• Capítulo Um - Justin Bieber

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• ARIANA GRANDE •
— Fairbanks, Alaska.

Era estranho, ter que usar tudo o que você aprendeu durante a faculdade. Na verdade, as coisas são bem diferentes, porque lá, você pode tentar outra vez se você falhar, mas quando você está com um caso real na sua frente, você não pode errar porque a vida do seu paciente depende disso.

Eu não podia errar agora.

— Esse é o seu primeiro caso, doutora Ariana? — A chefe Margareth do Manicômio Wools me encara com uma prancheta na mão.

— Na verdade não. — Eu limpo a minha garganta. — Eu já tive alguns casos antes e obtive os melhores resultados em todos eles.

— Os registros? — Ela pergunta.

Eu abro a minha pasta e lhe entrego.

— Êxito em 10 casos de 10 casos, a senhora realmente tem muito talento para a psicologia. — Ela diz, após analisar os papéis.

— Obrigada. — Sorrio, orgulhosa. — Mas, a senhora pode me chamar de Ariana, apenas.

— Muito bem, Ariana. — Ela se arruma na cadeira. — Aqui em nossa organização, recebemos os mais diversos casos desde a epidemia que assolou os Estados Unidos, você se lembra do que eu estou falando?

— Sim.

Todo mundo conhecia sobre o vírus que deixou o país em uma completa epidemia. Muitas pessoas morreram, mas o vírus foi devidamente controlado após um ano de quarentena.

— Os mais variados centros médicos precisavam liberar suas instalações para o tratamento dos pacientes que estavam infectados com o vírus e nós recebemos os pacientes dos outros locais. — Ela me informa. — Não obtivemos êxito nesse transporte, já que os loucos ficaram a salvo, mas muitas pessoas morreram porque o vírus era mortal.

— Por que você está me contando tudo isso? — Indago, devagar.

— Porque acho que entender a história desse lugar te fará mais esperta. — Ela diz. — Faz 5 anos que o vírus desapareceu e tem pessoas aqui que enlouqueceram por causa disso.

— Por causa do vírus?

— Sim. — Ela abre uma gaveta e tira um registro. — Justin Bieber, nosso paciente mais agressivo, ele chegou aqui usando uma roupa que evita o contágio logo no início da epidemia, ele pediu um quarto para dormir e quando vimos, ele havia matado um dos nossos funcionários.

— Ele pediu um lugar para dormir e matou um dos nossos, então a gente isolou ele em um dos quartos para os casos mais agressivos. — Ela me informa. — Ele riu por dias olhando para o nada, então nos perguntamos como não percebemos logo de cara que ele era um dos nossos.

— Então, esse rapaz tem sido responsabilidade de vocês por 5 anos? — Questiono.

— Sim, e achamos que você possa ser a salvação dele como foi com os 10 casos que você já pegou e conseguiu recuperar. — Margareth me olha nos olhos. — Ele não usa mais a roupa que veio com ele, mas ele ainda a guarda quase como se estivesse a espreita para um dia escapar desse lugar.

— Se vocês não conseguiram ajudá-lo por cinco anos, como pretendem que eu vá conseguir? — Eu acabo rindo, mas de nervoso. — Não sei se sou capaz de mudar isso, de trazer a sanidade dele de volta.

— Mas você precisa tentar. — Ela me diz.

— Garanto que eu vou te dar o meu melhor. — Sorrio fraco.

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