Cygnus - A

ARQUIVOS

— aqui estamos. Já pode ir abrindo. — disse Seth em frente às portas do elevador.

Emilly tentou abri-las mas seu painel estava danificado. Seth não tinha paciência para esperar que Emilly executasse os reparos necessários então rapidamente partiu as portas com um potente chute. Com isso iniciaram sua subida, o elevador havia sido derrubado pela criatura assim foram obrigados a subir de outra forma.

— temos campainha. — disse Emilly.
— você pode cuidar deles com suas armas. — disse Seth escalando as paredes do alçapão.

Os soldados infectados estavam cada vez mais animalescos. Sua pele havia ganhado um tom cinza, seus olhos eram de um vermelho vibrante e sangue escorria por suas bocas.
Eles vinham do andar superior e por não terem a habilidade de escalar como as criaturas apenas se atiravam em direção a seu alvo tentando derruba-los em um ataque suicida.
Emilly acertou vários deles mas seu número era muito grande, eles conseguiram chegar até ela. Porém com os propulsores em seus pés rapidamente desviou. Seth não teve a mesma sorte, ele não pode desviar tão facilmente, pois escalava perfurando as paredes com seus dedos. Os infectados o agarraram e morderam tentando o derrubar, mas não foram fortes o suficiente.
Seth soltou uma de suas mãos para se defender, ele mordeu o infectado mais próximo assim arrancando sua traqueia e a cuspiu em outro infectado e o derrubou para a morte. Seth se lançou contra a parede oposta para derrubar os infectados restantes e no último momento conseguiu penetrar a parede com suas garras e impedir sua queda.

— o que você tá fazendo? — gritou Seth irritado.
— me desculpe. Eram muitos eu não consegui dar conta. — respondeu Emilly cabisbaixa.
— seu trabalho era acabar com eles enquanto eu subia. Você não precisava desviar, seu corpo não ia sofrer danos de coisas tão fracas assim, ou se fosse desviar me avisasse antes. Pra você é fácil se mover por aí, você consegue voar! — resmungou Seth.
— Eu sinto muito mesmo. —
— ok. Ok. Só me da uma carona, assim nos vamos chegar mais rápido. — Disse Seth.
— certo. Segure firme. — disse Emilly estendendo a mão, com um sorriso em seu rosto.

Seth a segurou, os propulsores nos pés de Emilly os lançou em uma velocidade imensa, subiram 7 andares em alguns instantes. Ao chegar ao destino Emilly explodiu as portas com seu canhão, os destroços atingiram vários infectados os matando, então atirou Seth no corredor para terminar de limpa-lo. Após matar os infectados restantes Seth se ajoelhou e começou a perfurar o crânio dos cadáveres e a caixa torácica daqueles que tiveram suas cabeças arrancadas. Ao serem perfurados os corpos murcharam e entraram em um estado de mumificação. Os ferimentos de Seth se curaram mais rápido mas o ferimento causado por Loki ainda o incomodava. Superficialmente estava completamente curado porém havia descontrolado algo internamente.
Após absorver todos os corpos Seth se levantou com uma expressão de decepção em seu rosto.

— droga! Não é o suficiente, nenhum tinha algo útil. — resmungou Seth em voz baixa.

Emilly estranhou o comportamento dele mas preferiu não perguntar o que estava acontecendo.

— vamos? — perguntou Seth.
— sim. A sala está logo ao fim do corredor. — disse Emilly.

Após a caminhada estavam finalmente em frente a sala. Seth se preparou para chutar a porta mas Emilly o impediu gritando, pedindo que ele não o fizesse.

— qual o problema? — perguntou Seth.
— você pode danificar algo na sala se arrombar a porta. E tenho certeza que existe um sistema de segurança pra caso isso aconteça. Nos temos o cartão lembra? Você pode usá-lo pra abrir a porta. — explicou Emilly.
— ok. Vamos fazer do seu jeito. Mas só dessa vez. — respondeu Seth.

Seth entregou o cartão para Emilly, as portas foram abertas sem muita dificuldade. Ao entrar na sala Seth ficou impressionado com o tamanho da máquina e os servidores que a envolviam, a sala estava repleta deles.