Capítulo 12 - Nicolau Flamel

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Tulipa Potter narrando

Depois do meu almoço e conversa com o professor Snape eu passei o resto do dia organizando os meus presentes, pela primeira vez eu dormi com uma camisola que fora comprada para mim, que era para uma garota e não uma blusa velha do me primo, o sentimento foi bom. Eu também ganhei vários presentes legais, felizmente o meu baú era grande e tinha um feitiço de expansão pois eu precisarei guardar os meus presentes para sempre na mala. Não é como se eu pudesse depois deixa-los no meu quarto na casa dos Dursley. Antes de dormir eu fiquei um bom tempo olhando a foto da minha mãe com o professor Snape quanto mais jovens, eles eram apenas alguns anos mais velhos do que eu mas pareciam tão próximos, tão amigos, o tipo de amizade que deveria durar a vida inteira.

Acredito que ter chamado a minha mãe de sangue-ruim é algo ruim, e agora que conheço esta ofensa se eu ouvir alguém a falando para a Hermione eu dou um soco na pessoa já que as minhas habilidades em feitiços são péssimas. Mas talvez eu possa aprender a envenenar alguém, ou no mínimo estudar para transfigurar a pessoa em uma barata e pisoteá-la. Ainda não tenho habilidades mágicas para nenhuma destas coisas, mas uma garota pode sonhar. De qualquer modo o professor Snape com certeza ainda tem um carinho muito grande pela minha mãe, da para ver isso pelo carinho com que ele fala ao se lembrar dela, assim como o fato que ele guardou as fotos com ela, que guardou um livro que ele não gosta apenas porque foi emprestado por ela. Guardei a foto com as minhas figurinhas de sapos de chocolate na caixa que o Theo me deu antes de dormir.

No dia seguinte eu fui encontrar Hagrid na cabana dele, apesar da neve estar chegando quase até os meus joelhos quando eu fui andando até a cabana do Hagrid tentando me convencer de que nada iria dar errado e que eu não tinha o porque me preocupar. Quando eu bati a porta com os dentes batendo de frio eu ouvi o barulho forte de um cachorro e uma voz:

- Para trás, Canino, atrás! Espere um minuto.

A cara barbuda do Hagrid se põe para fora e ele me olha antes de mandar o cachorro ir para trás mais algumas vezes antes que eu pudesse entrar. Havia apenas um aposento na cabana, presuntos e faisões pendiam do teto, uma chaleira de cobre fervia no fogão, havia uma grande mesa no centro e uma cama com uma coberta de retalhos ao fundo. Mas a cabana era quente e aconchegante em comparação ao frio congelante do lado de fora e por isso eu estava feliz.

- Fique a vontade Tulipa, eu estou feliz que você tenha vindo! Fiquei com medo que não quisesse vir porque os alunos da Sonserina não gostam muito de mim – ele diz enquanto se movimenta pela cabana, ele parece ainda maior aqui – mas não vamos falar disso. O professor Dumbledore inicialmente queria que eu fosse te buscar na casa dos seus tios, eu tinha até algumas brincadeiras planejadas para eles caso eles a tivessem impedido de ler a sua carta. Seria muito engraçado, cartas voando pela chaminé, cartas dentro de ovos, cartas para todos os lados. Mas houve um conflito de informação, eu tinha uma missão para fazer para o Dumbledore então a professora McGonagall achou melhor enviar outro professor.

Imagino por alguns segundos como teria sido se eu não tivesse conseguido pegar a minha carta e todas essas "brincadeiras" tivessem acontecidos, por mais que provavelmente teria sido divertido ver o desespero dos meus tios tentando me impedir de ler uma carta que não parava de chegar das mais diversas formas, eu conseguia imaginar que eles iriam descontar as frustrações em mim mesmo a culpa não sendo minha. E talvez aumentar ainda mais o ódio deles pela magia.

- Sem problemas Hagrid, o professor Snape me ajudou a comprar as minhas coisas e eu tinha conseguido ler a minha carta – digo em um tom gentil – mas você disse que conheceu os meus pais?

Tulipa Potter e a Pedra FilosofalOnde histórias criam vida. Descubra agora