Um Plano Irrecusável (Parte II)

Fim da Luta?

— Não! É muito perigoso! — Hawk Moth falava, mas Nathalie já estava com os trajes de Mayura.
Ladybug levantou-se do chão e iria se aproximar para pegar o miraculous do pavão de volta, mas foi impedida por Chat Noir, que, com uma expressão atônita, estendeu um braço entre a namorada e Nathalie.
— Como eu tinha dito... eu não vou deixar que você pegue os miraculous! — Mayura gritou, arremessando o leque em Hawk Moth que, surpreso com o ato, acabou caindo de novo. Nathalie também estava no chão, sentindo a tontura aumentar, o que antes não imaginava ser possível. Por um momento, achou que tinha visto mais alguém no covil, mas logo sentiu uma enorme dor de cabeça colocou as mãos sobre o rosto. Certamente aquele devia ser mais um dos efeitos da "doença do miraculous". Não dava para ninguém ter entrado na mansão ser visto.
Os dois jovens se aproximaram do vilão, que respirava com dificuldade após o ataque. Ele olhou para os lados. O cetro e o leque estavam jogados há uma certa distância dali, que exigiria outra luta com os heróis para pegá-los. Mais perto dele, havia apenas seu celular. Pegou-o com uma mão que deixou atrás de si.
— Acabou, Gabriel. — Chat Noir falou e Hawk Moth os encarava surpreso, mas mexia no celular que estava em suas costas sem que eles percebessem.
Em um segundo, as armas do covil foram ativadas e a dupla de heróis desviava delas com dificuldade. Ladybug e Chat Noir correram até Nathalie e tentaram desviar as armas da direção dela usando o ioiô e o bastão.
Hawk Moth aproveitou a situação para se aproximar dos dois e continuar a batalha. Ele sabia de onde as armas viriam e os heróis pareciam estar em desvantagem agora. A batalha prosseguiu, apesar do cansaço dos três.
Nathalie lutava para levantar e, quando conseguiu, usou o restante da força que tinha para pegar um chaveiro em suas mãos e criar um sentimonstro.
— Não machuque a Ladybug e o Chat Noir. — Ordenou a ele, logo antes de sentir tudo ao seu redor escurecer.
— Mas o que... — Ladybug falava ao observar o enorme pavão que tentava atacar Hawk Moth.
— Nathalie! — Adrien gritou, se aproximando dela, que estava desacordada no chão.
Hawk Moth lutava contra o sentimonstro com dificuldade enquanto os dois heróis olhavam para a secretária. O loiro ajoelhou-se ao lado dela, conferindo a pulsação.
— Não o deixe escapar! — Chat Noir gritou para a namorada, que logo correu até Gabriel Agreste.
Ladybug e o sentimonstro investiam contra Hawk Moth, que tentava a todo custo ir até o elevador para sair dali.
— Chega de fugir, Gabriel! — A azulada falou, antes de tentar acertar um chute no vilão. Mas ele desviou do ataque e usou o cetro para se defender de mais golpes.
— Por que fez isso, Nathalie? Você sabia os riscos... — Adrien falava para a mulher, sem obter resposta.
Logo, Ladybug e o sentimonstro cercaram Hawk Moth. As armas do covil pararam de disparar ao mesmo tempo em que o vilão, se vendo sem defesas, jogou-se no chão ofegante.
— Acabou. — Disse Chat Noir, se levantando e olhando friamente para Hawk Moth que, naquele momento, estava com um dos joelhos apoiado no chão e com a respiração descompassada. — Chega de fugir, chega de mentiras, chega de truques. — Olhou para as paredes do local, que há alguns minutos tinham disparado diversas armas. — Eu fiquei todos esses meses me perguntando se você seria capaz de lutar por essas jóias, mesmo depois de descobrir a verdade sobre mim. Acho que a minha pergunta foi respondida. — Gabriel o encarou com uma expressão indecifrável. — Que foi? Sua ficha não caiu ainda? Plagg, esconder garras.
Nesse momento, ocorreu uma súbita queda de energia. Como a noite estavava nublada, nem a janela redonda foi capaz de iluminar o local.
— O que aconteceu? — Ladybug falou, ouvindo passos ecoarem pelo piso. — Eu não estou vendo nada! Ele está fugindo? Chat, se transforme e use sua visão noturna! — A azulada disse, mas antes que o loiro o fizesse, Hawk Moth começou a falar.
— A energia! — Gabriel gritava — Não! A Emilie precisa...
Um barulho foi ouvido, e, de repente, Hawk Moth não falou mais nada.
— Plagg, mostrar as garras! — Adrien gritou, e, pela visão noturna, viu o pai desacordado no chão. — Puta merda!
— O que aconteceu? Ele fugiu? Adrien! Fala alguma coisa! — Ladybug gritava.
A pessoa que atingiu Gabriel aproveitou a pequena distração dos heróis para sair dali, correndo o mais rápido possível até o canto que estava antes.
— Ouviu isso? Tem mais alguém aqui! — A azulada falou e Adrien olhou para trás, mas o local parecia vazio. — Caralho! O que está acontecendo? — Ladybug gritou.
Chat Noir segurou o braço dela, e os dois correram lado a lado até a janela redonda do esconderijo de Hawk Moth.

*

A pessoa com o miraculous da borboleta sorriu ao ver que os heróis não estavam mais ali e prendeu a jóia em suas roupas, próximo ao pescoço.
— Olá, mestre... — Dizia Nooroo. — Por que está tão escuro?
— Ah, você deve ser a criatura que dá poderes ao heróis, muito interessante...
— Quem é você? Onde está o Gabriel e a Nathalie? — O kwami falava, ao ouvir aquela voz estranha. Nooroo olhou ao redor, mas estava muito escuro. Não sabia nem dizer onde estava.
— Me diga as palavras que uso para me transformar! Agora!

*

Ladybug e Chat Noir pararam sobre o telhado, confusos ao ver o jardim da mansão vazio. Como a pessoa tinha fugido tão rápido?
— Seja lá quem for, deve estar dentro da casa, eu vou olhar com a visão noturna. Fique lá com meu pai, ele não pode fugir de novo! — Chat Noir disse e Ladybug voltou para o covil.
Assim que a azulada entrou no local, todas as luzes acenderam e ela pôde ver Nathalie, o sentimonstro e Gabriel jogados no chão.
— Mas o que...

***

— Eu olhei em cada canto da casa, não tinha ninguém! — Chat Noir disse, entrando pela janela do covil.
— Como alguém conseguiria entrar nessa casa sem ninguém perceber? Isso não faz o menor sentido! — Falou a azulada e os olhares dos dois voltaram-se para Gabriel, que levantava um pouco atordoado, com a mão sobre a cabeça.
— O que aconteceu? — Ele perguntou.
— Nem venha com o teatro! Você está por trás disso! — O loiro gritou, se aproximando do pai. — Quem está com o miraculous? Fala!
— Eu... eu não sei. — Disse Gabriel, tocando o local na cabeça em que sentia uma dor insuportável.
— Está me dizendo que alguém entrou na mansão, passou pelo sistema de segurança, colocou a senha no quadro, desceu no elevador até aqui e você não tem a mínima ideia de quem seja? — Chat Noir falava.
— É, Adrien, eu não sei quem foi! Só sei que a pessoa conseguiu de alguma forma desligar a energia e aproveitar isso para me atingir e pegar o miraculous. — Concluiu, tocando o local em que a jóia ficava.
— Como conseguiram desligar a energia? — Ladybug questionou.
— Eu não sei, talvez com o meu celular... — Gabriel olhou para um certo ponto atrás dos heróis. — Ah não! Nathalie! — Gritou, mas a azulada viu que ele tentava ir até o elevador. Ela jogou o ioiô, prendendo os braços dele atrás do corpo.
— Precaução. — Ladybug falou enquanto Gabriel a encarava.
Chat Noir abriu o bastão, usando a função de telefone.
— Eles já estão a caminho. — Disse, frio, após finalizar a ligação. Um silêncio atingiu o local até Gabriel quebrá-lo.
— Tudo o que eu fiz foi por nossa família, Adrien.
— Continue falando e a cadeia será o menor de seus problemas. — O loiro falou, com os punhos cerrados.
Ainda segurando o ioiô que prendia as mãos de Gabriel Agreste, Ladybug se aproximou de Nathalie, ajoelhando-se ao lado de Adrien.
— O que vamos fazer? Nem sabemos por que ela estava tão mal... — A azulada falou para Adrien, mas foi Gabriel quem respondeu e Marinette precisou segurar as mãos do namorado para que não iniciassem outra batalha com o pai dele.
— Ela usou um miraculous quebrado, os médicos normais não saberão resolver. Com a Emilie foi a mesma coisa...
— Você deixou a mamãe e Nathalie usarem um miraculous quebrado sabendo que... — Adrien levantou e Marinette fez o mesmo. Antes que ele pudesse terminar, ouviram as sirenes ecoarem pelo local.

***

Ladybug agradeceu aos policiais e encarou o parceiro, que estava no telhado da mansão. Ela se aproximou dele e o abraçou ao ver seus olhos vermelhos.
Os dois observavam Gabriel ser levado pelas viaturas e os repórteres se aproximarem da casa. O silêncio foi quebrado por Adrien.
— E agora?

••••••••••••••••••••••••••••••••••••

(Momento surto porque esse capítulo foi...)
GENTEEEEE O QUE ACONTECEU??? HSJSVSMSISJBIJDSB

Ok, vocês devem estar com muitas perguntas, mas acho que elas só serão respondidas no capítulo de amanhã (ou seja, podem teorizar à vontade kkkkkkk)

Esse capítulo foi um pouco mais curto do que os outros, mas eu prometo que o próximo vai compensar hahah!

É isso, obrigada por ler!