• Capítulo Seis - Por favor, confia em mim.

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• ARIANA GRANDE •
— Fairbanks, Alaska.

Quando o sol nasceu, novamente eu estava sentada naquela cadeira na frente de Justin. Quando levantei da cama, eu realmente pensei sobre tudo o que me havia me dito. Mas, que tipo de profissional eu seria se desistisse desse caso porque o próprio paciente me pediu?

Quando eu aceitei essa oportunidade, eu disse que daria o meu melhor e é isso que eu pretendo fazer.

— Olá, Justin. — Sorrio.

Ele apenas fica parado me olhando.

— Como você passou a noite? — Eu pergunto, quando vejo que ele não vai me cumprimentar. — Eu vi que você gritou muito ontem a noite, você está bem?

— Antes eu só via eles morrendo. — Ele diz, com a voz rouca. — Mas agora, eu vejo você.

— Você via quem morrendo?

— Minha família.

Depois de muito tempo, eu finalmente tive um progresso. Agora, eu sabia o motivo porque o Justin gritava todas as noites e considerando o histórico dele, eu sei que ele não me contou por livre espontânea vontade, acho que apenas escapou.

— Você quer me contar o que viu sobre a sua família?

— Não.

— Você quer me contar como eu morri, então? — Indago.

— Eu estava fora do vidro e estava segurando você, seu coração não batia mais e a culpa era toda minha. — Seus olhos começam a brilhar de repente e eu demoro alguns segundos para notar que é por causa das lágrimas que estão se juntando em seus olhos. — Eu te avisei que faria aquilo, eu disse que eu machucaria você, mas você não me ouviu, você não acreditou em mim, você não foi embora.

— Justin, você não me machucou, eu estou aqui, estou bem. — Eu estou tentando acalmar ele. — Você precisa acreditar em mim.

— Você é como eles. — Justin leva suas duas mãos a cabeça enquanto se balança para frente e para trás. — Você não sai da minha cabeça, eu vejo eles mortos, eu vejo eles dizendo que a culpa é toda minha.

— Justin, você precisa se acalmar. — Eu me levanto.

Mas, ele não para.

— JUSTIN! — Eu grito com ele. — Eu estou aqui e eu estou bem, você não me machucou!

Seus olhos encontram os meus e é como se tudo o que estivesse acontecendo apenas na mente dele tenha se acabado. Justin se levanta e caminha para mais perto de mim, mas eu não me afasto do vidro dessa vez.

— Eu não machuquei você. — Ele coloca a mão no vidro.

— Você não vai me machucar. — Eu coloco a minha mão no vidro também.

Eu nunca estive tão perto dele antes, mas tudo o que nos separa agora é esse vidro.

— Eu não quero machucar ninguém, doutora Ariana. — As lágrimas escorrem pelo seu rosto. — Mas, eu sempre machuco e eles nunca me abandonam.

— Se você deixar eu te ajudar, eu prometo que você nunca mais irá machucar ninguém. — Eu digo, olhando nos olhos dele. — Você tentou de tudo, mas eu não desisti de você e não vou fazer isso, então por favor, confia em mim.

Agora, eu havia visto a verdade no Justin. Ele não queria machucar as pessoas, mas havia algo nele que sempre o fazia fazer isso e eu precisava descobrir o que era.

Eu tinha o início de tudo que era a epidemia e a morte de sua família, mas eu precisava de mais se quisesse realmente ajudá-lo.

— Eu confio.

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