⚜ SACRIFICE ⚜ [CONTINUAÇÃO]

⚜ Capítulo 43 ⚜

Luke's POV

De uma expressão confusa, seus olhos se fecharam e eu agi rápido ao segurá-la antes que ela caísse no chão, tentando me manter o mais calmo possível. Ainda está respirando e tem pulso, o que já me tranquiliza, embora eu não estivesse esperando que Jessica reagisse desta forma.

Pelo menos, ela não vai lembrar de nada amanhã...

Deitei-a no chão, chamando por seu nome algumas vezes e desabotoando os três primeiros botões do seu vestido para facilitar sua respiração. Suspirando, aliviado, quando seus olhinhos brilhantes se abriram para mim.

— Meu amor... — acariciei sua bochecha com meu polegar, notando o biquinho e as lágrimas que inundaram seus olhinhos. — Não... Não chore, por favor.

— Não sei se isso tem alguma importância para você ainda, mas caso não tenha percebido, eu ainda te amo e ainda me importo muito com tudo que envolve você. — sua doce voz soou trêmula e eu a ajudei a sentar, ficando de frente para ela. — Simplesmente não sei o que está acontecendo comigo, estou muito confusa.

— Nosso amor sempre foi complicado. — pego sua mãozinha com as minhas. — Por favor, não se preocupe mais com isso.

— Prefiro acreditar na minha intuição e há anos, sinto que você tem segredos que já nem sei se quero desvendar. — ambos ficamos em pé e meu coração se aperta ao vê-la cessando seu pranto com os dedos. — Se não quer confessar nada, tudo bem... mas não importa o quanto tente esconder, a verdade sempre vem à tona e quando essa hora chegar, eu espero que William seja o único mentiroso.

Para nossa estranheza, a campainha da casa toca...

Jessica's POV

Não atendi a porta, entretanto, ouvimos passos e logo James surge, entrando no quarto.

— Nós vamos para casa agora mesmo. — Hullinberg se dirige a mim e faz um sinal com a cabeça para que Samon saia do quarto.

Houve uma troca de olhares entre nós dois antes que ele fosse embora, me deixando a sós com James que estava me julgando mentalmente, porém, preferiu abrir o guarda-roupa e, tirou as malas que estavam em cima do mesmo. Ajudei-o a organizar tudo que eu trouxe e não demorou muito, já que não trouxe muita coisa. Só garanti que deixaria o quarto limpo como encontrei antes de sairmos de lá.

O caminho de volta para casa foi num silêncio angustiante. Já é quase meia-noite e o trânsito está tranquilo por isso. Tudo que posso ouvir são os sons dos veículos lá fora e os suspiros profundos de James que me parece angustiado demais.

— Aconteceu mais alguma coisa? — tomo coragem para quebrar o silêncio e James me encara quando o semáforo vermelho o faz parar.

— Não aconteceu nada. — seu tom nunca soou tão sério quanto agora. — Ele está irritado porque você está bêbada e drogada, só isso.

[...]

Tranquei-me no quarto e desfiz as malas, organizando tudo em seu devido lugar no closet. Tomei um banho gelado e vesti um sweater grande demais para meu corpo, ficando de calcinha. Não, a vontade não passou e não vai passar.

Meu celular acendeu em cima da cama, no instante em que me sentei após apagar as luzes e não poderia ser outra pessoa...

— Quando você vai parar de me provocar? — seu tom de voz não me dá bons sinais, ele está bravo.

— Não quero discutir, estou cansada. — me encostei na cabeceira da cama ao falar.

— Cansada de se drogar ou de beber? — suspirei ao prestar atenção no lindo e intimidante tom de voz que ele tem.