Parece que virou uma frequência a morte perseguir a todos que andam comigo. Isso não é um exagero, poderia listar as pilhas de cadáveres de muitos anos atrás. Aquela cena ainda não deixou minha mente.
Enterro o corpo de Jun que mesmo não sendo um dos meus alunos, morreu por minha causa. Sem levar em conta que ele morreu como um guerreiro lendário lutando até o fim, sem covardia: "Honre a coragem, despreze a covardia." Esse lema sempre estará agarrado a qualquer guerreiro lendário.
Assim que fecho a cova, dou alguns passos para trás e começo a rezar pelo destino dele que por lei, era inicialmente ir para Dracothenas. Esse é o lugar que separa os lendários do destino final.
- Jun, primeiro guerreiro lendário do oriente, que você possa ter a graça de conhecer os maiores guerreiros da história da humanidade. Que você seja coberto por todas as honrarias que um guerreiro corajoso como você merece. Se for da tua vontade, não continuar em Dracothenas, então espero que consigas passar do julgamento de Lucyan Reús. - Ponho algo para simbolizar sua sepultura, e em seguida decido enterrar o corpo de Rafagah. Assim que termino de enterrá-lo, fico parado na frente do túmulo com a cabeça abaixada, mas logo a luz novamente some, mas desta vez podia sentir que não era obra da Eralda e sim....
— Olá Mikael. - A voz era familiar, uma que eu não ouvia há uns anos, Lucyan Reús. Me viro, e confirmo a minha certeza.
— Engraçado como os Deuses nunca fazem nada, mas o pior é que nós mortais ainda sim rezamos. - Digo, limpando minhas mãos que estavam empoeiradas.
— Mas você não é um mortal.
" Parece que o senso de humor dele não mudou."
- Você entendeu...
- Sim, entendi, porém existem regras.
- Você quebrou elas há um tempo atrás.
- Por ter feito isso paguei em uma guerra que condenou vários guerreiros.
- Fico grato por você ter me salvado naquele dia, porém não está levando em consideração que durante essas décadas, carreguei o peso de várias mortes e eu achei mesmo que isso nunca mais iria se repetir. Todos eles morreram honrando o meu nome. Nunca desejei que eles morressem por mim. Uma prova disso é que eu não queria ter deixado a Nádia me ajudar, ela foi morta covardemente, igualmente ao Jun, surrado até a morte. E você caro Lucyan, observou tudo e só agora depois de eu enterrar o último cadáver que você surge? Agora me diga, para que serve um Deus?
O silêncio de Lucyan me dava a resposta, eu deveria continuar.
- Mais uma vez a história se repete, o que me resta a fazer é me vingar e dessa vez nenhuma irá escapar. - Digo, apertando os punhos e continuo - acho que você pode voltar para seu mundo. Você não pode se meter nessa batalha, por isso saia daqui! - Meu tom soa como ordem, e Lucyan abre espaço para eu passar, mas quando passei, ele tocou em outro assunto.
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Sol Negro I (EM REVISÃO)
FantasyO lendário Mikael Valentin sempre está envolvido em aventuras que envolvem batalhas sangrentas que forçam ele a superar os seus limites, afinal, a vida dele normalmente é o que está em jogo. A motivação de Mikael é desencadeada por um questionam...