⚜ SACRIFICE ⚜ [CONTINUAÇÃO]

⚜ Capítulo 44 ⚜

— É. — Stephanny suspira, secando o cabelo com a toalha. — Por favor, não estrague tudo.

Senti meu celular vibrando no meu bolso, mas ignorei.

— Pare com isso enquanto há tempo, esse tipo de crime é muito arriscado. — meu coração se aperta, angustiado, por saber que o que ela está fazendo é muito perigoso. — Algo muito ruim pode acontecer.

— Comigo ou com você? — seu riso me confundiu. — Está com medo de que eu descubra algo comprometedor ao seu respeito também?

É isso? Ela e Isabelle são duas chantagistas que usam da extorsão para arrancar dinheiro dos outros?

— A única pessoa que deveria estar com muito medo aqui... — aproximei-me, até ficar frente a frente com a "agente secreta". — ...é você, irmãzinha. Porque, de mim, vocês duas não vão arrancar dólar nenhum.

— Nem euro? — ri do seu questionamento.

— Nem euro. — confirmei.

— Não se preocupe, meu anjo. — debochou e eu revirei meus olhos. — William não é mais nosso foco.

Então... quem mais seria?

[...]

O dia passou muito rápido. A tarde inteira entrando e saindo de lojas com lingerie nova, sapatos novos, joias, acessórios, ganhei até sorvete!

Contudo, decidi jantar em casa.

Fiz questão de preparar a lasanha e o tiramisú com minhas próprias mãozinhas. Eram 20:00 quando já estava tudo pronto e resolvi inaugurar a lingerie vermelha rendada depois do banho.

Meu cabelo está lindo, por isso, não molhei e deixei meus cachos longos soltos. O sutiã espreme meus peitos e minha calcinha minúscula realça minha bunda maravilhosa. Minhas meias são vermelhas e brilhantes, a camisola é quase transparente e eu me maquiei, realçando meus olhos com marrom e preto. Meus lábios estão vermelhos como sangue, me perfumei, joias douradas enfeitam meus dedos, orelhas, pescoço e eu me espantei ao ver William sentado na cama, parecia ter acabado de tomar banho.

— Não se aproxime de mim. — parei exatamente onde estava, sua voz soou macabra, sombria e isso me amedrontou. — Por que fez isso comigo?

Engoli minha própria saliva quando ele pegou o revólver prateado que estava escondido atrás dele.

— E-Então é isso? — tirei meu par de saltos, caminhando até me ajoelhar, quase entre suas pernas. — É agora que eu me torno mais uma vitima da sua lista?

— Não consigo nem te olhar... — ainda que estivesse relutante, ergui sua cabeça com minhas mãos em seu rosto, vendo seus olhos azuis se encherem. — Ouvir sua voz me enfraquece, me tortura.

Tirou minhas mãos do seu rosto rispidamente, ajustando o silenciador no revólver e meus olhos se aqueceram por conta das lágrimas que os inundaram ao sentir a frieza do metal em minha testa, pingando quando os pisquei. Com minha mão e sem nada dizer, fiz com que seu alvo deixasse de ser minha testa e se tornasse o centro dos meus seios, para que atirasse em meu coração.

— Atire. — minha voz soou tão trêmula quanto a mão do empresário. — Sou só mais uma traidora, não sou? O que está esperando?

— PORRA! — espanto-me com sua ira ao berrar e jogar a arma para bem longe, escondendo seu rosto com as mãos, suportando seus braços com os cotovelos em seus joelhos e quanto a mim, suspirei, aliviada. — Não posso! Não consigo! Mas que merda!

— Não consegue ou não quer? — questionei, sentindo um intenso calafrio quando seus olhos avermelhados encontraram-se com os meus novamente. — Poderia chamar alguém, pedir para que sumissem com meu corpo ou...