Capítulo 21

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Camila Cabello


Lauren se inclinou e sussurrou: – Eu vou tirar sua roupa, agora. E, depois, prenderei você a esta cruz. Eu gosto das correntes. Para mim, são melhores do que as cordas. Mais primitivas. Acho que você também vai gostar delas. Acho que, quanto mais intenso, melhor para você. Vai ajudá-la a chegar àquela parte mais primitiva e básica. Para se soltar.

Eu mal conseguia falar. Queria mesmo era gemer. Meu coração martelava no peito, meu sexo doía.

– Sim, Lauren...

Ela me despiu, do vestido e da tanguinha, deixando-me só com os sapatos de saltos altos. Meus mamilos imediatamente ficaram duros.

Estava bastante consciente de minha nudez, na frente de todas as outras pessoas, ali no clube. Foi infernalmente emocionante. Nem sequer me importava com o fato de que alguém estivesse olhando para mim. Exceto Lauren, é claro. Senti uma estranha sensação de orgulho por ser capaz de fazer aquilo diante de tanta gente: ficar nua, deixar que ela me manipulasse. Mas todas essas noções estavam concentradas em alguma parte distante de meu cérebro. O restante de mim estava ali, entregue ao momento.

Ela beijou meus ombros quando me virou para olhar a cruz. Me tremia toda, uma faísca de desejo cintilando sobre minha pele e aprofundando-se em meu corpo.

– Deixe que eu cuido de tudo, Camila. Aqui... levante seu braço. Sim, isso mesmo.

Antes que eu me desse conta do que estava acontecendo, ela havia colocado uma grossa tira de couro em volta de meu pulso e, depois, com uma das mãos sobre a parte mais baixa de minhas costas, aproximou-me do X de madeira, até que meus seios roçassem a madeira lisa. Em seguida, pegou minha outra mão e atou-a, mais rápido ainda. Dei um ligeiro puxão, percebendo quanto estava esticada pelas curtas correntes que iam das algemas aos encaixes redondos embutidos na cruz.

Meus braços estavam bem abertos. Me sentiu vulnerável. Mas, ao mesmo tempo, inteiramente segura com Lauren. E linda.

– Vou deixá-la com seus belos sapatos – ela me disse, inclinando-se para acariciar minha panturrilha, depois mais para baixo, onde meus tornozelos estavam cobertos pelas tiras. – Essas pernas maravilhosas.

Ela depositou um suave beijo na parte traseira dos meus joelhos, e a sensação disparou diretamente para meu sexo. Não consegui me aguentar e gemi.

Depois ela ficou em pé, seu corpo pressionado contra minhas costas, sua ereção como uma verga de carne dura contra minhas nádegas.

– Vou abrir minha maleta de instrumentos agora. Mas estou bem aqui perto. Não quero que você se mova. Fique quieta, pratique a respiração que lhe ensinei. Você me entendeu, Camila?

– Sim. Eu entendi.

Ela se afastou e eu respiro fundo. Inspiro pelo nariz, segurando o ar nos pulmões durante alguns instantes, depois expirando, decidida a relaxar. Uma pequena parcela de minha mente ainda estava se remoendo, nervosa, com medo do desconhecido. Mas a maior parte estava concentrada em meu corpo: meus mamilos endurecidos, meu sexo úmido, a tensão em meus músculos, enquanto esperava que as coisas realmente começassem.

Lauren estava, de novo, atrás de mim, com as mãos em minha cintura. Elas eram quentes no contato com minha pele.

Toque em mim...

Mas não ousei dizer isso em voz alta. Já sabia o suficiente para entender que ela definiria o ritmo e que eu a seguiria.

Ela começou a me acariciar, os dedos percorrendo suavemente minha pele, provocando arrepios. Continuou aqueles movimentos, passando por minhas costas, lados, nádegas, coxas e segurando meus cabelos na parte de trás de meu pescoço. O desejo ondulava sobre a superfície de minha pele, em todos os pontos onde ela tocava.

Luxúria - IntersexualOnde histórias criam vida. Descubra agora