Para Me Amar De Verdade...

Capítulo 37 - Amor e Tristeza, o equilíbrio

O pai de Adrien se sentia muito melhor a cada mês que passava. Graças ao apoio do filho, Gabriel Agreste conseguiu vencer a depressão e retomar a fazer o trabalho que tanto amava. Ele também pediu perdão à An Bo Hui, esquecendo o passado triste e reconstruindo a amizade dos dois! An Bo Hui e o meu pai, Maurice, se aliaram aos meus tios e expandiram a padaria, criando uma filial do outro lado da cidade, assim, saindo da pobreza que eles viveram por tantos anos. Marinette os ajudava usando o dinheiro que ganhava criando suas coleções, uma mais incrível que a outra, além de que, com aquele dinheiro, ela pagava a faculdade sozinha, não queria que Adrien tirassse do bolso dele nenhum centavo pra ela (se bem que, quando lançavam qualquer peça de roupa da marca da Billie Eilish...). E por falar em faculdade, Alya estava no último ano da faculdade de Jornalismo e estava noiva, diferente da minha irmã que quis apressar as coisas e pediu o Adrien em casamento à 4 anos atrás... Segundo ela, queria se certificar de que nenhuma outra garota pensaria em dar em cima dele durante aquele tempo se soubesse que a namorada do loiro era a Ladybug, então, por isso que ela fez o que fez, mas não vamos discutir sobre esse assunto, hahaha! Nino, o namorado de Alya, tinha feito faculdade de Música e já estava formado, sendo o DJ da banda de Luka, a Kitty Section. Sim, os irmãos Couffaine criaram uma banda, em que os integrantes eram Ivan, Chloé (isso mesmo, a "patricinha" sabia cantar...), Rose, Juleka e Luka. Rose e Juleka oficializaram a relação posso, virando namoradas! Luka e Chloé tinham bastante química também, eles não podem negar, mas ela se recusa a dizer que gosta dele (se soubesse o erro que está comentendo...). O moreno de cabelos azuis gerenciava, além da banda, uma escola de música que surgiu no lugar da antiga GN, tendo como sócio e sub-gerente Adrien Agreste, e o nome da instituição é "It's Time of Shine", considerada uma das melhores escolas musicais do país!

Já eu, Marie Dupain-Cheng, resolvi me distanciar um pouco do mundo. Fui morar no interior da Itália, país em que David havia nascido. A minha casa era próximo à praia de Tropea, feita de rochas, claro, bem simples, com um quarto, sala, cozinha e banheiro, além de contar com a incrível vista para a praia e para o restante da cidade. Queria tentar recuperar uma paz que não conseguia encontrar. Tirei um tempo e me dediquei a algo que me fazia feliz antigamente, e que, por algum motivo distante e esquecido, eu deixei de fazê-lo, escrever poemas.

Meu passatempo preferido com David, quando tínhamos doze anos, era escrever poemas e histórias, além de ler livros e livros. Não me impressiona que ele tenha sido um homem tão inteligente. Às vezes, nós disputávamos quantos livros conseguíamos ler em um mês. Já havíamos lido todos os livros da biblioteca daquele hospício, ksks, e vejam que não eram poucos, haviam um 500. Antes de sair de Paris, peguei o diário de David e comparei com meu próprio diário. Reli os dois várias vezes durante todos esses anos, além de ler o caderno de poemas dele. Queria catar todos os pedaços que David foi deixando pelo caminho durante toda sua vida.

Esse primeiro poema foi um dos primeiros que David fez quando se apaixonou por mim, o segundo foi quando o rejeitei pela primeira vez (ele sempre foi insistente, mas nesse dia, sofreu demais... Voltamos a nos falar 8 horas depois.) E o terceiro foi quando... Nos beijamos pela primeira vez.

Pequena sereia

Mais perfeita que princesa
É a dona do meu coração
Uma pequena sereia, com certeza
Controladora da minha razão

Usa e abusa da beleza
Tentando me conquistar
Mas mal sabe ela que já me ganhou
Ao me encarar com esse olhar

Não precisa me alucinar com sua voz
Me apaixonei pela sua essência
Te amo na inocência
Por favor, pense em nós...

Opacidade

Você olha e vira o rosto
Finge até não se importar
Mas sabe que eu vejo um brilho
Em meio ao seu olhar