Capítulo 1 - O Mestre das Poções

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Tulipa Potter narrando

Nada mudou na minha vida desde que eu enviei aquela carta para Hogwarts, na verdade uma semana se passara e eu não tinha tido nenhuma resposta da professora McGonagall apesar de garantir que eu sempre estivesse por perto para pegar as cartas do carteiro, não podia permitir que os meus tios pegassem a carta, era perigoso demais.

Se eu não tivesse a minha carta de Hogwarts escondida embaixo do meu colchão velho para reler todas as noites antes de dormir eu provavelmente acharia que tinha sonhado com toda a história de ir para uma incrível escola de magia. Estava lavando as roupas dos Dursley quando a campainha tocou, com a minha sorte seria Pedro ou qualquer outro dos amigos idiotas do meu primo que logo decidiriam voltar para o seu esporte favorito: bater na Tulipa e tentar me fazer chorar. Estúpidos.

- Vá atender a porta garota – gritou tia Petúnia e eu suspirei.

Sequei as mãos e fui até a porta tão lenta quanto eu consegui, era de se esperar que o Duda ao menos pudesse abrir a porta para os convidados dele, mas acho que isso é pedir demais para o cérebro mínimo do meu primo. Para piorar ele e o Pedro iriam para a mesma maldita escola e agora ficam desfilando com as bengalas e ameaçando me bater como um "treinamento" para a escola.

Abri a porta hesitante, mas quem estava lá não era Pedro ou qualquer outro amigo do meu primo, mas um homem sério de cabelos negros, nariz grande e estranhas roupas pretas, ele era a pessoa mais peculiar que eu já vira, nada parecido com as pessoas que os Dursley aprovavam, o que só o tornava ainda mais fascinante. Não sabia exatamente o que falar, mas a minha tia resolveu isso vindo ver o motivo da minha demora em falar quem estava na porta.

- Você! O que você está fazendo aqui? – ela diz parecendo furiosa e o meu interesse no homem misterioso aumentou.

A minha tia o conhecia então as chances dele não ser uma boa pessoa eram altas, ao mesmo tempo ela parecia não gostar nada dele, o que o tornou muito mais interessante para mim. Eu já havia chegado a conclusão de que os meus tios estavam errados sobre basicamente tudo, então muitas vezes o meu padrão de certo ou errado é o que os meus tios pensam sobre alguma coisa e o oposto costuma ser o melhor.

- Não pense que eu estou aqui por escolha Petúnia, a vice-diretora pediu para eu levar a Srta. Potter para comprar o seu material escolar – ele comenta me olhando e eu arregalo os olhos.

- Isso significa que eu realmente vou poder ir? Eu consegui uma bolsa de estudos? – pergunto sem conseguir segurar as palavras na minha boca.

Eu não tenho a menor ideia de quem é esse homem, mas não é totalmente errado imaginar que ele está de alguma forma ligado a Hogwarts e talvez esteja aqui por conta da minha carta. Me encho de esperanças, se ele está aqui os meus tios não vão poder me impedir de ir para Hogwarts, o meu coração batia acelerado de esperança. Também não vou precisar inventar uma desculpa para os meus tios sobre porque eles acham que eu devia ir para uma escola e eu estou indo para outra, ou sobre os materiais escolares estranhos.

- Ela não vai para essa escola, ela não recebeu nenhuma carta e quando eu aceitei recebe-la eu jurei que acabaria com toda essa tolice de magia – tia Petúnia diz com escarnio.

A minha cabeça girava com as informações que eu recebia, a tia Petúnia sabia sobre as cartas, que essa escola enviava cartas para os alunos que tinham uma vaga reservada para lá, sabia sobre a magia e nunca disse nada, pior do que isso, ela queria acabar com a minha magia. O que havia de errado com eu ter magia, quanto mais ela falava mais certeza eu tinha de que eu era uma bruxa, aquilo não era uma pegadinha e o melhor de tudo eu ia estudar em uma escola com outros bruxos.

Tulipa Potter e a Pedra FilosofalOnde histórias criam vida. Descubra agora