Música: Iruna Etelro - Trilha sonora do anime Mahoutsukai No Yome - Piano.
A sensação que eu sentia perto do Jimin era algo que eu não sabia explicar. Era como se tudo ao nosso entorno sumisse, como se fôssemos somente nós dois no mundo. Meu coração acelerava de forma que parecesse que aquele era o meu primeiro beijo, ou como a primeira vez que fui a uma montanha russa.
Separo nossos lábios envolvendo meus braços em seu pescoço o abraçando. Eu não queria quebrar o vínculo que tínhamos acabado de estabelecer. Escondo meu rosto no pescoço do loiro inalando ainda mais seu perfume que me acalmava. Meu coração ainda estava acelerado pelo beijo recente e eu sorrio involuntariamente contra a pele do homem lembrando-me do momento que acabara de acontecer.
-O que foi, uhm? - Jimin fala com a voz sedutora apoiando seu queixo no meu ombro e me apertando ainda mais dentro dos seus braços, como se não quisesse que eu saísse dali tão cedo, mas mal sabia ele que eu também desejava isso.
-Tá com vergonha de me olhar agora ? - Ele realiza outra pergunta me fazendo perceber que eu não havia respondido nem a primeira.
-Eu não sei se o que eu queria dizer agora seria apropriado, pelo local em que estamos.
Falo maliciosa olhando para o terraço atrás de Jimin que sorri tirando uma mão das minhas costas levando a minha nuca, acariciando o meu cabelo.
-Diz baixinho que eu vou gostar de ouvir. - O homem fala com a voz calma e carregada de desejo, seus lábios pareciam mais próximos da minha orelha fazendo com que meu corpo se arrepiasse com a proximidade.
Nego com a cabeça levemente, rindo em seguida sendo acompanhada pelo loiro. Acho que na verdade ambos não sabíamos o que dizer, não que não houvesse o que ser dito, mas a nossa condição não nos permitia. Eu era uma funcionária da empresa e de certa forma isso já soava errado, ainda mais eu sendo psicóloga dele e misturando minha profissão com um relacionamento amoroso."Parabéns, você conseguiu acabar com o clima."
Penso comigo mesma, acordando do meu conto de fadas. Afinal Jimin não era somente um funcionário, ele tinha deveres a cumprir assim como eu. Sinto meu peito apertar em pensar que deveria me afastar e possivelmente me demitir já que tal atitude é bastante inapropriada.
-Jimin... - falo mas minha voz sai mais fraca do que o planejado.
-Isso não pode se repetir... quero dizer, você talvez não saiba mas psicólogos não podem se envolver com seus pacientes. - falo tentando manter minha voz firme o bastante. Eu espero o homem falar alguma coisa mas o silêncio invade o local. Tento me afastar dos seus braços para olhar em seus olhos mas Jimin me impede enrijecendo os músculos me mantendo abraçada a ele.
-Isso quer dizer que devemos esquecer o que acabou de acontecer?
Ele pergunta com a voz suave, eu diria levemente triste.
-Não finja que essa é a primeira vez que não pode mais beijar alguém.
Falo em tom de brincadeira, empurrando seu corpo levemente me distanciando por fim do homem.
-Você deve estar acostumado com isso. - Suponho sentindo uma leve tristeza no meu coração por pensar que muitas devem ter sido as vezes que ele teve que se afastar de alguém por ser quem é, pela profissão que escolheu. Mas dessa vez seria diferente, não seria só por ele mas por mim também.
-Por mais que saibamos que todos vamos morrer, sempre ficamos tristes quando um ente querido se vai. E tentamos lutar contra essa morte.
Jimin fala sem me olhar nos olhos, na verdade suponho que ele esteja olhando para as luzes da cidade. Analiso seu rosto me lembrando que a poucos segundos atrás eu estava tão perto dele e que agora nao poderia mais estar. Seu maxilar estava trancado e suas palavras se repetiam em minha mente e em meu coração.
-Mas a luta é sempre em vão.
Falo vendo seus olhos se conectarem aos meus. Sinto meu pulmão doer ao lembrar do quão impotentes somos em relação a morte e como estou refém de toda essa situação. Percebo que falávamos por metáforas, elas pareciam menos dolorosas do que a realidade. Mas talvez elas não fossem para mim, afinal, minha profissão se deriva de uma perda. Fecho meus olhos tentando afastar o pensamento que se instalava na minha mente. Eu não queria me lembrar do meu passado, muito menos nesse momento.
-Podemos ao menos nos aproximar como amigos? Quero dizer, depois desse beijo eu não sei se consigo te ver apenas como a minha psicóloga e funcionária da empresa.
Jimin fala e eu sorrio olhando para o chão passando a mão em meus fios desajeitados, resultado do beijo profundo de minutos atrás.
-Claro, que tal começar trocando telefone? Na verdade eu sei que se você quiser é só pegar com o Taehyung porque aliás, eu nem sei como ele conseguiu meu numero. - faço uma pausa pensando enquanto o loiro ri olhando para o terraço vazio e frio.
-Não me diga que ele que te contou que estaríamos aqui hoje ? - falo deixando minha feição se tornar surpresa.
-Ele é como um telepata, ele descobre tudo que quer e quando quer. Um dia eu aprendo com ele. - Jimin fala divertido me entregando seu celular para que eu digitasse meu número.
-Com exceção do Kookie. Aquele ali se faz de dificil. - Jimin fala meneando a cabeça para o lado.
-O que quer dizer com isso? - pergunto entregando o meu celular para ele que digita seu número rapidamente me entregando novamente o aparelho.
-O Jungkook é o único que o Tae não conseguiu ler por completo, ainda. - Jimin fala rindo em seguida, percebo o quão seu sorriso era bonito, ele não apenas sorria com os lábios mas com os olhos também.
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Floating Words! •[PJM Solo]•
Fanfiction[EM REVISÃO] Fanfic autoral e fictícia com Park Jimin. Onde a personagem principal é uma estrangeira, formada em psicologia recém chegada a Seoul e contratada pela empresa Big Hit, responsável pelo gerenciamento da carreira do grupo mundialmente co...