Em hiato (CONTINUAÇÃO_Unreachable: A Última Saída)
Revoltas, vícios, perdas de controle, enfim Adrien se permite dizer que os venceu. Tudo está caminhando perfeitamente a voltar a ser "uma vida normal" para o casal Adrien e Marinette. Os dois inicia...
Abri os olhos lentamente passando as minhas pequenas mãos pelo rosto, pulei da cama, que para um garoto de dez anos como eu era enorme, andei curioso até a porta ouvindo as vozes que soavam lá de baixo.
- Gabriel... Você sabe que o tempo acabou....
- Pela amor de Deus, Emelie! Não me venha com essa!
- Querido... Não esqueça que eu te amo... Vocês dois...
Meu coração acelerava a cada palavra que escutava e uma das minhas mãos repuxava a calça do meu pijama pelo nervosismo, mesmo não entendendo o que estava acontecendo, podia sentir que a mamãe precisava de ajuda.
- Não desista Emelie, sabe que você vai sair dessa! Nós...
Meu pai parou e os dois olharam para cima ao perceberem a minha presença na escada, não podia mais me esconder atrás da porta e corri até eles, senti minhas pernas falharem ao ver o estado da minha mãe, ela estava pálida e triste, muito triste.
- Pai! Mãe!
Meu pai se levantou de onde estava ajoelhado ao lado dela e sinalizou para que eu parasse.
- Volte para o quarto Adrien. Agora.
- Mas...
- A... Gora.
Hesitei os meus passos e abaixei a cabeça, sabia que era uma regra não sair do quarto a essa hora, e se tratando do papai, não importa a situação.
- Filho... A mamãe vai ficar-
Ela foi cortada por uma tosse forte e vi sangue respingar da sua boca no chão, olhei aterrorizado para a cena.
- Emelie!
Meu pai gritou a segurando nos ombros e no mesmo instante a Nathalie entrou correndo pela sala, não me surpreendi por ter passado por despercebido.
- Senhor! O carro já está pronto, podemos levá-la!
Meu pai assentiu com a cabeça seriamente e os observei pegarem a minha mãe para apoia-la na cadeira de rodas, a porta se abriu e eles começaram a se afastar debilitadamente. Sacudi a cabeça saindo do meu estado de choque e gritei por ela.
- Mãe!!
Ela me olhou surpresa como se tivesse acabado de se lembrar que eu ainda estava ali, e me deu um sorriso fraco enquanto ia sendo puxada de costas.
- Não se preocupe Adrien... A mamãe vai voltar... Eu prome-
As portas se fecharam cortando o som e eu corri até elas, me debrucei sobre a madeira branca tentando abri-la com as mãos.
- Não! Mãe!! Por favor, não me deixe sozinho!!
Eu disse soluçando com o choro, me ajoelhei enterrando o rosto vermelho entre as mãos.
Você me prometeu que iria voltar...
Mas nunca mais te vi desde aquela noite...
Não me deixe sozinho...
Não me deixe sozinho!
Não me deixe sozinho!!
- NÃO ME DEIXE SOZINHO!!
Levantei da cama sentindo falta de ar e relaxei os ombros por um instante, antes de tirar a franja molhada de suor da minha testa, me xinguei mentalmente por estar voltando a ter pesadelos, isso era um verdadeiro saco. Porém, imagino que deva ser pelo dia que é hoje, primeiro dia de aula, sendo bem vindo, ao 3º ano do Ensino Médio.
- Estou louco pra ver no que isso vai dar.
Disse dando um sorriso sarcástico para o Plagg que dormia sobre a minha mochila, ele apenas revirou os olhos e votou a dormir.
- Bom dia pra você também, esperma voante.
- Gay.
- Gay que namora uma garota, que original.
- Muitos gays começas namorando a pessoa errada.
Parei pensando se aquilo fazia sentindo, e sacudi a cabeça pensando no que eu estava fazendo dando bola pro que ele diz.
- Quer saber, só continua dormindo.
Peguei a toalha revirando os olhos e a enrolei no pescoço andando em direção ao banheiro sem um pingo de animação.
"Marinette"
Puxei o celular com desgosto de cima da cômoda que vibrava igual a um condenado vindo dos infernos.
- Qui é?
Respondi segurando o celular com uma mão e coçando o olho direito com a outra, olhei paraa janela e parecia meio escuro lá fora.
"Bom dia pra você também"
- Adrien? Por que está me ligando a essa hora criatura?
"Ah, qual é? Pelo visto, ninguém tá de bom humor comigo hoje. Enfim, eu só acordei mais cedo hoje e resolvi te ligar, oras."
- Por que apenas não volta a dormir demência?!
"Não, não, isso não é necessário. Prefiro ficar ouvindo a sua voz, inclusive vo-"
- Você... Me acordou às cinco da manhã... PRA OUVIR A MINHA VOZ?!
"É, o que tem de errado? Já até tomei banho pra ir à escola, inclusive, porque você não aproveita e toma um também? Deve te ajudar a acalmar os seus hormônios esquentadinhos."
- Agradeça por eu aceitar fingir que não ouvi isso Adrien...
Obviamente não pude escapar de esboçar um sorriso no rosto, era verdade, nós iamos estudar juntos de novo esse ano, tudo agora ia ser completamente diferente do que era antes, só de pensar começo a dar gritinhos histéricos sozinha. Mas caramba, vamos nos ver todos os dias e voltar a ter uma vida normal, ainda nem sei como contar pro resto da turma que estamos namorando já que apenas a Alya sabe disso, mas poder sentar um do lado do outro, andar de mãos dadas, dividir o lanche e...
"Agradeço nada, quero que tome um banho bem relaxante, viu? Seus produtos de chiclete tão aí pra isso, ué. Vamos ver se assim você para de andar tão mal humorada por aí."
Pensando bem... Eu vou é ter tempo de sobra pra rachar a cara desse loiro abusado!
- VÊ SE DORME ADRIEN!
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