7.

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Quando os lábios do Noah colaram nos meus eu empurrei ele com toda minha força.

Eu realmente não sei o que ele tinha na cabeça mas apostava que era merda.

- Com toda certeza do mundo colocaram droga no seu suco. - falei dando três passos para trás.

Ele sorriu.

- Como se você não quisesse. - ele respondeu com um sorriso maroto no rosto.

Eu revirei os olhos.

- Claro que não. - afirmei - Você nem é tudo isso. - lhe lancei um olhar de deboche.

Noah tentou se aproximar novamente, mas eu virei as costas e sai de perto dele.

- Já está fugindo, Gabrielly? - o moreno perguntou parecendo feliz.

- Não aguento mais olhar para essa sua cara de idiota. - falei ainda andando. - Meus olhos já estão queimando com a visão do inferno.

- Belas palavras. - ele gritou.

Eu ignorei e segui meu caminho.

Assim que sentei do lado da Sofya o Noah entrou na cantina com o mesmo sorriso de bosta no rosto.

- Para de babar o cara. - Sofya falou e eu olhei para ela incrédula.

- Eu estou planejando jogar essa gosma estranha nele e você está falando que eu estou comendo ele com os olhos? - eu falei e apontei para sua bandeja de comida.

Ela riu.

- Não é gosma, isso aqui é feijão. - ela falou.

Fiz careta.

- Entre esse feijão estranho e passar fome, eu escolheria passar fome. - eu afirmei. - E olha que eu amo feijão.

- Não exagera. - Sofya falou.

Dei de ombros e cruzei os braços.

- Tanto faz. - exclamei e observei quando o Noah passou perto do Lamar e quase arrancou o braço do garoto.

Eles não eram amigos?

- Garotos são tão idiotas. - eu falei.

(...)

Depois do intervalo eu e a Sofya fomos para a sala, a Savannha sentada na carteira que ela afirmou hoje de manhã ser o lugar dela.

- Olha lá. Depois vão falar que eu que provoco. - falei.

- Ela gosta de arrumar confusão. - Sofya contou.

Eu sorri.

- Meu segundo nome é confusão. - exclamei e sentei em outro lugar.

Eu não ia pagar o mico de brigar por uma carteira.

Ou eu só estava de bom humor naquele momento.

(...)

Na hora da saída a minha mãe veio buscar a gente.

- Então, como foi a escola hoje? - ela perguntou dirigindo.

- Normal. Como sempre. -Noah falou dando de ombros.

- Normal como? - minha mãe perguntou curiosa.

- A Any quase brigou com uma menina. - ele falou e me olhou com um sorriso malicioso nos lábios.

- Isso é verdade filha? - minha mãe me olhou rapidamente.

- Não. - afirmei. - Não sei como você acredita no idiota ai.

- Então pergunta como foi que o uniforme dela ficou sujo com suco de laranja. - Noah continua pedindo para apanhar... ou talvez morrer.

- Sou uma desastrada. - falei.

- Ok, brigona. - ele falou.

- Eu não sou brigona. - eu fico de joelhos no meu banco e tento bater nele que estava no banco de trás.

- Parem com isso. - minha mãe falou.

Eu sentei corretamente no meu banco e respirei fundo para me acalmar, mas a voz do Noah me tirou do sério novamente.

- Esquisita. - ele volta a falar.

- Noah, você quieto é um poeta. - eu exclamei irritada. - Então cala a boca.

- Você está brava? - ele continuou.

- Meu Deus, como você é insuportável. - falei.

- Já mandei vocês ficarem quietos. - minha mãe gritou já sem paciência.

Ela olhou para nós e por um segundo de distração o carro bateu.

...

ele é o filho do meu padrasto Onde histórias criam vida. Descubra agora