"Acho que você não percebeu
Que o meu sorriso era sincero
Sou tão cínico às vezes
O tempo todo
Estou tentando me defender
Digam o que disserem
O mal do século é a solidão
Cada um de nós imerso em sua própria arrogância
Esperando por um pouco de afeição"
Esperando Por Mim – Legião Urbana
O aeroporto estava lotado e isso sempre incomodou Gizelly, mas naquele momento a única coisa que conseguia era agradecer por ter chegado ao seu amado Espirito Santo. Nada como sua casa, sua terra para curar todo e qualquer dor que ela estava sentindo. O pior, que novamente ela não estava apenas mal psicologicamente, tudo aquilo a afetou fisicamente também.
A semana seria longa, estava com inúmeras reuniões marcadas, algumas gravações para o seu quadro na TV Gazeta sobre direito. Muita coisa ela conseguia fazer em São Paulo mesmo, mas essa semana ela aproveitaria para fazer alguns takes que precisavam ser feitos no Espirito Santo.
Ela mal teve tempo de ver a mãe ou a aos avôs que estavam passando uns dias no apartamento dela de Vitória, fez o que pode para dar atenção a eles, mas além da agenda cheia ela estava ficando muito cansada, sem apetite e passando mal todas as manhãs.
No ultimo dia no Espirito Santo, ela e Thais, sua amiga e também assessora pessoal, estavam descansando da semana exaustiva e colocando o papo em dia, enquanto se serviam de comida japonesa.
- Nossa, acho que não vai dar pra mim encarar isso daí não. – Gizelly encara a comida em seu prato e se sente enjoada só de olhar para o salmão cru.
- Que isso Gi, você adora comida japonesa. – Thais olha para ela.
- Thaís eu acho que peguei uma gripe, um trem no estomago, sei lá. Tem quase uma semana que meu estomago não tá bom, mas acho que tudo é emocional, você sabe como eu sou, né?
Thais olha para a amiga com pena. Conhecia de anos a peça, e sabia muito bem o quanto ela estava abalada com o termino recente, mais abalada do que ela se permitiu admitir.
- Amiga, bola pra frente. Se cuida, mental e fisicamente, não dá pra parar de comer. O que você está sentindo?
- Thais todo dia eu chamo o juca, tô cansada pra caramba, mas isso é compreensível, e tô sem fome então nem comer direito eu tô, até meio que desmaiei esses dias em um ensaio lá em SP.
Thais ficada calada com a mão na boca, até que solta:
- Gizelly, pelo amor de deus.
- Eu hein, Thais, quer me matar? Que isso? A dramática dessa relação aqui sou eu.
- Será que você tá gravida?
Gizelly fica branca só de pensar na possibilidade e depois começa a gargalhar.
- Tá doida? Só se for concepção do divino espirito santo. Aqui eu trabalho com dupla proteção. Tomo minha pílula religiosamente e sempre uso camisinha. Quase 200% segura, sem chance, vira essa boca pra lá.
- Mas todos esses sintomas, sei lá... Você tem certeza?
- Absoluta. Sou doida não. Imagina eu e um filho? Não, jamais, não agora.
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Quase Sem Querer - Prizelly
FanficFelipe: Eu pensei que a nossa história fosse épica, sabe? Eu e você. Gizelly: Épica como? Felipe: Atravessando anos e continentes, vidas arruinadas, derramamento de sangue... Épica. Mas aparentemente, o destino, você, sei lá, tudo mostra que não é b...