16.

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(...)

A música naquela festa estava muito alta e o cheiro de bebida alcoólica ameaçou fazer minha cabeça latejar.

Eu gosto de festa, eu realmente gosto de festas, mas hoje eu só queria ir pra casa e dormir.

- Eu não devia ter vindo. - falei perto do ouvido da Sofya.

A loira revirou os olhos.

- Para de ser chata. - pediu. - Até parece que eu ia deixar você ficar sábado a noite em casa. - exclamou.

Sua expressão não estava nada agradável.

Talvez eu estivesse exagerando.

Talvez.

E a Sofya ficou quase uma hora tentando convencer a minha mãe a me deixar vir com ela.

Não foi fácil, até porque eu sai escondida do salão e a minha mãe ficou uma fera.

- Ok, eu vou parar de reclamar. - prometi. - Vou tentar me divertir.

Ela assentiu e então sorriu.

- Olha aquele cara. - falou apontando para o lado direito de um jeito discreto.

- O que tem ele? - perguntei sem interesse.

- Olha, Any. - falou novamente.

Eu olhei discretamente para o lado e vi um moreno olhando na nossa direção, ele estava perto da caixa de som e segurava uma lata de cerveja.

Ele parecia ser mais velho, talvez uns vinte e dois anos.

- Nossa. - falei sincera. - Ele é bem bonito.

E era, mas não de um jeito que me interessava.

- Ele está te olhando. - Sofya completou.

- Que bom pra ele. - exclamei.

Sofya suspirou.

- Assim não está dando para te ajudar, Gabrielly . - falou.

Coloquei a mão no braço dela e sorri.

- Amiga, eu falei que vou me divertir e não estava mentindo, mas eu não preciso de um garoto pra isso. - falei.

Ela balançou a cabeça de forma negativa.

- Eu não quis dizer isso. Eu só quero te ajudar a parar de pensar no Noah. - ela disse.

Agora eu estava verdadeiramente surpresa.

- Do que você está falando? - perguntei.

Ela me olhou com uma sobrancelha levantada.

- Você acha que eu não percebi? Está praticamente escrito na sua testa, Any. - falou. - Você e o Noah se gostam.

- Você não sabe o que está falando. - exclamei. - Posso muito bem ficar com aquele cara sem pensar no Noah. Sabe por que?

Ela sorriu e me olhou como se eu fosse uma mentirosa.

- Por que amiga?

- Porque eu não penso nele. - afirmei.

Ela riu.

- Se você está falando. - seu tom de voz era como um desafio.

Olhei para o moreno e percebi que ele estava se aproximando de nós duas.

Quando o garoto parou na nossa frente senti vontade de rir quando percebi para quem ele estava olhando.

- Sou o Andrey. - ele falou e sua voz era rouca.

ele é o filho do meu padrasto Onde histórias criam vida. Descubra agora