• Capítulo Treze - Eu não vou fugir

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ARIANA GRANDE •
— Fairbanks, Alaska.

Não me importei com o horário, eu apenas corri em direção ao quarto de Justin. Bati no vidro desesperadamente até que ele acordasse, então ele caminhou até mim, mas eu não me afastei.

— O quê você está fazendo aqui? — Ele perguntou, coçando os olhos.

— Eu li as entrelinhas, tudo o que você deixou subentendido em cada conversa que tivemos e eu sei o que você é. — Olho nos olhos dele. — E eu estou tentando entender como você pôde não me contar isso.

— Estou apaixonado por você e achei que você não iria me querer se você soubesse que eu sou uma arma biológica que foi projetada pelo meu próprio pai dentro do meu sistema imunológico. — Ele balança a cabeça em tom de negação. — Eu perdi a minha família, perdi a minha liberdade e eu não queria perder você.

— O seu pai fez isso com você? — Eu não acredito.

Primeiro eu preciso ajudar ele a provar que ele é inocente, depois a gente pode falar da gente, da nossa relação.

— Meu pai era um mestre quando e tratava da criação de armas biológicas, quando eu fiquei doente no hospital, os médicos disseram que eu iria morrer, então meu pai criou um vírus que atuaria no meu corpo destruindo as minhas células doentes. — Justin me conta. — Eu sobrevivi, mas ele soube que se um dia aquilo fosse liberado, muitas pessoas poderiam morrer, porque esse vírus e adaptou ao meu corpo, eu vivo com ele como uma parte de mim e quanto às outras pessoas, elas não possuem a mesma resistência.

— Mas, no início, você não infectou as pessoas. — Eu digo, séria. — O quê fez isso mudar?

— Eu fiquei doente, o vírus que faz parte do meu corpo se reproduziu e se tornou ainda mais forte para me curar e consequentemente ele passou a deixar o corpo do hospedeiro que no caso sou eu, para afetar outras pessoas. — Os olhos dele se enchem de lágrimas. —Minha mãe estaga cuidando de mim e com pouquíssimo tempo de contato ela morreu, minha irmã veio logo em seguida e meu pai também se contaminou, antes que ele pudesse fazer qualquer coisa.

— O quê aconteceu a seguir?

— Eu sarei rapidamente e sai de casa, eu ainda não entendia muito bem o que estava acontecendo até começar a contaminar as pessoas que tinham contato comigo. — As lágrimas escorrem. — Meu pai me fez acreditar que isso não poderia sair de dentro de mim para machucar pessoas, mas ele estava errado.

Eu fico quieta, apenas esperando ele continuar.

— Eu me isolei dentro daquela roupa, não contaminei ninguém, mas nessa altura do campeonato, pessoas estavam contaminando outras. — Ele limpa suas lágrimas. — Então, eu cheguei até aqui, achei que seria seguro tirar a roupa, mas contaminei aquele homem e eu o matei para me proteger e proteger as pessoas, mas então eu percebi que o causador daquele caos era eu.

— Então você deixou que eles te tratassem como louco para manter todo mundo seguro. — Eu concluo.

— E eu ri daquele modo horroroso depois de matar aquele cara porque eu demorei tempo demais para perceber que o problema sou eu. — Ele suspira. — Eu vou entender se você fugir agora.

— Eu não vou fugir, vou te ajudar.

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