• Capitulo Quinze - Recomeçar

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ARIANA GRANDE •
— Fairbanks, Alaska.

Quando a luz branca e forte no meu rosto começou a me incomodar, eu abri os meus olhos devagar, o piscando diversas vezes para me acostumar com a claridade.

Busquei um rosto conhecido ao meu redor, eu estava inquieta porque não tinha nenhuma informação sobre o que poderia ter acontecido com os outros e principalmente, com o Justin.

Eu tentei me levantar, mas então, eu notei que havia algo me impedindo. Era Justin, ele estava sentado em uma cadeira, debruçado sobre a minha cama, dormindo serenamente.

O fato de eu ter me mexido na cama de hospital, fez com que Justin despertasse. Ele se levantou e seus olhos brilharam quando ele encontrou os meus.

— Meu Deus. — As lágrimas inundam os meus olhos. — Você está bem.

— Você está bem. — Ele segura o meu rosto com delicadeza. — Eu achei que fosse te perder.

— O quê aconteceu? — Eu pergunto. — Eu não me lembro ou sei de tudo o que aconteceu.

Tudo o que eu me lembrava era de ter colocado o meu corpo na frente de Justin, de ter recebido o tiro por ele. Eu estava disposta a morrer por ele, porque eu realmente acreditava nele, eu acreditava que podíamos salva-lo.

— Eu nunca fiquei tão assustado, você estava sangrando muito nos meus braços e eu achei que iria te perder para sempre. — Ele segura a minha mão. — Margareth estava chocada demais por achar que tinha te matado, então ela não conseguiu agir, então isso deu tempo para que o seu amigo chegasse com uma equipe.

Eu fico em silêncio ouvindo tudo.

— Ela e a sua equipe foi contida, mas tínhamos um problema, ainda estávamos na jaula embora ela estivesse aberta e você estava morrendo. — Justin fala. — Tudo o que importava era salvar a sua vida.

Eu imagino o medo que ele sentiu, porque eu também senti esse medo naquela noite, quando eu vi que a Margareth estava disposta a mata-lo.

— Seu amigo não tinha recursos o suficiente para fazer algo bom o bastante, então resolvemos fazer algo que podia ser muito bom para você ou muito ruim, mas uma possibilidade de vida era melhor que nem uma. — Justin suspira. — Ele fez uma transfusão e o meu sangue funcionou no seu corpo, o vírus que matou muitas pessoas e que foi desenvolvido pelo pai, que salvou a minha vida quando eu era mais novo, acabou de salvar a sua vida também.

— Eu não entendo. — Sou sincera. — Eu achei que iríamos ter que dar um jeito, achei que você poderia machucar alguém, que esse vírus era perigoso.

— O vírus não é perigoso quando ele entra no seu corpo sem ser por meio de uma infecção, ele não é uma ameaça, ele é uma cura. — Justin sorri fraco. — Seu amigo me disse que eu fui o início da doença que matou inúmeras pessoas, mas eu também posso ser o fim de muitas outras enfermidades que existem por aí.

— Eu não acredito. — Eu sorrio. — Você não é o vilão, você é o herói.

— Tudo graças a você. — Ele me olha nos olhos.

— Eu ainda tenho mais uma pergunta. — Digo. — Como você não está passando o vírus por aí?

— Quando eu fiquei doente, ele se tornou agressivo para me proteger, exatamente como meu pai queria que ele fizesse. — Justin me conta. — Isso quer dizer que enquanto o vírus que vive dentro de mim e dentro de você, não sofrer nenhuma mutação, todo mundo que está ao nosso redor será seguro.

— Estamos todos seguros. — Eu o puxo para um abraço.

Ele não hesita, ele apenas me abraça.

— Eu te amo, Ariana. — Ele me solta devagar para me olhar nos olhos.

— Eu te amo mais. — Seguro seu rosto com delicadeza e o beijo.

Justin retribui e eu sinto o meu coração bater ainda mais forte dentro do meu peito. Eu não acredito que conseguimos.

— O quê você quer fazer agora? — Eu pergunto, me ajeitando na cama de um modo que pudesse fazer com que ele se deitasse ao meu lado.

— Recomeçar. — Ele se deita. — Você quer vir comigo?

— Com certeza. — Sorrio.

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