Capítulo 25

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Ricardo

"Eu vou descansar"

Foi o que ela disse a duas semanas. Duas malditas semanas. Fora isso ela fala apenas com minha vó, mãe e cunhada. E com mais ninguém nem os seus pais, tios ou os neurônios ( Tico e Teco ) é como se fossemos paredes. Ela só me toca nas vezes que aparecemos em público fora isso ela se fecha na garagem com seus computadores e fones de ouvido trabalhando nas rotas de funga, alarmes, senhas esquemas de segurança da festa e quem vai estar no evento.

Pietro: Ricardo - me assusto - Porra cara você está uma merda.

- Obrigado!

Pietro: Nada ainda? Ela foi falar com um tal de pai de madrugada.

- Que merda é essa? Porque ninguém me comunicou? - estou irritado e meu humor só piora.

Pietro: Ninguém a viu saindo, eu mesmo soube só hoje.

- O que! Mais como ela saiu tem segurança vinte quatro horas, rastreadores em praticamente tudo que ela usa. - incluso roupas e sapatos.

Possessivo?

Cuidadoso

Sei..

Pietro: Irmão "sua mulher" é racker acha mesmo que ela não iria saber?

- Como ela saiu? A casa dos meus pais é cercada de seguranças! - como aquela diabinha saiu?

Pietro: O vulgo dela não é Fumaça?- gargalha na minha cara. Puto.

- Como descobriu que ela saiu?

Pietro: Bom... Então eu meio que busquei ela lá. - sussurrou mais eu ouvi. Eu mato ele agora com um tiro rápido e limpo ou penduro ele e mato como se fosse um porco? Decisão difícil. - Olha só eu conheço essa olhar e eu não toquei nela ok? - se apressa em dizer - O Março foi comigo. Cara presta atenção ela não está bem aquele velho falou alguma coisa pra ela.

- Como assim não está bem?

Pietro: Vou ser sincero meu amigo, seja lá o que for não foi gentilezas.

Subo as escadas correndo quero vê-la. Abro a porta com força estou ofegante. Vejo suas roupas fazendo caminho até o banheiro a porta está aberta. Não sei se entro ou espero. Mas a dúvida logo passa assim que ouço seu soluço sofrido. Retiro minhas roupas rápido ficando apenas de cueca box e entro no banheiro apressado. Me quebra inteiro ao ver minha mulher encolhida no canto.

- Ei! - ela levanta a cabeça seus olhos feridos, perdida, longe demais pra que a traga de volta - Vem cá - me aproximo e a abraço seu choro é intenso, seu corpo balança e eu me faço sua prancha de salvação.

Depois de um tempo a pego no colo seus fungados baixos em seu sono profundo. Ainda em meus braços a enxugo e a visto com uma camisa minha e a coloco na cama. Me troco o mais rápido que consigo e volto pra cama e me enrosco nela como uma cobra.

- O que fizeram com você Meine Liebe? - sussuro antes de dormir.

Não sei quanto tempo eu dormi. Me senti sendo observado e senti falta do corpo pequeno e quente colado ao meu. Me virei na cama abrindo os olhos e encontrando olhos escuros brilhantes me encarando.

Alice estava sentada no chão ao lado da cama com a cabeça nos joelhos os braços abraçando as pernas.

- Oi! - falei baixo e rouco

Alice: Porque as pessoas que tem que te proteger são as que mais te machucam?

A dor em sua voz é tão grande que meu peito deu um tranco.





❤️ Desculpem os erros ❤️
❤️Bjs até o próximo ❤️
❤️Vou tentar não demorar para publicar o próximo capítulo ❤️

Foi Ali Na QuebradaOnde histórias criam vida. Descubra agora