CAPÍTULO 2

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  "Cavalgue na felicidade, tire o chapéu para o amor, com seu laço alcance seus objetivos, com sua bota esmague a tristeza e com sua fivela faça brilhar o sucesso."

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SORRISO (MT)

  Peão desaforado como pode me tratar dessa forma com tanta prepotência, e ainda ousou dizer-me que irá me domar, como seu fosse um desses animais selvagens, durante o curto tempo que passei ao lado dele lhe mostrando a fazenda, combinamos que a p...

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  Peão desaforado como pode me tratar dessa forma com tanta prepotência, e ainda ousou dizer-me que irá me domar, como seu fosse um desses animais selvagens, durante o curto tempo que passei ao lado dele lhe mostrando a fazenda, combinamos que a partir daquele momento não iríamos cruzar o caminho um do outro, pois também não perderia o meu tempo com esse capataz chucro.
  Ao retornar para casa, tomo um banho e me troco em seguida, e desço para a cozinha para comer algo, assim que adentro encontro Eulália mexendo em suas panelas, e como sempre distraída.

- Eulália, o que temos para comer - questiono assustando-a.

- Oh menina você e sua mania de me assustar - disse reclamando.

- Desculpe-me dinda não foi minha intenção - digo-lhe carinhosamente.

Lhe dou um abraço rápido e um beijo em sua bochecha, puxo a cadeira e me assento e a dinda já me serve com os seus bolinhos de chuva deliciosos. Após terminar de lanchar, agradeço a dinda e lavo as louça que sujei.

- Dinda estou voltando para o meu quarto, preciso terminar de estudar, se o papai me procurar o avise por favor - quando estou prestes a sair da cozinha me esbarro no Tarcísio, e o mesmo me seguira pela cintura, evitando que eu vá parar no chão, e que pegada esse homem tem, minha santinha.

- Não olha por onde anda não potranca - perguntou-me ainda mantendo seus braços em minha cintura.

- Obrigado por nada, seu ogro - saio do seu aperto e sigo para as escadas, não sem antes olhar para trás e notar que era observada atentamente pelo mesmo.

  Fico por horas trancada dentro do meu quarto até que resolvo me deitar, troco de roupa colocando à minha camisola de seda rosa bebê, que fora de minha mãe, sinto tanta falta dela, das noites que passamos em claro conversando, dos conselhos que ela me dava. Sinto às lágrimas virem à tona e pela primeira vez me permito chorar após a sua morte, escuto batidas insistentes em minha porta.

- Já vai só um minuto - respondo enxugando meus olhos e tirando os vestígios de lágrimas, e sigo abrindo a porta e dando de cara com ele.

- Potranca, dona Eulália pediu para que eu viesse trazer-lhe está xícara de leite quente, pois ela havia estranhado, você não desceu para o jantar - falou-me tranquilamente Tarcísio.

VOLTEI POR VOCÊ- CONTOOnde histórias criam vida. Descubra agora