CRAZY

• Capítulo Oito - Eu preciso da dotoura e tem que ser agora

• ARIANA GRANDE •
— Fairbanks, Alaska.

No dia seguinte, eu voltei para fazer a minha sessão com o Justin. Agora, que a nossa relação estava melhor, era mais fácil fazer o meu trabalho.

Contudo, algo internamente me dizia que a minha relação com o Justin estava evoluindo para algo a mais do que simplesmente médico e paciente.

— Olá, Justin. — Eu sorrio. — Como você passou a noite?

Essa noite, havia acontecido algo diferente. Justin não havia gritado, quando a madrugada caiu, tudo o que se escutava no Wools era o mais ensurdecedor silêncio.

— Muito bem e graças a você. — Ele sorri fraco para mim. — Você conseguiu fazer com que eu deixasse de lado a minha culpa e eu não vi os meus pais.

— Fico feliz que você tenha passado muito bem. — Eu sorrio, abertamente. — Acho que a gente deve continuar para que você possa progredir ainda mais.

Eu já havia descoberto qual era o problema do Justin com os seus pais e agora, eu precisava descobrir o que havia acontecido com o funcionário que o Justin matou.

— Do que você quer falar hoje? — Ele me pergunta.

— Quando eu cheguei aqui, a chefe desse lugar, a Margareth, me disse que quando você chegou aqui estava usando aquela roupa. — Eu aponto para a roupa que está dentro do seu quarto, mas Justin não olha para trás, porque ele sabe exatamente ao o que eu me refiro. — Você pediu um lugar para dormir e depois matou um funcionário, por que você fez isso?

Acho que no final disso tudo, eu deveria ser internada em um lugar como esse, afinal, como eu posso estar mesmo me apagando a alguém como o Justin, que tem tantos demônios e até já matou pessoas.

Ele nunca foi o tipo de cara que eu já quis para mim e agora, eu me sinto tão envolvida com ele. Eu estou com medo do que eu posso sentir, porque eu sei que eu não deveria.

— Pedi um lugar para ficar e eu realmente precisava de um banho, eu estava com a minha roupa isolada, mas eles me fizeram acreditar que não tinha problema tira-la aqui. — Ele me conta devagar. — Eu acreditei neles, eu tirei a minha roupa, então eu fiquei aqui totalmente desprotegido como qualquer pessoa normal e então, eu vi aquele homem começar a exibir os sintomas da doença.

Eu fico calada, apenas esperando que ele fale tudo.

— Eu vesti a minha roupa para me proteger daquilo, eu ataquei aquele homem para proteger as outras pessoas daquele prédio. — Justin me olha de um modo estranho. — Então eu entendi o que estava acontecendo.

— Como assim? — Eu o olho sem entender. — Justin, você salvou a vida daquelas pessoas.

Ele abre a boca para me responder, mas a porta é aberta e a Margareth entra.

— Olá, Justin e doutora Ariana. — Ela analisa ele. — Vejo que ela está realmente conseguindo fazer muito progresso com você, essa noite, depois de cinco anos gritando, tudo o que ouvimos foi o mais absoluto silêncio.

Sorrio e o Justin contínua impassível.

— Vejo que você só fala com ela, tudo bem, mas hoje a sua sessão será encerrada mais cedo. — Margareth diz. — Porque eu preciso da doutora e tem que ser agora.

Eu lanço um sorriso para o Justin enquanto vejo a decepção em seu olhar, então saio dali acompanhando a minha chefe.