Maratona como pedidos de desculpas? Temos!
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- Não acredito que vou chegar atrasada. - falei, enquanto o Noah dirigia até meu trabalho.
Eu mesma poderia ir com meu carro, mas ele insistiu e eu não tive porque negar.
Eu nem queria negar também.
- Se você tivesse acordado cedo. - ele disse, e mesmo que eu não estivesse olhando para seu rosto, sabia que o mesmo estava sorrindo.
Depois de prender meu cabelo, eu peguei o pequeno espelho que tinha na minha bolsa e chequei minha aparência.
- Ah, claro, então a culpa é minha. - exclamei.
Na realidade, eu acordei no horário certo, e estava tomando banho quando ele invadiu o banheiro e conseguiu me fazer esquecer que eu tinha que trabalhar. Naquele momento eu não liguei, mas agora estava ficando preocupada.
- Talvez. - disse e viu que eu estava me olhando no espelho. - Não precisa se preocupar, Elly. Você está linda.
Ele parecia relaxado enquanto fazia aquele comentário. Bem diferente de quando ele estava me contando sobre as coisas que o William fez ele passar.
Ver ele assim me deixou mais calma.
- Você ainda está insistindo nessa mentira? - perguntei, e guardei o espelho depois de ver que eu estava apresentável.
Virei meu rosto na direção dele e começei a observa-lo.
Ele também me olhou, só que bem rápido porque estava dirigindo.
- Mas eu não disse nenhuma mentira. - afirmou com tanta certeza que era até fácil de acreditar.
Ele mexeu o braço no volante e eu encarei sua tatuagem.
- Me fala a história da sua tatuagem. - pedi. - Por que o lobo?
A gente tinha só mais alguns minutos juntos e eu ia aproveitar para saber mais dele e desses anos que passamos separados.
- Foi no meu aniversário de 18 anos. - começou. - Eu fui para uma festas com alguns amigos e lá tinha um tatuador. Depois de beber eu achei que fazer minha primeira tatuagem seria uma boa ideia, então eu fiz. Eu realmente não sei porque escolhi o lobo, só sei que no dia seguinte ele estava na minha mão.
- Eu gostei. - falei, sendo sincera.
Ele me olhou rapidamente de novo e sorriu.
- Eu percebi. - disse, convencido. Noah estacionou o carro e quando foi abrir a porta, eu o parei.
- Espera. - ele se virou na minha direção. - Se uma pessoa passar do lado do carro ela consegue ver a gente aqui dentro?
- Acho que só se ela estiver muito perto. - respondeu, parecendo interessado. - Por que?
Tirei o cinto de segurança e fui até o banco dele sabendo que eu precisava ter mais um pouco dele antes da gente se separar de novo.
Eu já estava atrasada mesmo.
- O que está fazendo? - perguntou, e não me parou quando sentei em seu colo com uma perna de cada lado do seu corpo. - Achei que estava atrasada.
Me aproximei ainda mais do Noah quando senti o volante nas minhas costas.
- Eu estou. - falei, e me inclinei na sua direção encostando nossas testas. - Então fica quieto.
Noah colocou suas mãos na minha cintura e apertou quando colei sua boca na minha.
Ter ele a noite toda me tocando foi pouco. Eu precisava dele todos os dias, todas as horas.
Naoh subiu uma de suas mãos para o meu pescoço e fez aquela carícia que já estava se tornando minha favorita.
- Eu gosto disso. - sussurrei, perto da boca dele.
Ele segurou meu cabelo e me beijou de novo não parecendo estar disposto a conversar naquele momento.
Ficar com ele naquele carro era uma ideia muito boa, mas tínhamos que voltar para a vida real. Depois de mais alguns minutos, Noah desacelerou o beijo e continuou me segurando quando me afastei.
- Você vai me ligar se alguma coisa acontecer? - perguntei, sabendo que ele iria para o aeroporto assim que eu entrasse no restaurante.
- Claro que vou. - respondeu, e me deu um selinho como se tentasse me acalmar. - Vai dar tudo certo.
Apesar de confiar nele, eu sentia um aperto no peito que estava me deixando mais apreensiva.
- Não é melhor eu ir com você? - perguntei.
Ficar cara a cara com o William não era algo que eu gostaria de fazer, mas eu faria pelo Noah.
- Você acha mesmo que vou te deixar ir comigo só para o meu pai te perturbar e fazer você ter um encontro desagradável com a sua mãe? - balançou a cabeça da forma negativa. - Não mesmo, Gabrielly.
Deitei minha cabeça em seu peito e suspirei ficando frustrada.
- Mas se você demorar eu juro que vou atrás de você. - avisei.
E eu realmente faria aquilo.
Ele me abraçou de volta antes de responder:
- Você não vai precisar fazer isso.
Depois de beijar o Noah pela última vez, eu saí do seu colo e depois do carro.
- Quer namorar comigo? - ele perguntou conseguindo me deixar surpresa.
Eu sabia que para ele fazer aquele pedido significava muito. Da última vez não deu muito certo e agora nada mais nos impedia.
Quer dizer, tinha o William.
- Quando você voltar eu respondo. - falei, e segurei a risada quando ele pareceu decepcionado. - Volta logo, tá?
Ele assentiu e ligou o carro.
- Pode deixar. - respondeu.
Noah então foi embora me deixando parada no meio do estacionamento do restaurante.
E pensar que o casamento da minha mãe tinha me trazido o Noah, e esse mesmo casamento estava querendo me tirar ele.
Respirei fundo tentando ficar mais calma e caminhei até o restaurante.
- Você está atrasada. - Carina disse, assim que me viu passar pela porta. - Sua sorte é que meu pai não chegou ainda.
Ela estava encostada no balcão enquanto mastigava o que parecia ser chiclete.
Encarei seu rosto ficando aliviada.
- Que bom. - passei pelo balcão. - Foi o trânsito. - menti.
Carina cruzou os braços em cima do balcão antes de voltar a falar.
- Aquele cara que você estava beijando no carro era seu namorado? - perguntou me fazendo franzir o cenho.
Ela passou do nosso lado e a gente nem tinha percebido.
- Ele... - pensei um pouco antes de completar com: - Sim, ele é.
E eu estava ansiosa para contar para o Noah assim que ele voltasse.
- Ele é bem bonito. - ela disse. - Ele tem um irmão?
Aquela pergunta me fez rir e eu fiquei feliz pela distração.
- Vou trabalhar, Carina. - ignorei sua careta e fui me arrumar para finalmente começar a trabalhar.
Eu sentia que os próximos dias seriam longos.
...
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ele é o filho do meu padrasto
Fanfiction━━ 𝗘𝗟𝗘 𝗘 𝗢 𝗙𝗜𝗟𝗛𝗢 𝗗𝗢 𝗠𝗘𝗨 𝗣𝗔𝗗𝗥𝗔𝗦𝗧𝗢 - 𝗽𝗿𝗶𝗺𝗲𝗶𝗿𝗮 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼𝗿𝗮𝗱𝗮, noany fanfiction. Os opostos se atraem, mas não se entendem. Será? Any é uma adolescente rebelde que já acha que é dona do próprio nariz. Mimada, mal cri...