𝐁𝐄𝐘𝐎𝐍𝐃 𝐈𝐍𝐅𝐈𝐍𝐈𝐓𝐄 ² | 𝙱𝚎𝚕𝚕𝚊𝚛𝚔𝚎

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Bellamy volta pra area da piscina e segue adiante pelo caminho direito da onde eles estavam anteriormente, uma passagem ja estava aberta então ele imaginou que Clarke estava por ali, subiu uns degraus e se deparou com o mesmo espaço branco e amplo que Clarke descobriu na primeira explorada.

A primeira porta do corredor dava acesso a uma espécie de sala de banho com visão privilegiada para o espaço, aliás tudo ali, naquele andar ou nivel, não tinha paredes, era o espaço, os móveis, o chão e vidro, vidro transparente como janelas em cada lado, ele podia dizer que estava andando no meio do espaço e ainda sim não seria uma piada. Também tinha uma única banheira no centro do ambiente, o chão ao redor estava com gotículas d'água, Bellamy supôs que Clarke havia estado ali ha algum tempo. Ele deixou o banheiro e seguiu.

A porta em frente estava trancada, esta não tinha fechadura comum, na verdade não tinha nenhuma fechadura mas no meio da porta tinha um visor com os seguintes dizeres: sala de emergência, só abrir em caso de autodestruição.

Bellamy ficou em alerta, não sabia que a nave tinha uma dessas, nunca viu algo semelhante na arca. Porque essa nave precisaria ser autodestruida? Teria alguma coisa a ver com os prisioneiros dentro dela? Os engenheiros tinham receio de algo da errado?

Ele tinha que avisar a Clarke pra da uma olhada nisso depois. Seguiu em frente e descobriu mais dormitorios, laboratórios medicos/cientificos, e áreas comuns de transitação. É como se ele estivesse em uma nova nave, uma nave altamente moderna e tecnológica, um espaço digno de cientistas milionários. Era muito estranho estar ali e em alguns degraus abaixo dar acesso a vários compartimentos escuros e ambientes remetentes a prisão - afinal era uma nave de prisioneiros, e enquanto ali em cima era quase um novo mundo.

Ele não esteve na cidade da luz, mas pelo que ouviu dos amigos podia imaginar que os lugares la dentro eram bem parecidos com esse que ele estava agora. A cidade da luz dentro de uma caixa. Um mundo novo e impecável dentro de um podrido e escuro.

Uma porta vertical marcava o fim de toda aquela área, ela ja estava entreaberta e quando ele se aproximou encontrou o que queria achar, Clarke.

A porta esquisitamente não levava a uma sala e sim a um estreito corredor sem saída. Uma extensa parede acinzentada, mesmo tom das paredes comuns da nave la embaixo, servia de recosto pra quem quisesse sentar e admirar toda vastidão galatica bem a frente. Do teto ao chão, apenas finas camadas de vidro separavam o universo inteiro daquele corredor, bem ao fundo da imensidão escura dava pra ver um pontinho do que deveria ser a terra destruida em chamas, ele sentiu saudades,
mas antes que a nostalgia se instalasse se deu conta de que não podia ser a terra, afinal eles não teriam se afastado tanto se o objetivo era só esperar a vida se regenerar la embaixo, devia ser um planeta qualquer. No chão do corredor que separava a janela tinha uma distância de mais ou menos dois metros de concreto para andar, sentar, deitar por ali.

Se levantasse a cabeça rápido, a pessoa tinha vertigem, a sensação era que a qualquer momento a gravidade ia zerar e fazer seu equilíbrio falhar, você sentia a adrenalina como se seu corpo soubesse que estava em perigo, mas também sentia êxtase, pela emoção de estar tão perto de algo foram do normal. Bellamy sorriu, não imaginava como e porquê criaram aquele espaço, mas pôde entender experimentando as sensações que estar ali proporcionava.

Clarke estava la no final, encostada na parede no lugar da saída, com varios papeis nas mãos e mais alguns lotados ao redor dela. Tinham pilhas de cadernos abertos pelo chão e ela parecia estar tão concentrada que nem ao menos notou a presença dele. Ele chega mais perto, em silêncio e quando para em frente dela, senta. Ela enfim o nota, mas não demonstra vergonha, nervoso ou qualquer sentimento após um beijo... após O beijo. Ela só levanta o olhar e abaixa em seguida, procurando alguma folha em específico, quando aparentemente acha o que queria, entrega a ele.