A QUEDA DE ARCADIA

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   Após serem surpreendidos e atirados para longe todos se levantaram rapidamente. Não sofreram muitos dano pois a parede os protegeu do real poder da explosão.
As explosões continuaram gerando grandes tremores, eles encontravam dificuldade para se manter de pé. Outras explosões podiam ser ouvidas ao longe cada vez mais fortes.
Devido aos tremores um pedaço do teto caiu sobre eles mas Freya se pôs acima deles assim os protegendo. A grande placa de concreto atingiu as costas de Freya mas se partiu no impacto.

— você tá bem? — perguntou Emilly.
— isso não é nada, já segurei coisas maiores. — disse Freya.
— vamo embora logo! Esse lugar vai cair na nossa cabeça. — disse Seth.

  Como não podiam voltar por onde vieram correram para a única porta naquela grande sala de máquinas.
Impaciente Freya a chutou, arrancando a porta e revelando o fosso do elevador. Ela e Seth rapidamente pularam para começar a escalar mas Emilly os agarrou pelo braço e com a ajuda de seus propulsores os puxou de volta para a sala a tempo de não serem atingidos pelo elevador que caia.

— ufa! essa foi por pouco... Mas um segundo e minha cabeça ia tá lá embaixo. — disse Freya aliviada.
— não há tempo para conversas agora. — disse Emilly os puxando para o fosso do elevador e os levando para cima com seus propulsores.

O teto da sala que estavam desabou no mesmo instante, trazendo consigo várias árvores e animais que corriam desesperados nos verdes campos acima. Os escombros soterraram o corpo de Loki. A suja sala de máquinas se tornou seu túmulo para toda a eternidade, o ser tão orgulhoso foi deixado para apodrecer de uma forma vergonhosa. Longe dali Emilly carregava Seth e Freya a toda velocidade para um local seguro.
Uma alarme foi acionado e com eles os extintores de incêndio. Grandes portas de segurança começaram a trancar os corredores, Emilly se dirigiu rapidamente conseguindo passar pela porta que fechou pouco após isso.

— acho que estamos seguros, por enquanto. — disse Emilly.
— certo. A gente podia usar esse tempo pra descobrir como sair daqui antes que tudo exploda. Onde fica a saída dessa porcaria? — perguntou Seth.
— sobre isso... — sussurrou Emilly.
— o que foi? — perguntou Freya.
— qual o problema dessa vez? — Perguntou Seth.

Emilly assumiu uma postura invasiva. Olhava constantemente para os lados evitando contato visual com Seth. O que o deixou irritado. Após muito hesitar ela finalmente abriu sua boca.

— não há porta. — disse Emilly sussurrando com sua cabeça baixa.
— como assim? — perguntou Freya.
— não há portas ou saídas pois não estamos em uma instalação de pesquisa. — disse Emilly.
— o que?! — gritou Seth.

Emilly se encolheu cobrindo sua cabeça com medo. Seth estava mais alterado que o normal. Ele já havia demonstrado ser explosivo nos últimos dias mas algo estava errado.

— nos estamos em uma nave colônia chamada de Arcadia. — disse Emilly com um tom melancólico em sua voz.
— como você sabe disso? — perguntou Seth.
— durante a minha investigação no computador central descobri muitas coisas. Isso foi uma delas. — disse ela.
— e por que não me contou? Gritou Seth a agarrando pelos ombros.
— me desculpe. Eu não sabia como contar, eu juro que nao fiz por mal. — disse Emilly quase chorando.
— eu deveria te partir agora. — disse Seth.

Freya pôs sua mão no ombro de Seth, olhou em seus olhos e balançou sua cabeça em um sinal de não. Ele se afastou suspirando e então virou as costas para elas.

— que merda! —gritou Seth socando a parede.

Ele a socou repetidas vezes abrindo vários buracos no concreto e afundando o metal dos canos. Suas mãos já estavam completamente ensanguentadas, sua respiração estava ofegante. Então ele simplesmente parou. Freya tentou conversar mas não teve resposta. Seth permanecia imóvel, sem reação. Como uma máquina sem bateria. Após mais de um minuto sem demonstrar nenhum sinal de vida ele levou suas mãos a cabeça e começou a a arrancar seus cabelos enquanto rosnava e resmungava. Emilly tentou se aproximar mas Freya a segurou, era perigoso demais. Não sabiam se Seth as atacaria.
Depois de alguns minutos um grande parte do cabelo havia sido arrancada, deixando um lado completamente careca. Mas era inútil pois o cabelo voltava a crescer assim que era arrancado.

Cygnus - AOnde histórias criam vida. Descubra agora