apresentou ou até já adiantou o assunto? - questiono-lhe.

- Cheguei até perguntar para a mesma, mas infelizmente a informações só podem ser repassadas pra você, e o nome dela é Paloma- respondeu-me.

- Tudo bem madrinha, peça que aguarde, só vou jogar uma água no rosto, logo mais já desço - peço-lhe.

  Levanto rapidamente e sigo para banheiro, jogo uma água no rosto apenas para acordar mesmo em seguida faço as minhas higiene matinal, e pego uma roupa qualquer na cômoda e me visto apressadamente, e calçando apenas um chinelo, e vestindo bermuda e regata desço as escadas indo em direção a sala de visitas, e lá me deparo com a madeixa loura de costas pra mim, me aproximo um pouco mais apenas para não ser notado de início pois a madrinha e a moça não param de conversar, o assunto flui naturalmente, e o mas estranho minha tia não é de simpatizar com ninguém logo de cara. Decido interromper a conversa tão animada de ambas.

- Bom dia madrinha, aonde está o padrinho?- cumprimento dando falta de alguém.

- Bom dia meu menino, o seu tio foi lá fora arrumar a cerca do curral que estava caindo, e você não vai cumprimentar a moça? - disse-me inquisidoramente.

- Bom dia Sta. Paloma - me aproximo estendendo a mão para lhe cumprimentar.

- Bom dia Sr. Lunter, peço desculpas por lhe incomodar, mas o assunto é de extrema importância - disse retribuindo o meu aperto, mas não sem antes sentir uma corrente elétrica circulando por todo o meu corpo apenas com um simples contato, no qual não passou por despercebido por ela.

  Me recomponho ao máximo sem deixar transparecer o que havia sentido para que ambos não se sentissem constrangidos durante a nossa conversa, e pela sua expressão tenho certeza que não irei gostar do rumo da prosa.

- Bom, sente-se e me diga o que veio fazer aqui? - pergunto-lhe sendo direto ao ponto.

- Certo, o motivo que me trás aqui pode não ser de tamanha importância para você, mas sim para meu cliente que por acaso seria o seu avô- não escondo o espanto ao ouvi-la dizer - e antes que me interrompa, eu sei de toda a sua história, inclusive a dos seus pais - disse-me mantendo sua pose de mulher decidida.

- Já que sabe sobre toda a minha história então deve saber que eu não faço a mínima ideia do que você está fazendo aqui e ainda mais a sua afirmação sobre um avô, que eu nem sabia que existirá - disse lhe sendo vago em minhas palavras.

- Creio que os documentos e uma carta escrita a próprio punho pelo meu cliente possa lhe esclarecer muitas coisas, leia para que possamos conversar, pois não vim a passeio, tenho pressa - respondeu-me friamente.

Assim que ela entrega o envelope em minhas posso senti-las ficarem trêmulas como se após abri-lo minha vida mudará, e o famoso lado negativo da minha mente me diz que não será para melhor, parando para pensar já faz anos que os meus pais faleceram e o homem que se diz minha parentela resolve me procurar, encargo na consciência imagino. Abro o envelope mantendo minha total atenção voltada para o pequeno pedaço de papel que ao abrir contém uma bela caligrafia, deixo esse pequeno detalhe de lado e me concentro na leitura, linha por linha.

"Querido neto,
    É difícil imaginar como será a sua reação ao começar a ler essas poucas linhas, tentarei ser breve. Já faz alguns anos desde que perdi o meu único filho, que me foi tirado devido ao meu orgulho de homem vaidoso, eu não aceitava a relação dos seus pais, e por este motivo seu pai acabará fugindo com ela, a mulher que foi culpada de tudo, eu não tenho como pedir perdão para o meu próprio filho, pois foi me tirado com o tempo, recentemente através da minha advogada descobri que tinha um neto ao qual pretendo deixar tudo o que tenho, pois estou morrendo meu neto então se achar que deve me perdoe. E Sta. Paloma ê uma advogada excepcional, caso tenha alguma dúvida ela estará a sua disposição.

Com amor,
Pablo Lunter.

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Amores voltando à ativa novamente 🔉
Amanhã teremos CEO império Dominique não esqueçam de adicionar em suas bibliotecas e me seguir nas redes sociais 😍
Gratidão pela paciência 😍
Bjs da Mandy Baía 😘

VOLTEI POR VOCÊ- CONTOOnde histórias criam vida. Descubra agora