Capítulo 2 - Beco Diagonal

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Tulipa Potter narrando

Eu me senti enjoada, como se o meu estomago tivesse sido comprimido e ao mesmo tempo eu tivesse sido jogada em algum outro lugar distante. Quando consigo me localizar melhor eu noto que estamos na frente de um bar sujo chamado Caldeirão Furado que ninguém mais a nossa volta parece notar, o sigo enquanto entramos e noto que o bar parecia tão sujo e precário por dentro quanto por fora, apesar de ter as pessoas mais estranhas que eu já vi na minha vida.

- Professor Snape faz tempo que eu não o vejo por aqui – diz o homem careca atrás do balcão em um tom simpático.

- Assuntos de Hogwarts – ele comenta e eu me aproximo mais dele querendo me tornar invisível.

Pelo visto eu não consegui – mas essa é uma magia que eu devo colocar na minha lista de prioridades com toda certeza - pois o homem atrás do balcão me olhava curioso e então ele deixou o copo que segurava cair no chão enquanto corria para se aproximar mais de mim.

- Por Merlin, é Tulipa Potter – ele diz e de repente todo o bar fica em silêncio - que honra... que honra.

Eu não sabia o que dizer, eu não achava que era uma grande honra me conhecer afinal eu não tinha nada de especial. Quer dizer eu sou uma bruxa, mas acho que posso dizer com segurança que todas as pessoas aqui são bruxas, e enquanto o homem careca segurava a minha mão o silencio acabou e milhares de cadeiras foram empurradas enquanto parecia que todo o bar se aproximava para tentar falar comigo.

Isso foi assustador, quer dizer parecia que havia um mar de pessoas no bar e de repente todas queriam a minha atenção, tocar em mim e falar comigo e eu fiquei tão assustada que fui andando para trás até colocar o professor Snape entre eu e todas aquelas pessoas assustadoras. Acho que foi só quando me escondi embaixo da capa dele que ele notou o quão desconfortável que eu estava.

- Potter o que você pensa que está fazendo! – ele diz e eu me encolho ainda mais, mas ao menos as pessoas param de avançar – vamos sair daqui, deem espaço agora mesmo.

As pessoas parecem obedece-lo e eu o sigo não querendo correr o risco de me afastar demais e as pessoas voltarem a me encarar, paramos na frente de um pátio murado onde não havia nada exceto uma lata de lixo e um pouco de mato, não entendo porque viemos para cá, mas respirar o ar puro sem todas aquelas pessoas me olhando e tentando tocar em mim com certeza me fez muito bem.

Então o professor Snape pega um pedaço de madeira – que eu espero muito que seja a varinha dele – e começa a bater em alguns tijolos quando de repente o último tijolo que ele tocou se torceu e formou um buraco que foi aumentando cada vez mais até formar uma passagem para uma rua de pedras irregulares.

- Este é o Beco Diagonal, o lugar onde você poderá comprar o seu material no próximo ano – ele diz em um tom informativo – mas primeiro precisamos ir até o Gringotes pegar o seu dinheiro.

O lugar era incrível com as mais estranhas e variadas lojas, algumas com placas engraçadas, outras com placas assustadoras, algumas eram apenas confusas, mas aquele era sem sombra de dúvidas o lugar mais legal que eu já vi. Eu sempre tentava não me afastar muito do professor Snape, apesar dele não andar muito rápido então era fácil acompanhar, eu ainda tentava entender o que acontecera no bar quando noto que ele falou em dinheiro... oh, não.

- Desculpe professor Snape, mas eu não tenho nenhum dinheiro... Por isso eu escrevi uma carta pedindo uma bolsa de estudos em Hogwarts – digo constrangida – eu não tenho como pagar para estudar lá e os meus tios... bem você viu.

Tulipa Potter e a Pedra FilosofalOnde histórias criam vida. Descubra agora