🇨 🇦 🇵 9: 🇭 🇦 🇷 🇦 🇸 🇸 🇲 🇪 🇳 🇹

814 89 173
                                    


"Adrien"

- Tire as patas dele, anda.

Ouvi a voz da Ladybug ressoar pelos meus ouvidos, estava me sentindo tão tonto que ela parecia uma realidade distante naquele momento. O cara riu me soltando e eu bati com as costas no chão.

- Acha que uma pirralha como você pode me impedir de fazer alguma coisa?

- Não sei, mas eu posso bem quebrar a sua cara, não?

Após dizer isso, ela puxou o ioiô derrubando o cara no chão, me virei de lado observando ela se aproximar, colocou os seus pesinhos vermelhos sobre os ombros do cara o olhando fixamente, me assustei ao vê-la socar o seu rosto, desacordando-o na mesma hora. Uau.

- A pirralha aqui não vai deixar você matar ele, acha que é o quê meu filho? Eu sou a Ladybug mano!

Ela se virou cruzando os braços e todos começaram a aplaudir e gritar o seu nome, eu olhava vidrado para os seus olhos, ela era simplesmente incrível... Ouvi o som dos carros da viatura se aproximarem, então me levantei rapidamente para sair dali.

Corri segurando a dor que estava sentindo na minha perna esquerda até chegar a uma rua vazia, me encostei na parede respirando aliviado. Sentia todo o meu corpo pulsar e a adrenalina ainda correr pelas minhas veias.

- De nada.

Dei um salto com o susto ao ouvir a Ladybug falar ao meu lado, como foi que ela conseguiu me seguir? E por que? Ah não...

- Olha, se veio para me prender, eu posso expli-

- Não vim te prender, só quero saber o que aconteceu.

- O que aconteceu?

Cruzei os braços fitando seu rosto, ela estava séria. Quanto mais tempo passava, mais meus corpo esfriava e as dores pareciam piorar.

- Por que quer saber o quê aconteceu, o seu trabalho não era só prender ele?

- E quem disse que o meu trabalho tem regras? Acha que sabe o que eu devo fazer ou não?

Cerrei os olhos, ela parecia, de alguma forma, brava comigo.

- Não, não foi isso o que quis dizer.

Ela suspirou se virando, depois se voltou para mim apontando para o chão.

- Senta, eu sei que você está sentindo dor.

Arregalei os olhos, eu era incrivelmente bom em disfarçar qualquer incômodo físico que estivesse passando, pelo menos isso já que emocionalmente eu sou péssimo. Obedeci sem dizer nada e me sentei no chão daquele beco um tanto estranho, ela se sentou ao meu lado logo em seguida.

-  Eu conhecia ele.

- Por isso brigaram?

Fiquei mexendo no meu cadarço na tentativa de não fazer nenhum contato visual.

- É, só isso.

- Então você briga com todo mundo que conhece?

- Não, não...

Eu disse me virando para ela, a vi sorrindo e por um momento me senti hipnotizado, estar com ela era reconfortante da mesma forma de quando estou com a Mari. Será que eu... Estou me apaixonando por ela também?! Não! Não! Não! Sacudi a cabeça me virando de lado.

- Eu só não gosto dele.

- Não quer falar o que ele te fez?

Suspirei, eu realmente queria conversar com a Ladybug, mesmo que não nos "conheçamos" tanto, mas como eu contaria que ele havia sido um dos caras com quem me prostituí? Que hoje mais cedo quando estava saindo da escola, nos encontramos na rua e ele começou a tentar me tocar?

"- Vamos lá loirinho, foi tão divertido daquela vez...

Ele riu e eu dei mais um passo para trás.

- Me deixe passar.

- Vai mesmo fingir que nada nunca aconteceu entre a gente? Vamos lá, eu te dou um pouco de heroína, você gosta, não é mesmo?

Cerrei os dentes, a cada palavra que ele cuspia só me dava mais vontade de quebrar a sua cara.

- Eu disse... Pra me deixar passar!

Apertei as mãos nas alças da mochila. Ele ficou sério me fitando mais um vez, droga.

- Tudo bem moleque, não precisa ser tão careta. Vai.

Ele saiu da minha frente apertando a lata de cerveja em sua mão, dei alguns passos hesitantes sem tirar o meu olhar do cara que devia ter uns quarenta anos ao meu lado. Continuei andando e finalmente soltei o ar pela boca ao ter me livrado dessa.

Até eu sentir uma mão se encaixar no meu pênis.

Tontura. Enjoo. Medo. Tudo veio ao mesmo tempo, e então eu me irei. Virei a cabeça para a sua direção completamente insano, ele sorriu.

- Não achou que eu ia deixar você sair antes de me divertir um po-

Soquei o seu rosto e ele caiu pra trás.

- Não toque em mim seu DESGRAÇADO!

Ele se levantou visivelmente irritado, ele era quase o um terço mais alto que eu, engoli em seco, dando um passo para trás. Saí correndo dali e ele começou a correr atrás, merda!

Fomos até a rua principal do centro, mas parei quando ele agarrou a minha mochila me puxando pra trás.

- Você não vai sair ileso dessa, pirralho!"

E foi assim que tudo começou, agora nunca mais vou poder fazer o mesmo trajeto para casa. Olhei para a Ladybug que ainda esperava por uma resposta minha.

- A gente só não se dava bem, e acabamos brigando, só isso.

- Certeza?

Assenti com a cabeça e ela se levantou um tanto desapontada.

- Tudo bem... Obrigada por dizer.

- Nada.

Disse olhando para cima onde ela estava.

- A gente se vê por aí, e tenta não se meter em mais brigas.

- Pode deixar.

Ela deu um sorriso falso se afastando.

Passei a mão no meu cadarço mais uma vez, pensando em como eu estava com fome. Será que a Marinette topa comer comigo hoje?

"Marinette"

- Tikki, destransformar.

Acabei caindo de joelhos com o cansaço, o sol quente mais correr loucamente atrás do Adrien flash, haviam me deixado exausta.

- Marin?

Olhei para frente vendo Luka se aproximar, ele se agachou na minha frente pegando nos meus ombros.

- Você está bem?! Onde você estava?

- Estou, eu só...

Quando me dou conta, estou vendo o azul claro do céu, olhei para o lado e vi que estava no colo do garoto.

- Luka! Espera aí!

- Eu vou te levar para dentro da cafeteria, o ar condicionado vai fazer seu corpo esfriar um pouco.

- M-Mas eu...


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Uทrєαcнαвℓє II: FrαgмєทτσsOnde histórias criam vida. Descubra agora