Uma amizade importante!

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Os dias passaram voando, chegou a hora de se despedir, e a saudade já estava ali.

DOUGLAS: Amor, eu preciso ir, sério! Vou perder meu voo... – estavam abraçados e o uber já esperava na porta –

PAOLLA: Não amor, fica aqui comigo...

DOUGLAS: Eu até queria amor, mas o dever me chama...Pensa que daqui 10 dias estou de volta...

PAOLLA: Não quero amor...fica aqui só mais um pouquinho.

DOUGLAS: Se pudesse, ficaria...mas não dá – selou os lábios ao dela e depois um beijo na testa dela – Eu te amo muito! Tô morrendo de saudades já...assim que chegar te ligo!

PAOLLA: Tá bom...eu também te amo, muito muito muito!

Finalmente ele conseguiu partir, ela não resistiu e sentiu as primeiras lágrimas.

BIGA: Tá apaixonada mesmo hein?

PAOLLA: Eu odeio essa distância! - chorando -

BIGA: Acostume-se, se você chorar toda vez que ele for embora, ou vice-versa não vai ter mais lágrima pra novela rs.

PAOLLA: Nem fala...Amanhã começa o laboratório...ai vai ser ainda mais difícil...

BIGA: Vem chorona, vamos entrar vai...

A noite, Douglas ligou pra namorada como o combinado, ficaram um tempo no telefone e logo desligaram, a semana seguinte seria corrido.

Os dias passaram voando, se falavam por telefone todos os dias, e o dia era sempre encerrado com uma chamada de vídeo.

Ela comentou com Douglas que havia sido convidada para desfilar no carnaval de São Paulo no bloco da amiga Carol Sampaio. Ele como sempre apoiou a namorada, porém disse que achava melhor não se expor tanto naquele momento, e também não gostava muito de carnaval.

Paolla desembarcou em São Paulo, uma semana antes do previsto, faria uma surpresa para o namorado. Sem que ele imaginasse, vinha trocando mensagens a dias com a sogra. Fefê fora a responsável pela aproximação das duas. Naquele dia, a mãe de Douglas marcou um jantar, ela queria fazer uma surpresa para o filho, tudo claro, idéia de Maria Fernanda e Paolla.

Como desembarcou próximo ao horário combinado com a sogra, ela seguiu direto para casa dela.

ANA: Paolla! Seja muito bem-vinda!

PAOLLA: Poxa, muito obrigada! – retribuindo o abraço caloroso que recebia da sogra – Cadê a nossa cúmplice?

ANA: Tá por aí em cima daquele over não sei o que rs... Fefê, vem aqui princesa!!! – gritou a neta que veio rápido com seu brinquedo favorito –

FEFÊ: Paolla! – desceu do overboard e correu para abraça-la – Estava com muita saudades de você !

PAOLLA: Princesa! Eu também estava morrendo de saudades! Você está fera nisso aí já hein!

FEFÊ: É muito fácil, eu vou te ensinar, vem!

ANA: Maria Fernanda, ela acabou de chegar, deixa a vovó mostrar a casa pra ela, depois ela vai.

FEFÊ: Então eu vou junto mostrar a casa pra ela vó. – segurava a mão de Paolla –

O imóvel era grande, muito bonito, Paolla observava cada detalhe, até chegar ao quarto de Douglas.

ANA: E aqui era onde ele passava horas escrevendo, lendo e aprontando também rs.

PAOLLA: Ele sempre foi assim metódico, organizadinho ?

ANA: Sempre! Essa mocinha aqui não puxou em nada o pai, por isso vivem em pé de guerra.

FEFÊ: Meu pai é muito chato ás vezes – fazendo careta –

ANA: Vocês são iguais rs...Paolla, você quer tomar um banho? Douglas ainda vai demorar um pouco, vou aproveitar e colocar essa mocinha pra tomar banho também.

PAOLLA: Vou aceitar o banho sim rs.

FEFÊ: Eu quero tomar banho com a Paolla vó!

ANA: Maria, não começa! Olha Paolla aqui tem toalha, roupão o que você precisar, tudo limpo, fica a vontade tá. Vamos Fefê...

FEFÊ: Mas vó...

ANA: Vó nada...vamos...

PAOLLA: Ana, é...se quiser pode deixar ela aqui. Se não tiver problema nenhum ela pode tomar banho comigo, tudo bem por você?

ANA: Não precisa se incomodar Paolla...

PAOLLA: Não é incomodo nenhum! Prometo que ela vai sair cheirosinha do banho! – piscou pra sogra –

ANA: Se comporte hein mocinha!

FEFÊ: Eba!!! – pulando no colo de Paolla – Vou buscar meu roupão e já volto Paolla!

Já no banho, Paolla e Fefê conversavam animadas, fazendo planos para os próximos dias...

FEFÊ: Paolla, você acha que um dia meus peitos vão crescer? – falou timidamente –

PAOLLA: Claro! Você ainda tem 08 aninhos, mas quando tiver uns 11, 12 já vai notar...

FEFÊ: Os seus demoraram pra crescer?

PAOLLA: Um pouco, eu era bem parecida com você assim, magrinha, loirinha...

FEFÊ: Eu tenho um sutiã já...

PAOLLA: Essa semana, vamos ao shopping comprar mais um, você quer?

FEFÊ: Você tá falando sério? Claro que eu quero! Paolla, posso te pedir uma coisa?

PAOLLA: Claro, pode falar!

FEFÊ: Fica pra sempre na nossa família? – aquele pedido acabou emocionando Paolla – Você tá chorando?

PAOLLA: Não, é que caiu um pouco de sabão...Eu espero muito ficar pra sempre com vocês! Eu amo muito você e seu pai, você sabe o quanto são especiais pra mim, e quero que isso dure muito muito tempo!

FEFÊ: Paolla...

PAOLLA: Oi...

FEFÊ: Eu também amo você! – a abraçou repentinamente – Você me dá um irmãozinho?

PAOLLA: Vamos deixar o irmãozinho pra falar lá na frente rs?

FEFÊ: Tá bom rs

PAOLLA: E se for irmãzinha?

FEFÊ: Eu também iria amar, na verdade queria os dois, pode ser?

PAOLLA: Quem sabe em futuro não tão longe, e não tão próximo podemos voltar a falar disso...combinado?

FEFÊ: Não vou esquecer hein!

PAOLLA: Tenho certeza que não rs - fazendo cócegas na menina -

Terminaram o banho e ficaram algum tempo apenas de roupão se maquiando no espelho do banheiro do quarto de Douglas, sem imaginar que ele havia chegado e sua mãe coincidentemente havia dado uma saída. Ele como de costume subiu atrás da filha, e quando entrou em seu quarto não imaginava a cena que encontraria. Observava as duas conversando e rindo alto, agradeceu mentalmente por aquele momento, as duas tinham uma sintonia surreal, o que o deixava muito feliz. Entrou sem ser notado no banheiro surpreendendo as duas.

DOUGLAS: É muita beleza pra um espelho só! – agarrando as duas pela cintura – E cheirosa assim, não aguento! Essas minhas mulheres...

FEFÊ: Ah pai, você estragou a surpresa! – decepcionada –

DOUGLAS: Mais surpresa do que chegar de um dia cansativo e encontrar as mulheres da minha vida assim, lindas e cheirosas, é impossível uma surpresa melhor que essa. – beijou a cabeça da filha, a pegando no colo e deu um selinho em Paolla – Que surpresa boa é essa meu amor?

EU só vivo pensando em você!Onde histórias criam vida. Descubra agora