Capítulo III

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    O ataque de Martin não surtiu muito efeito, Yang se ergueu novamente, e não estava ferido, pois o ataque era somente para repelir

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    O ataque de Martin não surtiu muito efeito, Yang se ergueu novamente, e não estava ferido, pois o ataque era somente para repelir. Eu estava um pouco distante dele, mas ainda dava para ver seu olhar sádico e psicótico, olhar esse que eu jamais vi ele ter durante todos esses séculos.

Jamais tinha visto uma magia desse tipo, mas pela cor predominante em seus olhos e pela mancha verde em um lado do rosto dele... 

" Ele já foi contaminado por Ártemis, se afaste dele Mikael!"

    Enquanto fugia, fiquei pensando na merda iminente. Yang não parava de me perseguir, teria que chegar rápido no Reino de Ártemis e fugir antes dela me ver, caso contrário eu ficaria em desvantagem. A deusa em seus domínios é quase imbatível, Lucyan Réus não estará aqui para me ajudar.

   Eu ainda mantinha uma boa distância de Yang que estava segurando em uma de suas mãos, correntes, provavelmente esperando o momento certo para tentar me pegar, mas para fazer isso ele teria que estar em uma distância razoável, coisa que no momento ele não está.

Logo a chuva começará a cair, seguindo por trovões que rasgavam a noite e decoravam a perseguição. Apesar de adorar ação, ter outro lendário contra mim não é uma boa forma de se divertir, é algo perigoso para dizer a verdade.

Depois de minutos de fuga com meu cavalo, cheguei na entrada da floresta de Ártemis. Sair rapidamente do meu cavalo, entrando na floresta com nenhum tipo de iluminação, apenas contando com minha boa visão noturna. Entrei na mata batendo a cara nas plantas para poupar tempo, porém senti que Yang cada vez mais se aproximava, o que era estranho, pois ele estava muito longe antes, e agora deu uma acelerada incrível. 

Comecei a largar um pouco de minhas coisas para correr mais rápido, já não tinha mais a velocidade que outrora eu tinha antigamente, principalmente no tempo em que eu era lorde.

Quando finalmente achei a entrada para o mundo de Ártemis, estava obstruindo a passagem Yang Velásquez em cima de seu cavalo. Estava tapando a visão da luz que irradiava da entrada. Me senti frustrado, sem falar que larguei boa parte de minhas armas, deixando somente nas costas uma espada. Pensei com bastante cautela o que iria fazer, mas antes de pensar, Yang desceu de seu cavalo e sacou suas duas espadas. É um milagre ele não ter pegado o cajado demoníaco dele.

- Yang, tem que me escutar, você não precisa disso, não precisamos lutar amigo! 

Ele me olha e zomba de minhas palavras e revida elas.

- Não tenho escolha Mikael Valentin, se não está do lado da deusa Ártemis, então você deve morrer! ela não vai permitir que você fuja dessa terra sendo imortal, e não se esqueça, ainda tem a filha dela, meu caro. 

- Você fala tudo isso só para ver se vou fraquejar, mas isso nunca vai acontecer, pois sou um guerreiro de verdade, diferente de você, que é um mero traidor que se vende fácil. 

Feri o orgulho de Yang tanto, que o mesmo ergueu suas espadas contra mim. Puxei a minha espada que se encontrava em minhas costas e bloqueei o ataque de Yang que conseguiu me empurrar com muita força, fazendo eu me ralar todo no chão. Antes que eu reagisse, ele saltou para tentar cravar as duas espadas em mim, porém consigo rolar e me recomponho à tempo. Mesmo estando com duas espadas em mãos, Yang era ágil e parecia estar mais rápido do que eu. Ele acertou um corte em meu rosto fazendo minha fúria pulsar. Ele se surpreendeu com o corte e acabou abaixando totalmente a sua guarda, por isso me aproveitei para dar um chute nele, fazendo o mesmo se bater na árvore e ainda como consequência, cuspiu sangue.

- Vamos lá Yang, era tudo que podia fazer meu velho? - Provoco, pois já estava no momento cheio de confiança devido o bom golpe. 

Yang pegou seu cajado, bateu no chão e me fez voar alguns metros perto da entrada. Cair no chão com uma dor miserável, olhei para a entrada e retornou o foco da minha visão em Yang que já estava se aproximando com uma espada na mão, porém levantei do chão e saltei para trás, o mesmo cravou a espada no chão e eu com minha energia atingir ele, porém ele usou suas duas espadas para reduzir o dano que meramente só tinha o empurrado para trás. Ele parecia estar com uma resistência incrível. Yang veio pra cima de novo, mas desta vez, usando o cajado. Além da resistência, a agilidade dele de trocar de arma, estava absurda.
Eu tentava desviar dos golpes que ele tentava acertar com seu bastão, pois
um único golpe seria fatal para mim, até que decidi segurar a arma dele, mas sentir o bastão vibrar e quando menos esperava, a vibração da arma me fez voar, passando pelo portal, porém não colidir com o chão, conseguir me posicionar para aterrissar, impedindo danos graves, mas Yang não me deu folga, pegou sua corrente que outrora estava tentando usar quando me perseguia, passando pelo meu pescoço, puxando-me feito um cachorro. Meu corpo estava sendo todo ralado, mas em meio a dor, consegui posicionar meu joelho no chão. Estava segurando a corrente que se encontrava presa no meu pescoço. Tentava puxar o ar para não desmaiar, e Yang como um sádico, divertia-se, porém sua risada acabará quando ele viu meu corpo obter um brilho diferente, podia sentir o medo dele, então o puxei e dei um soco em seu estômago, depois um soco na sua cara fazendo o mesmo destruir o chão com o impacto. 

Yang se ergueu e fez a mesma "transformação" ele me atacou, porém segurei a sua mão e dei um chute em sua barriga e o empurrei para trás. Ele sacou sua espada para tentar me deter, porém convoquei meu machado para a disputa, e me joguei no chão dando uma cambalhota, passando por Yang que rapidamente me viu correndo e arremessou uma adaga, porém no ar, peguei o machado e com o mesmo,   quebrei a adaga. Tudo isso em um curto intervalo de tempo que se desse errado eu estaria ferrado.

Com o machado em mãos, eu provocava Yang fazendo movimentos sem errar nenhum. O mesmo impulsivo de sempre me atacou e eu alonguei o cabo do machado para poder derrubá-lo. Quando eu ia cravar o machado em seu peito, o mesmo levantou o cajado para se proteger, abrindo uma cratera por conta do atrito das armas. Pulei para trás e ele também. 

Ficamos nos encarando, lendário contra lendário, nossos cálculos de batalha através do olho de Hórus, talvez fossem iguais, mas eu tinha mais paciência que ele. 

Flamejou sua espada com uma cor verde, e eu fiz o mesmo com o machado, só que a diferença era que o meu era azul, uma das cores que mais representa um guerreiro lendário místico.

Essa batalha estava ficando cada vez mais interessante, e com certeza Ártemis está na plateia esperando Yang cair, pois não terá outro vencedor além de mim.

 Sol Negro I (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora