• Epílogo

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ARIANA GRANDE •
— Fairbanks, Alaska.

Tudo havia ficado bem.

Com a ajuda do meu amigo da OMS, conseguimos realizar um estudo ainda mais amplo sobre o vírus criado pelo pai do Justin. Todos os documentos que ele escreveu, todas as suas pesquisas foram utilizadas, então finalmente chegamos a um resultado.

O vírus era autoimune, e isso significava que ele não tinha uma cura propriamente dita e por essa razão, tantas pessoas morreram na epidemia.

Contudo, o sangue que corria nas veias de Justin e nas minhas, quando era utilizado de um modo correto podia fazer a diferença. Tanto que salvou a minha vida e agora, com uma dosagem menor do que a que nós carregamos em nós, as pessoas podiam se tornar invisíveis ao vírus.

Cada pessoa recebeu uma pequena dosagem do vírus para se previnirem de nós, porque se um dia o vírus se tornasse ainda mais forte ao ponto de voltar a ser transmitido, ele não afetaria as pessoas porque o vírus quando entrasse em contato com o outro corpo, o reconheceria como um igual e ele não mataria a si mesmo.

Todos estávamos seguros.

— Amor, não se esqueça que você tem uma entrevista para aquele jornal famoso amanhã a tarde. — Eu aviso o Justin, durante o café da manhã.

— Mais alguma coisa que eu deva me lembrar? — Ele deposita um selinho singelo em meus lábios antes de se sentar na mesa.

— Jamie vai querer a sua atenção, você sabe que ele está tentando há dias que você o ensine a jogar basebol. — Eu digo a ele.

O estudo demorou anos e enquanto ele acontecia, eu e Justin ficamos ainda mais próximos. Todo esse tempo foi suficiente para que a gente percebesse que o nosso amor não era passageiro ou uma rota de escape para os problemas que passamos no manicômio.

Nosso amor era real.

Eu me casei com o Justin três anos atrás e foi nesse meio tempo que tivemos o nosso primeiro filho Jamie. Ele tem dois anos e ainda sim se mostra muito empolgado para aprender qualquer coisa que o Justin esteja disposto a ensina-lo.

Usar uma luva e segurar a bola é aprender a jogar basebol para ele e isso me deixa ainda mais orgulhosa, ele é definitivamente um garoto incrível e muito precoce.

— Eu prometo que ele terá a minha atenção. — Justin sorri. — Mas, como anda a nossa garotinha?

— Acho que ao contrário de Jamie, ela vai querer aprender o famoso futebol do Brasil, porque ela não para de me chutar. — Eu faço graça ao alisar a minha enorme barriga de gestante.

— Eu não vejo a hora de poder tê-la em  nossos braços. — Ele sorri.

— Espero que o Jamie não fique com muito ciúmes. — Eu digo. — Quero que ele a ame tanto quanto nós os amamos.

— Ele irá, ele é um bom garoto.

O quê o pai de Justin criou, matou pessoas, mas também estava garantindo que meus filhos fossem ainda mais fortes e resistentes. Ambos possuíam parte grandiosa desse vírus dentro de si e ao contrário de nós que os adquirimos com uma transfusão, eles iriam nascer com eles.

Eles seriam ainda mais fortes do que qualquer um de nós. Eles seriam saudáveis, eles ficariam seguros.

— Definitivamente, você é a melhor coisa que já me aconteceu. — Ele coloca a mão na minha barriga. — Não posso acreditar em como a nossa história começou.

— Você precisava de ajuda e eu era a única que podia te ajudar. — Eu sorrio. — Porque você não era louco, você era a pessoa mais nobre que eu já conheci na vida e foi isso que te fez se trancar naquele lugar por tantos anos.

Nós nunca mais havia ouvido falar de Margareth e Justin nunca mais havia tido um daqueles sonhos, com o meu amor, seus demônios haviam partido. Bom, eu pelo menos gostava de pensar assim.

Nós estávamos bem, porque tínhamos um ao outro. Porque no final das contas, eu salvei a vida dele e ele salvou a minha e eu sabia que sempre seria assim.

••• FIM •••

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