• Capitulo Doze - Eu preciso falar com o Justin

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ARIANA GRANDE •
— Fairbanks, Alaska.

A maioria das coisas faziam muito sentido para mim e eu só conseguia me perguntar como todo o tempo, eu não consegui pensar nisso quando Justin me deu todas as dicas possíveis.

Me pergunto como eu pude deixar essas coisas passar quando eu sempre fui muito boa em completar enigmas.

"— Sabe o que acontece se eu sair daqui, doutora. — Ele estala a língua no céu da boca. — Você morre, todos eles morrem, porque eu vou matar todos vocês."

Ele não estava falando que mataria todas as pessoas de propósito. Ele estava falando porque sabia o que vírus que vive dentro dele podia fazer e ele não faz a menor ideia de como controlar isso.

"— Justin já matou mais de uma pessoa? — Questiono.

— Ele diz que sim e diz que voltará a matar no momento em que ele sair daquele vidro, mas tudo o que temos certeza é que ele realmente matou uma pessoa. — Margareth suspira. — O nosso funcionário."

É claro que o Justin transmitiu a doença para o funcionário no momento em que ele tirou a roupa isolante, então ele o matou porque o homem exibia os sintomas. Justin tornou a vestir a roupa enquanto ia para o seu quarto branco o que evitou o contágio dos outros.

"— Sim, a família inteira morreu por causa do vírus e fontes dizem que a mãe de Justin foi a paciente zero. — Ele me informa. — Eles foram as primeiras pessoas que contrairam a doença e ninguém entendeu como o doutor Jeremy não pôde fazer nada, apenas Justin sobreviveu."

Justin primeiramente infectou a mãe, depois o pai e a irmã e não nessa ordem necessariamente. Mas, eu me pergunto como ele pôde estar com o vírus durante tanto tempo e não ter morrido?

"— Aí que está o seu erro quando tenta me ajudar, porque você quer que eu deixe de ser louco. — Ele sussurra. — Mas, a verdade é que eu nunca fui louco."

Ele estava todo o tempo falando a verdade, mas as pessoas não conseguiam ouvir. Justin não era louco, ele era o paciente zero, ele começou espalhando o vírus e quando percebeu isso, ele se isolou de todos da melhor forma que ele encontrou, em um manicômio.

"— É da minha natureza, você foi criada para salvar pessoas e eu fui criada para mata-las"

De alguma forma, esse vírus mortal afeta a todos, menos o seu próprio hospedeiro, no caso o Justin.

"— Mas você não precisa se preocupar, enquanto eu estiver aqui dentro, serei inofensivo"

Cada momento que eu paro para pensar nas coisas que ele me disse, tudo faz ainda mais sentido para mim.

"— Eu não quero machucar ninguém, doutora Ariana. — As lágrimas escorrem pelo o seu rosto. — Mas, eu sempre machuco e eles nunca me abandonam."

Agora tudo fazia sentido para mim, ele não era uma pessoa ruim. Contudo, o fato dele não ser louco, não melhorou o meu trabalho, porque eu ainda não faço ideia de como posso ajudar o Justin quando qualquer contato com ele pode causar a minha morte e uma outra epidemia.

Eu preciso falar com o Justin.

• NOTAS FINAIS •

Me digam, alguém esperava por essa?

Sei que essa história está bem longe de qualquer outra que eu escrevi, mas acho que no final, o intuito era isso mesmo, fazer algo diferente.
Espero que vocês estejam gostando.

A história tem 15 capítulos e um epílogo, ou seja, estamos na reta final. :/

Não se esqueçam dos votos e dos comentários, obrigada por tudo ❤

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