Capítulo 18 - O homem de duas caras

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Tulipa Potter narrando

A última sala era tão misteriosa quanto as anteriores, no meio dela estava um espelho que eu não via a meses: o espelho de ojesed em toda a sua glória e em frente a ele estava a pessoa que eu suspeite desde o inicio o professor Quirrell, ele não parecia particularmente confiante então isso me dava a esperança de que ele ainda não tivesse conseguido a pedra.

- Imaginei que fosse você quem eu iria encontrar aqui – digo empinando o nariz e tentando soar mais confiante do que eu realmente me sentia.

- E eu estive me perguntando se te encontraria aqui Srta. Potter – ele diz sem gaguejar – mas você não parece particularmente surpresa que fosse eu que estivesse tentando roubar a pedra.

Como eu imaginei, todo o ato de professor covarde e gago era exatamente isso um ato. Ele estava interpretado durante todo o ano um personagem que as pessoas sentiriam apenas duas coisas: pena ou escarnio, e ninguém se preocupa com este tipo de pessoa. De todos os professores ele se apresentava como o menos provável a tentar algo assim, isso com certeza era brilhante, ele com certeza não era o único bruxo a optar por ser subestimado para demonstrar o seu poder.

- Eu suspeitava de você a meses – digo mantendo a conversa, querendo distrai-lo do espelho e ganhar tempo – porque você acha que Draco e Hermione invadiram o seu escritório.

Isso com certeza o fez vacilar, mas é uma vantagem para mim. Não sei como nenhum professor veio atrás de nós até agora, talvez eles não tenham acreditado nos nossos amigos quando falaram que nós decidimos passar pelos desafios e vir atrás da pedra, mas agora Draco e Hermione estão voltando atrás de ajuda. Estão sujos, desgrenhados, suados e com as roupas rasgadas depois de passarmos por tantos desafios, isso deve ser uma prova mais do que o suficiente para atrair alguém para cá. O próprio Theodore ainda está na sala anterior esperando que alguém vá busca-lo.

- Eles falaram que era algum tipo de aposta... – ele diz parecendo desconcertado e caindo no meu truque.

- Não, nós estávamos procurando provas porque o professor Snape não queria acreditar em nós – eu segurava a minha varinha com tanta força que sentia os nós dos meus dedos doerem – você parecia ter um interesse muito grande em mim e no sangue de unicórnios.

Ele solta uma risada estranha, acho que nunca o ouvi rir antes, os movimentos dele também são tensos, mas eu tenho a sua total atenção e preciso continuar fazendo isso, atraindo-o para a nossa conversa o máximo possível. Ele não tem como saber que eu não vim até aqui sozinha, que eu atravessei todos os desafios com Draco, Hermione e Theodore e colocara todos os meus outros amigos para tentar localizar alguém para vir impedi-lo ou manter Fofo dormindo. Nós vamos conseguir, todos se esforçaram muito até aqui e eu preciso fazer a minha parte.

- Snape...Eu esperava que ele com por perto assuntando quase todos os alunos, ele fosse a suspeita mais obvia, mas você não conseguiu suspeitar do chefe da Sonserina não é – ele comenta e eu entendo um pouco mais do seu plano, talvez se eu fosse uma Grifinória assustada eu tivesse passado o ano acreditando que Snape era quem estava tentando roubar a pedra em vez de Quirrell.

- Foi o seu truque no Halloween que o delatou, o seu desmaio falso foi patético e o Troll não estava nas masmorras, imagino que tenha sido um argil para distrair a todos na caça ao troll – minto facilmente, na época eu estranhara o desmaio mas nem suspeitava de que a Pedra Filosofal estava aqui e que alguém estava tentando rouba-la – e eu nunca desconfiaria do professor Snape, eu o conheço o suficiente para saber que ele jamais faria algo tão vil e errado.

Tulipa Potter e a Pedra FilosofalOnde histórias criam vida. Descubra agora